‘ Filho 01’ provoca volta do ‘vírus chinês’ na véspera de embarque de IFA

Butantan e Fiocruz parados ou parando a produção de vacinas pelo esgotamento dos insumos para a produção de cavinas contra o Covid, a única coisa positiva do pusilânime depoimento de Ernesto Araújo poderia ter sido, pela sua cara-de-pau em negar tudo o que já dissera sobre a China e o “comunavírus” foi anulada pela intervenção do filho 01 de Jari Bolsonaro, o senador Flávio, ao dizer que ele “pode falar em vírus chinês”, porque “não foi provado” que o SarsCov2 não foi produzido por aquele país.

Não era um ponto central para a defesa do governo, apenas um traço a mais na desmoralização do “seu Ernesto”, como Flávio insistiu em chamar algumas vezes o ex-ministro.

É esperar que os chineses sejam muito bobos para não perceber que a intervenção de Flávio foi motivada apenas pelo desejo de manter acesa a ideologização da pandemia e que não tenha sido mandada ou autorizada pelo presidente da República.

Não é possível falar que o uso local das vacinas e dos insumos para sua produção, em lugar de exportar para o Brasil, use internamente estes produtos. A China aplicou ontem em sua população nada menos de 15 milhões de vacinas.

A percentagem da população x número de doses é de 28%, contando a soma das doses aplicadas como primeira imunização ou como reforço. Portanto, certamente há muita pressão para que se reserve todos ou quase todos os recursos para o uso interno.

O embaixador da China, que postou hoje no Twitter a imagem de um cacto para sugerir que a espera compensa as dificuldades em esperar que florisse, ironizando o “desmentido”, ainda que cínico, de Araújo em relação aos seus ataques.

É bom lembrar, e talvez Yang Wanming tenha lembrado, cactos têm espinhos.

 

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