Aquele site que aqui não se escreve o nome e que foi organizado para servir de porta-voz de Sergio Moro na internet acaba de anunciar que o ex-juiz levou mais uma pernada: a vaga de candidato ao Senado que ele almejava teria sido entregue ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite, também do União Brasil, durante um jantar do governador Rodrigo Garcia com empresários ontem, na casa de Nelson Willians, um advogado amigo de João Doria e do próprio Moro.
Não dá para “cravar” que isso seja verdade, embora seja, creio, o mais provável, porque Moro não pode arriscar-se a disputar dentro da convenção do União Brasil, por sua total falta de intimidade com a política partidária.
Mas há em torno da chapa de Rodrigo Garcia um jogo de chantagens e traições que não permite descartar coisa alguma e Moro serve – e para isso serve, mesmo – como ferramenta de chantagem na hora de compor a chapa liderada pelo tucano.
Há quem diga que ele, neste caso, preferiria criar um tal “Instituto Moro”, na ilusão de que, com tantos e tão grandes fiascos, empresas e escritórios de advocacia empresarial vão contratá-lo como palestrante. Quem sabe como coach de fracassos…
O site morista, que já não é tanto, chega a “aconselhar” Moro a pegar logo a vaga de deputado federal: “Se Moro quer “fazer a coisa certa” na política, deve abraçar a candidatura a deputado e buscar atrair outros nomes qualificados, evitando servir como puxador de votos de personagens menores (…) A seu favor, ele tem a matemática. As intenções de voto do ex-ministro lhe dão poder político e financeiro para eleger entre 10 e 12 deputados, o que representa entre R$ 230 a R$ 300 milhões em fundo eleitoral.”
Neste caso, ele teria de deslocar a “conja”, que já se achava eleita deputada com o marido senador, para uma mera candidatura a deputada estadual.
