Governo já admite “execução” de desparecidos na Amazônia

Um parágrafo, em meio a nota oficial divulgada agora há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores chama a atenção: depois de uma série de omissões, o governo brasileiro admite que o desparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips pode ter sido provocado por criminosos.

“Na hipótese de o desaparecimento ter sido causado por atividade criminosa, todas as providências serão tomadas para levar os perpetradores à Justiça”.

Não se sabe que informações tem o governo brasileiro para esta suposição, mesmo condicional. Nem a Polícia Federal nem nenhum outro órgão envolvido na busca divulgou qualquer informação e nem sequer confirmou as notícias de que Pereira e Philips teriam recebido ameaças.
O que parece é estar sendo feita uma manobra preventiva para o caso ter sido o de um atentado aos dois, por parte de invasores da região, que é terra indígena, o que faz desta presença uma ilegalidade.
A suspeita cresce porque, logo após a nota e depois de um longo silêncio sobre o caso, Jair Bolsonaro deu uma declaração dizendo que “pede a Deus” que sejam encontrados e e ambos estavam em “uma aventura que não é recomendável”.
“[ o que se sabe é] Que no meio do caminho teriam se encontrado com duas pessoas, que já estão detidas pela Polícia Federal, estão sendo investigadas. E, realmente, duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem, é uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados. Tudo pode acontecer. A gente espera e pede a Deus para que sejam encontrados brevemente. As Forças Armadas estão trabalhando com muito afinco na região”
Tomara que seja só mesmo estupidez e não informações de que o Governo já dispõe e não revelou.
Que não tenhamos um “Dia da Liberdade de Imprensa” marcado por uma tragédia.
O Brasil não merece o goveerno que tem.
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