Feliciano apóia Marina. Cadê o “não nos representa”?

triangulo

Durante meses a fio, a mídia alimentou a radicalização religiosa.

Marco Feliciano, que anuncia agora sua epifania marinista, que era politicamente um nada, foi erigido em vilão nacional por sua intolerância fundamentalista.

Os “pós-modernos” todos entraram numa de achar que se opor a ele (um dever de qualquer pessoa civilizada) era o que mais importava, acima de tudo.

A “causa gay” – em si digna e respeitável como tudo o que tem a ver com a defesa da liberdade e da dignidade humanas – passou a ser o eixo das discussões da sociedade, com o apoio luxuoso da Globo e seus “polêmicos” beijos nas novelas.

Que superação da pobreza, afirmação nacional, desenvolvimento, que nada!

O Governo, que se equilibrava na frágil composição de forças de uma sociedade complexa e atrasada como a brasileira, era culpado de “ceder” milímetros e cobrado por não ser um “militante”.

Com todo o respeito que merecem todas as pessoas, ofereceu-se espaço para que o fundamentalismo avançasse sobre o chamado “senso comum”, que não se modifica aos trancos, mas com perseverança e sacrifício, como fazemos há anos e que nos valeu tantos – embora incompletos,  grandes avanços.

Ai de quem ousasse alertar para os perigos deste clima de confronto, porque seria imediatamente tachado de reacionário, embora tudo o que quisesse fosse viabilizar os avanços sem produzir retrocessos.

Agora, porém, onde o escândalo dos “libertários”, dos ativistas, dos intelectuais que poderiam sinalizar ao povo brasileiro o perigo da onda obscurantista que se levanta?

Será que não são  capazes de observar que estão diante de alguém cuja trajetória descreve uma regra: a de abandonar e tentar  destruir aqueles que a apoiaram?

Quem sabe vamos chegar, metaforicamente, àquela situação da Alemanha nazista, onde os presos “acusados” de homossexualismo portavam um triângulo rosa para marcar-lhes o suposto opróbio.

Que beleza, estão todos lá, reunidos .

Aquela “suruba ideológica” que acusou o marinista Alfredo Sirkis quando o PSB  se aproximou do PT, no Rio, virou uma comportada aliança.

Depois dos tuítes do Malafaia e da “conversão marinista” de Marco Feliciano, já se pode duvidar de nada.

 

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28 respostas

  1. Fernando Brito.
    Você já viu o site de campanha da Dilma? Dilma.com.br

    Por favor, veja e critique. Se vocês blogueiros ‘sujos’ tiverem algum contato com ela, digam que o site tem que mudar.E eue o site tem que ser anunciado pela própria Dilma durante o programa, senão ninguém visita.

  2. O Feliciano já apoiou o Lula tb…
    Ele pode apoiar quem ele quiser.
    Olha o nível que baixou o PT… de ser considerado de Lacerdistas…
    pelo BETO ALBUQUERQUE!
    qua qua qua
    Até o Supla já largou de mão…. e tava zoando o PT ontem. Sem falar do Senador
    Suplicy que faz campanha sem o nome do PT no material…ahahah

    1. Feliciano apoiou Lula sim. E por isso foi criticado por toda leblon-vila-madalena. Agora ele pode apoiar marina o quanto quiser. Poucos vão voltar ao mantra “não nos representa”.

      Estão dando de ombros pra todos os avanços sociais, em infra estrutura e política externa do país.

      Interessa o umbigo e bater no PT.

    2. A diferença é que Lula não é fundamentalista como Marina, não faz roleta bíblica para tomar decisões, e não se curva a um Malafaia porque ele grita e agita uma bíblia nas mãos. Marina treme por um gesto de Malafaia e defende Feliciano quando este disse que negros são amaldiçoados. Com Lula e Dilma temos uma República. Marina, com Feliciano e Malafaia nos imporiam um teocracia medieval.

  3. E por favor, se conhecer alguém da campanha, diga que não é a Dilma que tem que comparar a Marina ao Collor, a Jânio ou ao FHC. É o eleitor que terá de deduzir. E isso poderá ser feito mostrando a trajetória política irregular de Marina (4 partidos em 5 anos) e especialmente o seu projeto economico. Explica que a falta de investimento na Petrobrás vai fazer a empresa quebrar porque querem vende-la a preço de banana. Explica que gasolina com preço mais alto vai elevar a inflação logo no inicio do governo para que os juros possam aumentar e o banco central vai estar na mão de banqueiros. Explica que a partir daí vai faltar dinheiro para o remédio popular tec.

    1. Para fazer tudo isto que você propõe, prezada Vera, tem-se antes que tentar limpar pelo menos em parte, já que de todo será impossível, o sagrado nome da Petrobras. A empresa foi vítima da mais sórdida campanha de difamação já vista no país, por parte da mídia de direita e de alguns notórios parlamentares da oposição desses que não têm nenhum escrúpulo em vociferar mentiras com grande indignação fingida, para alimentar de veneno aquela mesma mídia. A Petrobras, empresa das mais admiráveis do Mundo, foi pichada e sentenciada em julgamento midiático sumário como estando “falida por culpa deste governo que aí está”, e como sendo “um antro de corrupção”, dois pontos que encaixaram batidos a martelo midiático no cérebro da população. Para contribuir com esta sentença criminosa de um tribunal de farsantes, a oposição ainda contou com um ministro do Tribunal de Contas da União, o ex-ministro do governo tucano de Fernando Henrique, José Jorge. A difamação da Petrobras foi um dos três pilares do golpe político que desacreditou o governo e desembocou nesta situação de perigo extremo por que passa o país, com uma chance real de vitória das forças do retrocesso e do atraso. Aliás, foi e é o mais forte dos pilares. Sua construção foi uma armação mentirosa e até sórdida, mas que ia se desdobrando em notícias incompletas, em brigas por CPIs, e tudo ao cabo ficou com cara de coisa verdadeira. Limpar o nome da Petrobras será derrubar um dos pilares da mentira que sustenta esta farsa perigosa que são as duas candidaturas da direita. Os outros dois pilares são a falsa ideia de que a inflação está descontrolada e nas infinitas alturas, e a falsa ideia de que o país está paralisado e desmoronando. Se estes três pilares forem dinamitados, aclarando a opinião pública, o castelo de lama caiada que agora abriga as candidaturas do atraso ruirá automaticamente

  4. Ouvi dizer que o Mala mandou Pastor Everaldo renunciar à candidatura e apoiar Marina….É verdade? Meu Deus!O que vem a ser isso? Onde está o sentido lógico das pessoas?

  5. A causa gay será uma causa perdida se for deixada nas mãos da liderança gay. Eles preferem fazer um pequeno exército particular e jogar pedras em todos, do que se unir ao projeto popular progressista que tem reais condições de enfrentar e vencer seus verdadeiros inimigos. No fundo, sua rebeldia, ainda que inconscientemente, é formatada com os elementos tirados da “nuvem” de informação mentirosa da grande mídia.

  6. Sempre achei que esta insistência em mostrar as relações homossexuais em novelas tem o objetivo de incitar o ódio. A população conservadora é muito maior.

  7. Marina ficou no ócio durante 4 anos, a tal ponto que não se mexeu para criar sua Rede. Voltou em cima da hora, num quadro mais que emocional e violento das manifestações de black bloc, sumiu um pouco durante a Copa, veio que nem mineirim quieto ao lado de Eduardo e, de repente, Sucesso! A custa de quê? De uma tragédia, entra a Marina em cena.Ela não é burra. e acredito que o que recebeu por ‘palestras’ foi, na realidade, uma bolsa de estudos e treinamento financiados não só pelo Itaú, mas com capital estrangeiro. Marina foi adestrada por sociólogos, psicanalistas, astrólogos, líderes religiosos das mais variadas religiões e seitas, por roteiristas, por catedráticos de grandes universidades e seus seguidores nas universidades nacionais. Tá parecendo fantástico demais? Absurdo demais? Ela sabe ouvir e trair. Era a isca melhor que a direita tinha e tem. Investiram nela.Quando Fernando Rodrigues disse que (inventou) Dirceu teria comentado que Marina era a Lula de saias, ele, Fernando, sabia do que estava falando. Os EUA são mestres no marketing político e seus mentores observam com olhar de caçadores de cérebros o que o imaginário de cada mercado almejado recorre para eleger seus ídolos, heróis e gurus religiosos, políticos, do mundo das celebridades. Sabiam que Lula, com menos recursos que eles tem, elegeu dois postes sérios e capazes, mas sem seu carisma. Aí o espaço a ser ocupado. Não foi à toa, que assistimos aos espetáculos do STF, dos justiceiros, das ‘revoltas populares’, do movimento contra a Copa, torcidas contra o Brasil. Quem sabe disso muito bem e trabalha com a linguagem é Noam Chomsky do MIT. E, como os americanos que, na média, são os representantes dos Hommers Simpson, é só adicionar, tragédia, comoção e eleição, tudo em cima da hora, que os otários ‘esperançosos’ e já no patamar de consumistas (celulares, tablets, facebooks e baladas) caem feito patinhos. Mas, convenhamos, patinhos também são passíveis de exterminação pelo mercado de elite. Ô povo do rolézinho, é assim que querem ser tratados? Acorda!

    1. http://renace.net/?p=3809
      Desmontado Stephan Schmidheiny, magnata do amianto e fundador de AVINA

      BY ADMIN, ON SEPTIEMBRE 2ND, 2013
      “Há três anos, escrevíamos um texto intitulado “Desmontando Schmidheiny”, no qual utilizávamos o gerúndio em seu sentido de “ação em processo”, não concluída. Agora podemos dizer com toda certeza que o processo está concluído; que a imagem e a verdade sobre Stephan Schmidheiny, o magnata do amianto e fundador de AVINA, foram definitivamente estabelecidas: e não têm nada a ver com aquela outra imagem que ele se havia financiado com grandes meios para se fazer passar por um filantropo exemplar.”
      Por Paco Puche
      “As vítimas do amianto na Suíça nunca vão obter justiça? Disso ninguém sabe; mas a última página deste capítulo escandaloso da história industrial ainda não foi escrita”
      Maria Roselli[i]
      Posssivelmente continuará sendo escrita num país em que se espera, no ano 2020, o pico da hecatombe das vítimas do amianto
      Ruers y otros[ii]
      Em Casale Monferrato, os resultados mostram que as mortes não cessarão até 2031
      Furlan y Mortarino[iii]
      A verdade avança e ninguém poderá contê-la.
      Émile Zola
      Há três anos, escrevíamos um texto intitulado “Desmontando Schmidheiny”, no qual utilizávamos o gerúndio em seu sentido de “ação em processo”, não concluída. Agora podemos dizer com toda certeza que o processo está concluído; que a imagem e a verdade sobre Stephan Schmidheiny, o magnata do amianto e fundador de AVINA, foram definitivamente estabelecidas: e não têm nada a ver com aquela outra imagem que ele se havia financiado com grandes meios para se fazer passar por um filantropo exemplar, por um pioneiro do capitalismo compassivo, compartido e verde.

      De Turim a Turim e “atiro porque chegou minha vez”
      O mais concludente, para demonstrar a afirmação de que o magnata Stephan Schmidheiny (S.S) foi definitivamente desmontado são os julgamentos de Turim relativos ao amianto e ao asbesto.
      Rememorando o primeiro dos julgamentos, temos de ressaltar que este começou em dezembro de 2009 e que em 13 de fevereiro de 2012 foi publicamente emitido o veredito final, condenando Stephan Schmidheiny e o barão de Cartier a 16 anos de prisão cada um e ao pagamento de indenizações milionárias.
      Mas a tragedia começou em 1906, quando se instala a fábrica de amianto em Casale Monferrato, um povoado cerca de Turim. Desde então, foram contaminados trabalhadores e habitantes do povoado até 1986, data em que Stephan Schmidheiny fecha a fábrica, abandona as instalações e ´sai fugindo´. Se alguém pensar que esse abandono resolveu os problemas se enganará de maneira tão fatal quanto os efeitos do amianto. Até hoje ainda morre um pessoa por semana em Casale em consequência de exposição àquela substância: na fábrica, em casa ou no povoado. E essa desgraça não se acabará até 2031. Todas estas mortes serão igualmente imputáveis àqueles sentenciados. Contra os dois responsáveis, se apresentaram pessoalmente mais de 6.400 partes civis em nome dos 2.191 mortos e 605 enfermos.
      O procurador Guariniello, que havia conduzido o caso, considerou diante disso que devia aumentar as penas solicitadas no primeiro julgamento e pediu 20 anos de cárcere para os imputados porque, disse ele: “Pude voltar a ler as sentenças do Tribunal Superior nos casos mais graves de desastre e mortes e percebi que aquilo não era nada em comparação com o que se voltava a viver durante este julgamento.” A procuradoria acrescentou que está investigando a morte de 117 italianos que trabalhavam nas instalações de Eternit Suíça e Alemanha e também mortes por amianto de italianos no Brasil e na França, que estiveram expostos àquela substância na Eternit, nome da empresa de propriedade de Stephan Schmidheiny.
      Um ano depois, em 3 de junho de 2013, no tribunal de apelação, foi ditada nova sentença em Turim. A sentença do magnata do amianto (Stephan Schmidheiny -S.S.) passava de 16 a 18 anos nessa instância de apelação. A morte do barão de Cartier, outro julgado, implicou sua absolvição. S.S, além disso, terá de pagar imediatamente o valor de 88 milhões de euros em indenizações.
      No transcurso dessa segunda instância, demonstrou-se como Stephan Schmidheiny se havia infiltrado nas fileiras das associações de vitimas. Com efeito, e como conta o jornalista Giampero Rossi [v], através da documentação sequestrada no processo, na empresa de relações públicas de Milão Guido Bellodi, pôde-se comprovar que Stephan Schmidheiny havia contratado esta empresa, de 1984 a 2005, para cuidar da contrainformação, e como havia infiltrado no movimento das vítimas a jornalista María Cristina Bruno, encarregada de enviar um relatório mensal a Bellodi em troca de 2.500 euros.
      Mas o mais importante foi a descoberta de que Stephan Schmidheiny tinha pleno conhecimento da letalidade do trabalho com o amianto e que apesar disso continuou com seu negócio. Com efeito, o tribunal demonstrou como na Conferência de Neuss, celebrada na Alemanha em 1976, Stephan Schmidheiny, diante de cerca de 30 pessoas, todas elas gerentes de suas empresas Eternit na Europa, disse que sabia que o asbesto era nocivo e perigoso para a saúde, que eles deviam estar conscientes disso, mas que se outras pessoas também ficassem cientes, eles teriam de fechar as fábricas ou tomar medidas econômicas pertinentes. Assim sendo, advertiu seus diretores que era preciso medir com precisão o tipo de informação que se dava, dizer que o asbesto não era prejudicial e que, em qualquer caso, não causa a morte, já que o risco podia ser controlado. Por isso, obviamente, a sentença o acusa de desastre doloso.
      Pior ainda foram as manifestações do presidente do tribunal. Com efeito, durante a terceira audiência celebrada em 19 de fevereiro de 2013, o juiz Ogge comparou a estratégia de Eternit com a estratégia nazista de deportar judeus para Madagascar (de 1939 a 1941), um plano que mais tarde foi substituído pelas deportações para campos de extermínio. A imprensa era muito contundente e dizia: “paralelo entre Stephan Schmidheiny e Hitler”, como se pode ver a seguir.
      Segundo o juiz, o plano de Madagascar, que Hitler havia elogiado naquela época, serviu para cumprir um propósito: ocultar as verdadeiras intenções de exterminar os judeus, o que foi discutido na conferência de Wansee, em 1942. Ogge argumentou que o veredito em primeira instância dever ser lido desde esta perspectiva.
      Como poderemos acertar as coisas com a justiça? Ficou claro: condenaram um assassino, que dava ordens a suas empresas, que conhecia perfeitamente o quão brutal era fazer com que as pessoas trabalhassem com o amianto, que tem muitos milhares de mortos nas costas e tantas outras pessoas enfermas para o resto de suas vidas. Esse assassino dedicava parte de seu dinheiro a lavar sua imagem e a espionar movimentos de vítimas de suas empresas.
      Stephan Schmidheiny: uma falsa biografia apoiada por seus beneficiados e colaboradores.
      Sabendo melhor do que ninguém o que significava a indústria do amianto, sendo responsável do império familiar, em 1976, preocupou-se em proclamar que se havia erigido como pioneiro no abandono deste mineral. Era seu principal problema (e sua mais importante herança) e tentou convertê-lo em uma ocasião para se apresentar como um benfeitor da humanidade.
      Disse de si mesmo: “Quando olho atrás e levo em conta o conhecimento que hoje temos das muitas vítimas trágicas do asbesto, sinto-me orgulhoso pelas medidas tomadas pelas empresas do Grupo (Eternit) para proteger os trabalhadores dos riscos do asbesto” [vi]. E acrescenta, em tom de denúncia: “esta situação é profundamente deplorável, considerando que nem os governos nem outros membros da indústria reconheceram as implicações do problema nem tomaram, durante muito tempo, as medidas de proteção necessárias” (p.9).
      Levando em conta que, segundo sua autobiografia (p 8), em 1981, anunciou publicamente que o Grupo deixaria de fabricar produtos com asbesto, chama a atenção o fato de que antes, em 1978, havia sido criada na Suíça uma associação de industriais do amianto chamada Arbeiskreis Asbest (Grupo de Trabalho Amianto), presidido por Eternit (o grupo de Stephan Schmidheiny) com a tarefa principal de impedir a classificação do amianto no grau 1 de toxicidade. Porque se o amianto fosse classificado neste grupo, os produtos com este mineral não poderiam ser destinados ao uso privado, mas unicamente ao uso industrial e, além disso, teriam de ser marcados com uma caveira, advertindo quanto a suas propriedades cancerígenas. Conseguiram atrasar esta classificação até 1987, nove anos mais tarde [vii]. Em 1989, proibia-se o amianto na Suíça para os materiais de construção. Eternit não tinha pressa, nem Stephan Schmidheiny estava tão preocupado.
      Ainda assim, Stephan Schmidheiny só abandonou, por quebra, a fábrica de Casale, na Itália, em 1986, e deixou os restos das instalações espalhados e sujos os depósitos históricos; ainda assim, em 1989, vendeu a maior parte das empresas de amianto, mas só se desfez das fábricas e minas da África do Sul em 1992, quando do fim do apartheid, ao vendê-las, 16 anos depois de assumir a direção do negócio. E até 1994, não se deixou de importar amianto na Suíça, onde 90% do negócio era de Eternit e, segundo a SUVA (Caixa Suíça de Seguros de Acidentes), até 1998, Eternit não deixou de ser considerada uma empresa utilizadora de amianto [viii].
      Mas isso não é tudo, na transcrição oficial das audiências do Comitê Especial da Câmara Federal de Deputados, em que se debatia o projeto de lei N º 2186/96 relativo à “substituição gradual da produção e da venda de produtos que contêm amianto”, no Brasil, em 8 de maio de 2001, o presidente Élio Martins, de Eternit S/A, explica a estrutura da propriedade da empresa nos seguintes termos: “Eternit é uma empresa de propriedade pública brasileira, cujas ações são negociadas no mercado de valores de São Paulo (…) Os principais acionistas são os seguintes, (e entre eles figura): 5. Amindus Holding AG: 6,81%.
      Mas se vemos a sentença do tribunal de apelações de Turim, de 3 de junho, constatamos que se “condena o imputado S. Schmidheiny e os responsáveis civis Anova Holding AG, Becon AG e Amindus Holding AG, in solidum entre si, ao ressarcimento de danos patrimoniais e não patrimoniais derivados do delito…”
      Ou seja, que em 2001, o arrependido S. Schmidheiny se mantém ainda no negócio do amianto. Foi em 1981 que decidiu deixá-lo…; é só fazer as contas, são 20 anos depois.
      Apesar de suas boas intenções de abandonar o amianto, manifestadas em 1981, o negócio não deixou de acompanhá-lo, daí que não dá para saber em que sentido tomar o “sentir-se orgulhoso pelas medidas tomadas pelo Grupo para proteger os trabalhadores”, se literalmente ou simplesmente porque era um bom negócio. Também se presta à confusão o que ele relata em sua autobiografia de que “além de estar preocupado com os riscos para a saúde dos empregados das empresas do Grupo, cheguei à conclusão de que esse negócio em que estava não era muito promissor” (sic) (p.7).
      Em outubro de 2003, ao apresentar ao mundo sua doação de 1 bilhão de dólares para filantropia na Costa Rica, junto ao então presidente do Banco Mundial James Wolfensohn [iX], Stephan Schmidheiny cria um fideicomisso, o Viva Trust, que se nutre dos lucros de três empresas que operam na América Latina: Masisa, Amanco e Plycem. Com esses lucros são financiados os empreendimentos da Fundação AVINA. Mas em 2007 ele vende duas dessas empresas: Amanco a Mexichem (uma grande empresa
      Em que pé estamos hoje m dia? Eis o que mostram essas fotos:

      Mais de 800 toneladas de asbesto que permanecem ao ar livre desde há 8 meses (setembro de 2012) na central de abastecimento do porto de Veracruz e que representam um risco sanitário para a população. Como se vê, o mineral é muito friável e cada polegada libera um milhão e meio de fibras invisíveis. Quem fez essa importação? A empresa Mexalit (que pertence a Mexichem). No México, o asbesto não está proibido.
      O que Schmidheiny tem a ver com tudo isso? Muito. Ele criou a Fundação AVINA, como ele mesmo afirma, para fomentar o desenvolvimento sustentável e o que chama o “triple bottom line” (o triple resultado): ou seja, favorecer as empresas latino-americanas que além de rentáveis são ecológicas e socialmente sustentáveis, com a ajuda dos líderes dos movimentos sociais.
      Em 2003, cria a fonte permanente de financiamento de AVINA, com base nas três empresas mencionadas: em 2007, vende duas delas ao mesmo grupo mexicano, Mexichem; em 2012, há 800 toneladas de amianto, de Mexcalit-Mechichem, abandonadas em Veracruz.
      Quer dizer então que vendeu suas empresas a outras que residem num país que permite o uso do amianto e a empresas que trabalham com amianto! O apóstolo da sustentabilidade ambiental e social nada mais é que um sinistro negociante.
      Aquilo que deixou dito em sua biografia, que “levando em conta o conhecimento que hoje temos das muitas vítimas trágicas do asbesto me sinto orgulhoso” eram lágrimas de crocodilo.
      Em suma, continou com o pó de amianto bem depois de 1989, data oficial do abandono do mineral.
      Com que mais nos deparamos? Já indicamos antes: muitas vítimas mais e pelo menos ainda durante 20 anos. E também muito amianto instalado em lares, colégios, hospitais, indústrias, lugares públicos, etc. Que são perigosos com o tempo e cuja desamiantização segura e posterior depósito controlado têm altíssimo custo.
      Por exemplo, depois de vender amianto na África do Sul, em 1992, deixou este legado: “Duas terceiras partes dos tetos ondulados que há em Soweto provêm de Everite (fábrica dos Schmidheiny). Muitas delas têm mais de 40 anos e se encontram em péssimo estado, mas seus habitantes não sabem que a manipulação destes telhados supõe um risco para eles (…y) foram detectados índices de amianto dez vezes superior ao que permite a lei” [Xi] . Não é só isso. Aproveitando-se das leis racistas do apartheid, empregaram crianças “em tarefas manuais perigosas de classificação do asbesto, sem proteção das mãos, pisando o material com pés descalços[Xii], lidando com amianto azul, o mais perigoso.
      Mas o filantropo fugido está mais preocupado com outras coisas. Ele declarava: “Mas há cosas muito preocupantes, como a pergunta sobre o que vai se passar com o chavismo e até que ponto ele será contagioso para outros países. O que pretende fazer Chávez, muito além da Venezuela, é uma grande questão” [Xiii].
      Numa carta aberta ao magnata suíço datada de 15 de dezembro de 2011, Ban Asbestos França e a Associação Henri Pezerat o interpretava dessa maneira:
      “Quando a proibição do amianto na Europa se tornou inevitável, o senhor retirou seu dinheiro desta mui lucrativa indústria (entre 1984 e 1999, o valor de seus ativos foi duplicado de 2 a 4 bilhões de dólares americanos). Parte dessa riqueza, o senhor reinvestiu no setor florestal da América Latina. Segundo dados suíços, o senhor havia começado a comprar terrenos florestais chilenos em 1982 e atualmente possui mais de 120 mil hectares no sul do Chile, cerca de Concepção, terras que os Mapuches reivindicam como deles desde tempos imemoriais. Os Mapuches o acusam de ter comprado muitas terras que haviam sido expropriadas com práticas de intimidação, tortura e assassinato usuais durante a ditadura de Pinochet. Esse império florestal já se estende a 4 países da América latina (Chile, Brasil, Argentina e Uruguay).” Mais vítimas na conta do magnata ( ou larápio –mangante, em espanhol-, palavras não apenas muito parecidas mas sinônimas).
      Responsabilidade moral de devolver os fundos recebidos de AVINA às vítimas de Schmidheiny
      Sua fortuna, tanto aquela herdada da família quando aquela acumulada por ele mesmo procede em grande parte do negócio criminoso do amianto no mundo. Por isso, os fundos com que AVINA/Ashoka[Xiv] financia movimentos sociais estão cheios de sangue, são fundos criminosos, e por isso não paramos de pedir aos beneficiados que devolvam esse dinheiro recebido –eles e suas associações- às milhares de vítimas que pululam pelo mundo. Seria um sinal inequívoco de que ignoravam o que aconteceu. Devem ainda desligar-se definitivamente destas fundações e somar-se a todas as condenações que já foram publicadas e às que estão em espera. Senão, será preciso continuar escrachando-os até que cumpram o seu dever moral de devolver estes fundos, ainda que se trate de movimentos sociais aos quais pertencemos.
      A título meramente representativo, não exaustivo, assim o fazemos com a Fundación Nueva Cultura Del Agua, com CIFAES de Amayuelas, com a Universidad Rural Paulo Freire, com a SEO, com Fé e Alegría, dos jesuítas, com Pedro Arrojo, com Jerónimo Aguardo, com Xavier Pastor, com Víctor Viñuales y com Ecodes, todos eles contaram com a estreita colaboração de AVINA e com fundos da citada fundação.
      Legitimidade e últimas lavagens de imagem
      Willis Harman tece umas considerações da maior importância para o tema que nos ocupa – e para muitas outras situações-; diz ele: “a gente confere legitimidade ou a retira, e o questionamento da legitimidade talvez seja a força mais poderosa da história [Xv].
      É por isso que AVINA e Ashoka buscam continuamente legitimidade. Para consegui-la é preciso ir muito além da propaganda e das mentiras com que se fabricam, que caem por seu próprio peso facilmente (Schmidheiny desmontado, por exemplo). Tem a ver com a imagem que as pessoas associam a estas fundações. Se as emparenta com colegas mui respeitáveis dos movimentos sociais e, melhor ainda, com alguns de seus líderes mais destacados, têm um enorme caminho percorrido, às vezes dificilmente desmontável. (Como você pode me dizer isso desse personagem, um dos melhores oradores do país? Por exemplo).
      Avina voa alto. Na Espanha, já nomeamos alguns de seus legitimadores, quase todos de muito renome e, obviamente, isso nos causou problemas. Na América Latina, o prestígio dos legitimadores é, se quisermos, ainda maior. Nos referimos a Leonardo Boff e a Marina Silva, entre os mais destacados. Não é preciso apresentá-los: o primeiro é um teólogo da libertação muito reputado e muito sancionado pelo Vaticano; a segunda é uma ex-ministra do ambiente de Lula e a terceira força mais votada no Brasil para a presidência com seu Partido Verde (NT- o presente texto foi publicado em 2 de setembro de 2013).
      Na seguinte imagen vemos Boff em Cancún, em 2010, na COP sobre o câmbio climático. Depois dessa conferencia, foi quando o Grupo de Reflexão Rural argentino disse a frase lapidar: “entidades como AVINA e Ashoka são o inimigo da Mãe Terra e das populações oprimidas[Xvi]
      Em 2012, voltamos a vê-lo abrindo a Conferência organizada por AVINA por ocasião da Rio+20. O que aconteceu foi que a legitimidade prosperou e, nesta ocasião, AVINA conseguiu levar à citada conferência gente de muito prestígio entre a esquerda e o movimento ecologista, como Boaventura de Souza Santos, Tim Jackson e Marina Silva.
      Marina Silva é apresentada desta forma no website da fundação: “ex-candidata presidencial e aliada da Fundação AVINA, (…)[XVII]
      O recente livro de Abramovay (Más allá de la economía verde, 2013 – Para além da economía verde), patrocinado por AVINA, com logo na capa, tem prólogo de Marina Silva e de Biondi-Morra, o número 2 de AVINA.
      As últimas lavagens de imagens correspondem a duas iniciativas que já comentamos em outras ocasiões: numa, depois da primeira sentença condenatória, os próximos de Schmidheiny lançam um manifesto apoiando o personagem. Dizem: “Assinamos em apoio a sua pessoa… e com a intenção de outorgar-lhe toda a honra que merece”.
      E a última invenção para melhorar sua deteriorada imagem, que avança à marcha forçada, é a instauração de um prêmio com o nome do magnata do amianto: “prêmio Stephan Schmidheiny de inovação em sustentabilidade”. Anunciado em abril de 2013, pretende conceder a primeira série antes do fim do ano. Ele tem pressa.
      Finalmente
      AVINA e Schimidheiny estão concentrados na América Latina, onde estão muito mais infiltrados. Na Espanha, que só serve de ponte, graças às contínuas denúncias, manifestos, artigos e conferência revelando a verdadeira cara de Schmidheiny-AVINA, foi possível deter o esburacamento de muitos movimentos sociais e, em alguns casos, reverter o entreguismo à AVINA.
      Agora temos de estabelecer pontes com a América Latina para tentar impedir que AVINA continue semeando a confusão e a divisão por onde passa. Como foi o caso do manifesto promovido por Ecologistas em Ação, advertindo quanto à verdadeira natureza de AVINA/Ashoka, e que já foi assinado e apoiado por 217 organizações de 23 países, principalmente latino-americanos.
      Nessa luta continuamos.
      Referências
      1. Roselli, M. (2010): Las mentiras del amianto. Fortunas y delitos, Ediciones del Genal, Málaga, p.236
      2. Ruers, R.F y Schouten, N. Iselin, F (2006), Eternit le blanchiment de l’amiante sale,
      CAOVA, Lausanne. P. 70
      3. Furlan,C. y Mortarino, C.(2012):”Pleural mesothelioma: forecast of the death toll in the area of Casale Monferrato, Italy”, Statitiscal Medical (Stata Med.) 25 de julio
      4. Ecoportal (2010). Visitado en 25.07.13 aquí
      5. Giampero Rossi (2012): Amianto Processo alle fabriche della mort.Editore Melampo, Milano, pp 35
      6. Schmidheiny, S. (2006) : Autobiografía “Mi visión mi trayectoria”: Aquí , visitada el 27.7.13, p. 8
      7. Roselli, M. (2010), o.c., p 197 y ss.
      8. Ibídem, p.147
      9. Catrina, W, (2003): “ Hermoso legado”: Aquí
      10. Página del Banco de Santander, marzo del 2008. Ver aquí
      11. Roselli,M. (2010), o.c. p 121
      12. Andrew Bibby (2004): “Asbesto en el lugar de trabajo: un dificil legado”, Revista de Trabajo, nº 50, marzo 2004, Visitado el 2.8.13. En OIT: Ver aquí
      13. En: Ver aquí
      14. Ashoka se financia en parte de AVINA y también de la Fundación Gates, accionista importante de Monsanto, todos embarcados en llevar las semillas transgénicas a África
      15. En:Naranjo, C. (2013): La revolución que esperábamos, Barcelona, Ediciones La Llave, p. 244
      16. Ver aquí
      17. Ver aquí

      1. Ontem, 3ª feira, foi aprovada pela CCJ da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, a PROIBIÇÃO do AMIANTO, na fabricação de telhas e outros quaisquer produtos afins. Faltam ainda outras comissões, aprovarem a proibição, para depois ir à Plenário. Mas já é uma conquista. Apenas 4 Estados Brasileiros tem a proibição do uso do cancerigeno amianto, o que é muito pouco. É preciso uma manifestação nacional para banir de vez este produto do país.

    2. Marina não ficou no ócio, ela palestrou bastante. Inclusive pra GIGANTE do câncer Eternit.
      Aliás, sempre achei esse nome estranho. Eternit, agora me dei conta que refere-se ao destino de seus operários. E T E R N I T !

  8. Partido político, um negócio melhor que tráfico de drogas, por J. Carlos de Assis:
    Pastor Everaldo, da igreja Assembléia de Deus aquele que se for eleito presidente vai vender a Petrobrás para combater a corrupção, comprou no próprio nome o PSC-Partido Social Cristão por R$ 20 milhões, a pedido e financiado pelo então governador Garotinho da igreja Presbiteriana, que queria ter uma legenda auxiliar na sua candidatura à Presidência. Os dois brigaram algum tempo depois e o pastor ficou com o partido apenas para si na condição formal de vice-presidente. É negócio como poucos no Brasil. O investimento inicial foi dinheiro desviado de obras públicas e, no caso do PSC, dá um retorno só de Fundo Partidário a pequena fortuna de R$ 32 milhões anuais.
    J. Carlos de Assis – Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira.

  9. Marina, Feliciano, Malafaia, fundamentalistas de carteirinha, são farinha do mesmo saco.

  10. O império anglosionista já tirou a máscara e se apresente escancaradamente como o IV Reich. A fada (nossa Tymoschenko cabocla) é o pé (bota?) do mesmo para acabar com a política cuidadosa de se criar um sistema alternativo a esse desastre.Campos de concentração do novo (novo?) Reich já existem espalhados pelo mundo, alguns a mais por aqui serão apenasissi, alguns amais.

  11. O obscurantismo avança faz muitos anos .
    O futuro do Brasil é preocupante .
    Podemos confiar na nova geração?

  12. O José Carlos Vieira tocou no ponto chave no post acima. A Máfia AngloSionista.
    Esta é a chave para o mistério do avião de Campos, não a nebulosa compra, mas o tragédia da queda em si e a consequente ascensão de Osmarina.
    A Máfia AngloSionista quer o petróleo do Brasil e o sangue do trabalhador via rentismo.
    Vou pedir asilo ao Putin !

  13. Cada jovem, destes que não conversam entre si sem estar com o olho grudado na tela de um celular, merecem saber desta reflexão pura, nua , crua e simples.
    Marina Silva a fada da salvação a que se apegam contra ” o tudo que está ai…” vai lhes entrregar via programa de governo by Itau/PSDB nada além de desemprego, desesperança, arrocho salarial e aprofundamento do abismo social que tentamos demover nesses últimos 12 anos apenas um pouco.
    Serve também pra pequena burguesia que sofre com a violência em seus comércios e atividades, servidores públicos de todas as esferas e aposentados.
    Pequenos agricultores, grandes agricultores de monocultura e operários do sistema finaceiro, sebretudo dos bancos.
    Depois será somente “choro e ranger de dentes” !

  14. Se o pastor Silas Malafaia se apropriou do Ministério do Tobalheio e, dele não abre mão, sobrou para o Marcos Feliciano o Ministério da Senha do Cartão de Crédito, assunto no qual ele é muito entendido, inclusive conhece todas as pragas que DEUS pode enviar para quem não a entregar a ele.

  15. Eu quero neste ato parabenizar este sítio “excepcional” a fotografia o triangulo roxo lembra a morte de milhares milhões de inocentes “TJ’s” Judes, estes foram mortos pelos representantes do partido SOCIALISTA 1940-44, aliás a conduta dos SOCIALISTAS DE MARINA é análoga aos líderes da Alemanha.
    Você jovem que tem alguma dúvida assista o filme: a menina que roubava livros e note os gestos e postura dos membros do partido SOCIALISTA.

  16. Bem vindos ao Estado Teocrático do Marinistão! Aqui o líder supremo e espiritual de nosso califado é o Pastor(ou Aiatolá?) Silas Malacheia. Hehehe! Tá bom pra você ou quer mais? Por duas vezes na nossa história o Brasil elegeu Salvadores da Pátria, chefes do Partido do Eu Sozinho! E a gente sabe como isso acabou: deu em impeachment! Sonhar é bom. Mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à realidade! Sou mais Dilma para o Brasil seguir mudando com segurança, justiça social, distribuição de renda, tolerância religiosa e com RESPEITO aos direitos civis das minorias!

  17. Sr.Fernando,não nos iludamos,os PÓS-MODERNOS,são a expressão do PÓS-CÉREBROS.Por isso,usam o intestino grosso,para se expressar!

  18. Para arrematar,é um fenômeno de FLATULÊNCIA PROGRESSIVA!E atacam também,a camada de ozônio!Ah!Se a Blá-Blá se der conta!

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