A Folha informa que um ato do Conselho de Defesa Nacional revogou, no Diário Oficial de hoje, sete autorizações de “pesquisa mineral” em terras públicas, vizinhas a reservas indígenas e a parques nacionais.
Ótimo, mas estranho que se revogue tão rápida e laconicamente o que havia sido autorizado apenas alguns dias atrás.
Diz o Gabinete de Segurança Institucional que “as novas informações técnicas e jurídicas, apresentadas diretamente ao GSI” levaram à cassação dos “Atos de Assentimento Prévio” à pesquisa mineral na área conhecida como “Cabeça do Cachorro”, no Noroeste amazônico.
Quais “informações técnicas e jurídicas”, não se sabe. Apresentadas “diretamente” por quem, também não se sabe. E como as autorizações saíram sem serem devidamente instruídas? Parte delas é dada a comerciantes de bombas e de dragas para garimpeiros raramente levais. E autorização de pesquisa, em áreas remotas e sem fiscalização é, como se disse no início, garimpo mesmo, não pesquisa simples de potencial minerário.
É mais provável que tenham sido canceladas porque alguém avisou que haveria algo escandaloso que poderia surgir se alguém cavucasse as concessões dadas na correria.
E que não seria ouro, exatamente, o que ia aparecer da lama.