Embora, na desgraceira que se tornou a economia deste país, o resultado do PIB do primeiro trimestre – crescimento de 1% em relação aos últimos três meses de 2021 – não tenha sido o pior dos mundos, os números divulgados hoje pelo IBGE trazem um sinal muito preocupante para o futuro econômico do país: a queda forte dos investimentos, refletida no que é tecnicamente chamado de Formação Bruta de Capital Fixo.
Mesmo com um aumento da construção civil, que compõe parte importante deste indicador, ele caiu 7,2% comparado ao primeiro trimestre de 2021, por conta da redução da produção interna e da importação de máquinas e equipamentos.
A taxa anual de expansão está em cerca de 10%, a metade do que a maioria dos economistas julga adequado para a manutenção de um ritmo sustentável de expansão da economia.
Crescimento baixo só agrava o crescimento da pobreza no país e a falta de investimento hoje é a falta de emprego e a redução da renda amanhã.
E não se tem perspetivas de que a coisa sequer se mantenha assim no 2° semestre.