Fed mantém estímulo. Lá se vai outra previsão de fim do mundo

A decisão do Federal Reserve, hoje, de manter o “quantitative easing” – programa de expansão monetária americano – praticamente põe fim ao surto especulativo com o dólar, iniciado há pouco mais de um mês.

E, com isso, abala a última aposta do catastrofismo econômico numa perda de controle da inflação no Brasil.

A moeda americana, que foi a R$ 2,46 no dia 21 de agosto, fechou hoje a R$ 2,19 e, curiosamente, se algum movimento o Banco Central tiver de fazer, agora, é o de compra, não mais de venda, para evitar que caia ainda mais, o que seria ruim para o país.

As expectativas de reajuste de preços fundada na elevação de custo de matérias-primas e peças  importadas, que já se tinha parcialmente repassado aos preços, faz com que estes, agora, tenham espaço para refluir.

O sempre anunciado aumento nos combustíveis, provocado pelo aumento dos custo de importação de petróleo, que já seria aliviado pelo aumento de produção nacional, agora ganha também o reforço do refresco provocado pelo retorno do dólar a níveis mais baixos. Vai poder ser calibrado com a queda do preço do etanol combustível.

Os levantamentos sobre o setor de serviços e a indústria, embora com crescimento moderado, esboçam uma reação que vai se consolidando. Em ambos, como antes no comércio, vai-se para o segundo mês de avanço, segundo o IBGE (aqui e aqui) e a CNI.

A indústria, mesmo com aumento de utilização da capacidade instalada – aumento de produção – se mantém com níveis de estoque acima do desejado, o que reprime elevações de preço.

Lentamente, as previsões de queda da atividade econômica no terceiro trimestre, que eram negativas, vão se anulando e fortalecendo uma expansão mais intensa no último trimestre do ano.

E ainda maior no ano eleitoral de 2014.

E disso o conservadorismo não pode reclamar como eleitoreiro.

Porque foi justamente o catastrofismo que ele apregoou que retardou este ciclo.

Haverá turbulências ainda, mas a dinâmica econômica que o país iniciou, com a agressividade adotada a partir do fim de 2008, ainda não perdeu substância.

Os urubus a bicam todo o dia, como os abutres bicavam o fígado de Prometeu.

Que renascia, talvez porque ele tenha roubado o fogo, que era de uso exclusivo dos deuses, para o homem comum.

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21 respostas

  1. Tudo muito empolgante e exemplar. Mas, acho que se deve resolver esta deficiência de médicos em locais longínquos do Brasil, de maneira mais efetiva, ou seja, que se façam faculdades na área de saúde, nas diversas regiões, com critérios de regionalização estratégica. E sós pessoas desta área poderiam prestar exame de vestibular. Agora o intercâmbio com médicos de todo mundo seria sempre bem aceito, e estimulado.

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