A candidatura Sérgio Moro é nada mais, nada menos, que a tentativa de um “Bolsonaro- Parte 2”.
É, como o original, o discurso da antipolítica.
Apresenta-se como o “puro” contra os “sujos”, o “justiceiro” que vai criar uma “Corte Nacional Anticorrupção”, que não é senão um tribunal de exceção. o que não mereceu, estranhamente, críticas do mundo jurídico.
Até porque, uma “corte nacional” seria a antítese do sistema hierárquico de Justiça, porque usurparia as funções do Superior Tribunal de Justiça e do próprio Supremo Tribunal de Justiça.
Não é diferente nas promessas contra a crise econômica, contra a qual promete – parece ironia – uma “Força Tarefa”, um mau agouro para alguém que , na Justiça, transformou, indevidamente, ao na destruição de empresas, embora aos empresários corruptos tenham sido preservadas as fortunas.
A rigor, a plataforma de Moro, com mais gramática, é exatamente a mesma com que Bolsonaro se apresentou, três anos atrás.
A essência é igual: são o policialismo e a repressão as armas do bem-estar social, não o desenvolvimento nem a distribuição de renda, transformados em “esquerdismo”.
Moro é a farsa do novo bolsonarismo, mas que se repete como tragédia.
Disputam o mesmo território e, por isso, não avançam.
É por isso que este blog insiste em que Moro tem uma importância apenas lateral no processo eleitoral.
A grande mídia até pode testar sua capacidade de surgir como “3ª Via”, mas com poucas chances de sucesso.
Moro é tão ruim quanto Bolsonaro, mas Bolsonaro é melhor que ele em fazer da maldade a sua bandeira.
O problema deles, ao seres pistoleiros, é aquele dos filmes de bangbang antigos.
“Esta direita é pequena demais para nós dois”.