A excelente – e, com justiça, premiada – repórter Patrícia Campos Mello conta hoje na Folha que o governo norte-americano está injetando nada menos que US$ 60 bilhões (R$ 244 bilhões) na Corporação Internacional de Financiamento para o Desenvolvimento, agência estatal para oferecer empréstimos a projetos de infraestrutura mundo afora e que o Brasil estuda aderir à aliança.
Claro, para competir com as iniciativas semelhantes que a China tem tomado, sobretudo em relação à África e à América do Sul, sem falar na Ásia, onde a área de livre comércio – a Asean – está casada com um vasto programa de financiamentos. Aqui mesmo, conta Patrícia, não só salvaram do fiasco o leilão da área de Búzios como acenaram com crédito de baixo custo para obras de infraestrutura.
Obvio que não é ajuda – nem de um, nem de outro – desinteressada e visam expandir mercado de produtos e de serviços para empresas de seus países pelo mundo. É do jogo.
Todos aplaudem, quando são eles, mas quando foi a vez – e com valores minúsculos, anos-luz distantes dos deles – do Brasil fazer o mesmo com países latino-americanos e africanos, os capadócios, travestidos de economistas, políticos e colunistas de jornal, berravam que estávamos “mandando dinheiro” para Cuba, Venezuela, Moçambique, Angola, Guiné…
Desviando investimentos que eram necessários aqui, diziam. Será que não tem nada que precise de financiamento na China ou nos EUA?
A China, nem é preciso dizer, ainda luta para tirar milhões da pobreza, e o empobrecimento nas áreas obsoletas da indústria norte-americana formou o famoso Cinturão da Ferrugem, onde a decadência das condições de vida esvaziou cidades e liquidou empresas.
Será que vamos, por isso, ver chineses e norte-americano mandando seus governantes “irem para Cuba”?
A elite brasileira, que só tem de menor que o cérebro o coração, não é capaz de ver que o Brasil tem tamanho e condições para se projetar economicamente no mundo e que só isso é capaz de fazer, como dizia o velho Leonel Brizola – ridicularizado por eles – o nosso pais ser viver as “perdas internacionais”.
O Trump não vai pra Cuba. Mas os americanos vêm para cá, ainda com mais gula.
18 respostas
A mesquinhez e a ignorância são as principais características de nossa elite econômica. Daí o nosso atraso.
E o egoísmo também!
O empobrecimento nos Estados Unidos não está mais restrito ao pequeno cinturão da ferrugem. Até do outro lado do país, em Portland, o problema dos moradores de rua mudou a paisagem urbana da cidade e espanta a todos, habitantes e visitantes. Em Los Angeles, há oficialmente cerca de 60.000 moradores de rua, sem falar em New York, que é a campeã neste quesito. As igrejas tentam fabricar pequenas casas de madeira para os desabrigados, mas as prefeituras relutam em permitir que sejam instaladas. O problema vai crescer explosivamente, porque o número de pobres aumentam exponencialmente e lá (ainda) não tem favelas para abrigar quem não tem onde morar.
Sr.Fernando.O senhor,pelas COMPANIAS QUE TEVE,AO LONGA DA VIDA,sabe e deveria afirmar,ao invém se saudar,que tudo isso, É MENTIRA.Os E.U.da América do Norte,ESTÃO FALIDOS há bastante tempo,mas continuam mentir em pról da HEGEMONIA PERDIDA,atravém dos REPUBLICANOS DE OCASIÃO,que lá,ainda estão no GOVERNO,prestes a cair,somente tem,como ÚLTIMA ARMA EM SEU FAVOR,AS VELHAS MENTIRAS DIFUNDIDAS PELOS puxa sacos de ocasião.
Eles imprimem dólares. Quando o mundo diminuir a estocagem de dólares como moeda de troca os EUA quebram.
Perfeito, a economia mundial tendo a moeda estadunidense como forma de garantia em transações comerciais, só é possível de ser bancada pelo poderio militar dos Estados Unidos. Caso contrário, já teria sido substituída por outras formas de pagamentos e transações. O acordo de Bretton Woods não se sustenta mais, o dólar é uma moeda sem lastro, mantida exclusivamente pela força militar
Marco, mesmo assim os EUA ainda são a maior economia do mundo. 60 bilhões de dólares não são nada (para eles). E eles fazem isso para frear um pouco o que o novo Rota da Seda será no comércio mundial. URSS, Índia, China e África do Sul (com o Bolsonaro estamos quase fora desse hiper mercado de mais de 3 bilhões de pessoas) e vários países da Ásia e África só crescerão com esse projeto.
A elite brasileira não se considera brasileira.
Eles pairam acima do Brasil, enquanto seus capatazes fazem o serviço sujo e transferem o produto da nossa riqueza para as contas deles, seja no Brasil ou no exterior.
1. Os financiamentos à exportação na época representaram apenas 2% do total dos empréstimos do BNDES e, ao contrário do que diziam os idiotas de plantão, os valores eram liberados aqui em reais e geraram empregos e exportações de máquinas e equipamento, além obviamente da exportação dos serviços
2. Todos foram liquidados;
3. Nos últimos anos, a China, que tem 20% da população mundial, tirou 700 milhões de pessoas da miséria (Ladislau Dowbor)
4. Enquanto isto, depois do golpe, a pobreza e a miséria aumentam rapidamente no brasil.
A China está a maturar seu mega-projeto da Nova Rota da Seda há mais de vinte anos, e lançou raízes profundas de cooperação mútua com vários países e com todo o continente africano, sempre a seguir um esquema de ganho substancial para os dois lados, que veio a substituir o sistema anglo-americano de acorrentamento por dívidas e cruel exploração unilateral.
Não será o mero anúncio de dinheiro disponível para isso ou aquilo que virá substituir um projeto tão grandioso, onde o dinheiro não vem em primeiro lugar, mas em decorrência de conceitos e determinações que se chocam frontalmente com a natureza predatória do esquema imperial de exploração capitalista e, com isso, a China pode tomar decisões e correr riscos que seriam inimagináveis para a pura lógica do liberalismo ortodoxo.
E depois, dizer é fácil, mas fazer é outra coisa. Em se tratando de quem anuncia, muito se tem anunciado que nem sequer se há iniciado.
Este plano americano, se verdadeiro e sinceramente voltado para o interesse dos países a receberem financiamento, significaria o sepultamento de um comportamento essencialmente destrutivo e dominador por parte dos americanos, bem como o fim da estratégia de dominação econômica e militar da doutrina Rumsfeld-Cebrowski, que foi traçada no governo Bush e secundada pelas ideias de Steve Bannon adotadas por Trump. Segundo muitos analistas esta estratégia estaria sendo posta em vigor agora mesmo em toda a América Latina, e busca destruir os estados nacionais periféricos para que nenhum desenvolvimento independente possa a vir a desafiar e ameaçar a hegemonia americana.
Tudo isso vai ser abandonado para que entre em ação uma orientação de cooperação fraternal e solidária? Será que aqueles que vão selecionar os projetos a serem financiados irão se basear no interesse legítimo dos países periféricos ou só nos interesses americanos, como por exemplo no financiamento de estradas que venham a favorecer a destruição de florestas em favor da exploração da terra pelas gigantes multinacionais de alimentos? Teria o lobo mau passado a ser carola e vegetariano?
Neste caso não cabe apenas ver para crer, mas ver, cheirar, apalpar, colocar no microscópio e deixar sob observação cuidadosa durante um bom tempo, até que haja provas inequívocas de que não vai por aí mais alguma perigosa arapuca do lobo mau.
Isso é um assunto muito complexo pro gado de direita, ainda mais pra essa turma da ” terra plana ” …..
Nossas elites são feitas de ignorância, má vontade e sabujismo!
No Brasil dos ricos traidores e seus serviçais remediados, tudo que vem dos istaduszunidos é maravilhoso. Do idioma ao jazzzzz.
Só que não aqui em casa! Brizolista não se curva a eles e nem para alemão, ingrêis, canadense, suíços, japonês, chinês…
A elite econômica brasileira ainda acredita num sistema escravocrata onde se produz sem custos mercadorias que não terão a quem vender. E o Discovery Channel já anda repetindo a velha pergunta dos Democratas que perguntam aos Republicanos se realmente os depósitos dos EUA tem a quantidade de ouro que dizem ter.
A reportagem é a prova inconteste de que Lava Jato quebrou as empresas brasileiras, que dava empregos para brasileiros e serão substituídas por empresas estrangeiras (principalmente americanas), todas altamente corruptas e dar empregos para estrangeiros. Só pra lembrar, antes da Lava Jato, somando desempregos, desalentados, subempregados… éramos 15 milhões, hoje já passamos de 39 milhões.
Não é possivel esperar algo positivo da cabeça de quem votou no Jânio Quadros cujos descendentes votaram no Collor e cujo descendentes (57 milhões) votaram no ex-capitão que explodiu banheiro de quartel quando na ativa. Não EXPULSARAM o mau militar e o resultado esta aí:EXPLODINDO O BRASIL!
Luis Carlos.Quando ,é que pessoas como você,e tantos outros,vão se dar conta,que
continuando…essas e tantas outras notícias,divulgadass pelos ETERNOS PUXA SACOS DO CAPITAL,para enganar TROUXAS,vão ,finalmente,entrar no terreno da CRÍTICA?O Capital estadounidense,FALIU HA MUITO TEMPO,e a única coisa que restou, É PROPAGANDA e AS MÃOS ARMADAS.Não passam,como afirmava MAO,de TIGRES DE PAPEL.O capital,outrora,no tempo das MERCADORIAS CONSUMIVEIS PELAS POPULAÇÕES,que hoje atingiram,em quase totalidade,condições de sobrevivência,miseráveis.Não existe mais consumo,suficiente,para sustentar A MAIS VALIA,já que o OPERARIADO,desocupado pelas baixas demandas,não consomem nos níveis doutros tempos e restou ao CAPITAL,e mera especulação,hoje em dia,contra os tesouros dos países,que pela baixa arrecadação,fruto da crise na produção de bens consumíveis,pois o consumo quase findou,e ficam os propagandistas do CAPITAL ESPECULATIVO,fazendo propaganda,para esse MUNDO DE NÉSCIOS,que crê nos seus SOFISMAS.Resumindo,o CAPITAL,recita a velha marchinha,SEI QUE VOU MORRER,NÃO SEI O DIA,LEVAREEI SAUDADES, DA PEQUENA BURGUESIA!