Nossos problemas acabaram.
Nem cloroquina, nem vacina, quem reduz as mortes pela Covid é o TCU.
Jair Messias Bolsonaro promete para hoje a divulgação de um relatório do TCU – que ele descreve como “o tal” Tribunal de Contas da União – dizendo que 50% das pessoas que se diz terem morrido, no ano passado por Covid não morreram da doença, mas de outras causas. Como morreram 195 mil pessoas pela pandemia no Brasil no ano passado, Bolsonaro acaba de “salvar” quase 100 mil vidas, evitando que morressem de Covid, embora tenham cabado morrendo de outras causas.
Primeiro, é de estranhar que o Tribunal de Contas seja habilitado a julgar causa mortis. Depois, que se atreva a compilar isso num relatório oficial.
Além disso, com que métodos? A pessoa pega Covid e tem, por isso, insuficiência renal, quer dizer que morreu por crise renal, não por Covid?
E os parentes, inconformados – mais que justificável – que querem livrar seus mortos da “peste”, nem que seja para aliviarem suas próprias dores, são autoridades médicas melhores que o corpo clínico que atestou os óbitos?
É trágico que um presidente da República, diante de quase meio milhão de mortes em seu país tente reduzir a gravidade de um problema, literalmente, mortal para esta Nação.
100 mil pessoas morreram apenas por mimimi da pandemia?
Este desgraçado que ocupa a presidência chegou aos píncaros do negacionismo oportunista e abjeto com os brasileiros e brasileiras.
Desqualifica suas próprias mortes.
O Messias do vírus, aquele que dizia “não fazer milagre”, fez. “Salvou” da Covid 100 mil pessoas, ainda que tenham, de qualquer forma, morrido.