Empresários de todos os setores, não só de empreiteiras, são sempre habilidosos em construir pontes.
Ou eram porque os da Globo, definitivamente, não são.
Aos acenos de convívio que lhes faz Lula ao estimular a possibilidade de terem um interlocutor no Planalto, chamando para junto de si Geraldo Alckmin, respondem com um editorial que é uma sucessão de bofetadas no ex-tucano, destas de fazer até um chuchu apimentar-se.
Alckmin se tornou inexpressivo, rifado pelo PSDB no reduto que dominava. Diante do risco de perder a eleição para governador, natural que prefira entrar numa campanha com chance de vitória. Para Lula, é inofensivo, já que a Vice-Presidência tem influência mínima e nenhum poder.
Isso, claro, depois de ter desfilado todos os argumentos moristas contrata Lula e de dizer que os bons resultados de seu governo, quando não foram obra de Fernando Henrique Cardoso, foram produto da “sorte” na economia internacional, como se não tivesse ocorrido ali a devastadoras crise mundial de 2008 e 2009.
Curioso é que apanharam na cara do monstro que ajudaram a criar mas, mesmo assim, não conseguem entender que Lula é o óbvio antídoto a ele.
Seus comentaristas políticos, bem pagos e bem situados nas informações, jogam a toalha e registram, certo que com pesar, a realidade , com fez, há pouco, Gerson Camarotti, ao tuitar que ” um influente líder do Centrão ao comentar as pesquisas que apontam rejeição do presidente Jair Bolsonaro na casa dos 60%” diz que “Bolsonaro virou um defunto muito pesado de carregar, especialmente no Nordeste”. A senha de que ele será abandonado foi dada nos últimos dias.”
Seria trocado por Moro ou por Lula? Ora, façam me o favor…
O “salvador da pátria” está, neste momento, discutindo nas redes sociais o modelo e o preço do tênis que usa, se é um Adidas ou um Ermenegildo Zegna.
É esta a mixórdia que os grupos dominantes deste país conseguem fornecer?
O tênis pode até custar R$ 7 mil, mas e só o de um pé de chinelo político.