A desculpa é a falta de semicondutores e outros eletrônicos necessários à montagem automotiva, mas a verdade é que são os juros e a economia em banho-maria que fizeram despencar em 25% as vendas de automóveis e veículos comerciais leves no primeiro trimestre de 2022, comparado ao mesmo período do ano passado.
Foram 100 mil emplacamentos a menos (de 400 mil, em 21, baixamos para 300 mil), refletindo a queda do poder de compra do brasileiro.
Só se salvaram ônibus e caminhões, assim mesmo com crescimento pífio (respectivamente de 1,67% e 3,87%), este último empurrado pelo bom desempenho do agronegócio e a alta dos grãos no mercado internacional.
O setor responde por cerca de 20% do PIB industrial brasileiro, o que dá ideia do efeito desta retração sobre a economia.
Há quatro anos, o número de automóveis e comerciais leves era, para que você possa comparar, de 527 mil.