Não foi só na vacina – da qual teve a oportunidade (ou antes o dever não cumprido) de tornar-se patrocinador – que o governo Jair Bolsonaro demonstrou que é criminosamente inepto.
No fiasco do Enem – que tem tudo para ser anulado judicialmente, pelos milhares de casos de participantes “barrados” às portas das salas de provas com “capacidade esgotada” – era mais que previsível que não pderia funcionar um evento de massa em meio ao recrudescimento da pandemia, além, é claro, do crime de expor a risco a vida de milhões de jovens e de suas famílias.
Mais da metade dos inscritos – 51,5% – não realizou a prova e fica no ar a perspectiva que o ano perdido não seja só o do início da pandemia, mas também este 2021.
Mas, claro, o obscuro Ministro da Educação sai a comemorar o que chamou de “um sucesso”.
O pior é que oferecem novas datas a quem se sentir prejudicado, que ” poderá pedir a reaplicação nos dias 23 e 24 de fevereiro”.
Ou seja, na prática serão dois Enem.
Duas aglomerações, dois eventos de risco.