Falta vacina e auxílio mas, depois de o fuzil, Bolsonaro subsidia ‘bike’ importada

O general da saúde, Eduardo Pazuello, prometeu incríveis 230 milhões de doses de vacina até junho, o governo promete auxílio emergencial para não se sabe quando – em troca, claro, de que o Congresso lhe dê carta branca em tudo o mais no Orçamento, mas o presidente Jair Bolsonaro tem outras prioridades.

Depois de liberar a comprar de pistolas .40 e e fuzis semiautomáticos, anuncia hoje, no Twitter, a redução de impostos para a compra de bicicletas importadas, esta verdadeira prioridade nacional.

Claro que nada contra – pelo contrário – o estímulo ao uso de bicicleta como meio de transporte urbano, mas faz sentido querer reduzir o peso dos impostos nos combustíveis enquanto se alivia o preço dos modelos mais sofisticados de bicicletas, absolutamente fora do alcance da multidão de pessoas que as usa para trabalhar, hoje, com esta multidão de entregadores que arrisca a vida para ganhar R$ 40 ou R$ 50 por dia, em condições terríveis?

No tuíte de Bolsonaro – que não anda de bicicletas, só de motos possantes e foi buscar uma foto de quase 20 anos atrás, pela propaganda do filho Carluxo, candidato pelo PTB a vereador – não há uma palavra sobre a redução dos impostos das bicicletas nacionais, nas quais representam pelo menos a metade dos preços. Ele próprio está montando um “camelo” importado, com freios a disco e amortecedor, acessórios impensáveis para um ciclista popular.

É coisa aí de R$ 2.000, não para todo bico.

Aguardemos, agora, o subsídio tributário para os home theaters.

 

 

 

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