Fundamento da economia é lucro rápido

Vejam que edificante para nossos analistas que dizem que são os “fundamentos econômicos” que definem o valor da moeda e que “a saúde da empresa” é aquilo que determina seu valor em bolsa.

O BC deu ao mercado os juros que ele queria. Aí a cotação do dólar “colou” na sua oscilação mundial – em queda, depois do balde de água fria que Ben Bernanke, boss do Federal Reserve deu nos que esperavam uma alta de juros nos EUA.

A Petrobras, que havia virado “patinho feio” no mercado acionário, anunciou uma mudança na contabilidade, fazendo hedge – proteção em dólar de suas dívidas –  e garantindo que a variação cambial só afetará mais adiante seus resultados operacionais e, com isso, que o  pagamento de dividendos de curto prazo cresça, deu um salto de mais de 7% na bolsa.

O “fundamento” mais importante da economia brasileira segue sendo o da especulação.

O Brasil é o país do dinheiro rápido.

Ou “de curto prazo” como preferem os operadores do mercado.

O Brasil, para esta gente, não tem um futuro. Tem, no máximo, um mercado futuro.

De curto prazo, naturalmente.

O capital não tem filhos, apenas dá filhotes. Devidamente devorados.

 

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