Funciona prometer R$ 40 mi a deputado?

A história de que o Governo Bolsonaro pretende “comprar” com R$ 40 milhões (R$ 10 milhões por ano) cada voto de deputado em favor da reforma previdenciária tem a cara do governo Bolsonaro em matéria de articulação política: não vai fazer base parlamentar alguma.

Primeiro, porque a ideia de o deputado “pague” com o voto antecipadamente para só receber ao final de cada ano lembra aquela brincadeira do “a longo prazo todos estaremos todos mortos”. Compromisso de quatro anos pré-pago?

Depois da votação na Comissão de Constituição e Justiça o ‘Centrão” sabe perfeitamente do seu tamanho e que nem votações ordinárias, sem quorum qualificados, pode ser feitas sem acordo com suas bancadas. Nem mesmo com a parcela rodrigomaísta do grupo.

Não tem porque topar um acordo “no atacado” e a prazo, quando pode conseguir mais no varejo e à vista.

O problema é que a dupla Bolsonaro-Ônyx não tem nem credibilidade, nem estabilidade para negociar. Ainda não chegou a hora de apresentar-lhes a conta, pesada, pelo risco de vê-la rebarbada pelos fregueses.

As nomeações, poucas, mal começaram a sair e só para os “bacanas”.

As cúpulas partidárias do Centrão vão escolher com muito cuidado os seus representantes na Comissão Especial da Reforma. Quem se suspeitar possa fazer “acordo particular” fica de fora.

A base do governo? A base do governo, por enquanto, são os oito direitistas do partido Novo. O resto está ocupado em bater cabeça.

 

 

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8 respostas

    1. Na minha região (norte baiano) um candidato a prefeito prometeu a um cidadão furar um poço artesiano e dar-lhe motor estacionário e compressor para puxar água se sua família (7 pessoas) votasse nele. O pagamento seria após a eleição. Ele ganhou e nem mesmo atendeu os telefonemas do seu “cliente”, que virou motivo de piada na região. Esse mesmo cidadão oferecia R$ 500,00 por voto, pagáveis após o pleito. Ou seja, a prática não é novidade.

      1. verdade. são famosas as entregas de um pé do sapato antes e do outro após as eleições.

  1. Também me lembrou Delfim Neto . então ministro da fazenda na ditadura , ” Vamos aumentar o bolo para depois dividir ” .. E a divisão não vei até hoje . dizem que ele ficou com uma boa fatia . O atual governo tem que fazer como FHC na votação da reeleição , pagou em dinheiro vivo . Quem falou foi o ex deputado Roney . Eles abem como fazer , enfim vão economizar 1 trilhão de reais . Uma ninharia .

  2. Isso “dentro do governo do Moro”, tinha que dar prisão imediata para o presidente e IMPEACHMENT o mais rápido possível. E processos criminais em todo o primeiro escalão(incluindo principalmente o próprio Moro).
    Trata-se de “Corrupção” com nome, endereço, CPF, assinatura, impressão digital, papel timbrado , carimbo ,selo e lacre com o Brasão da República. Não precisa nem investigar nem abrir processo nenhum, manda direito pra cadeia.
    Não é MORINHO , ….mimosinho ?
    Ou agora você e sua CONGE, viraram o fio totalmente e se tornaram adeptos fanáticos da beleza sublime da CORRUPÇÃO DESENFREADA ?

  3. Hoje houve uma discussão por conta disso. O deputado federal do PT estava falando sobre, quando José Medeiros começa a atacar. Medeiros usa da estratégia de ficar se aproveitando dos microfones, na hora que não é permitida, pra ficar soltando piadinhas ou críticas a oposição. E a presidência da Câmara, não toma atitude nenhuma contra esse desrespeito desse deputado. Desde quando ele era senador, agia dessa forma com desdém. Daí, Medeiros interrompe a fala do deputado, e Geovana desliga o microfone do deputado do PT. Esse cara não tem condições de ser deputado, ou então deve se adequar pra falar na hora dele, ou fora dos microfones. Aprendiz de senador/deputado.

  4. Nao subestime essa galera. Nem acho que a grana depende do governo. A grana vira dos bancos.

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