O IBGE divulgou a “prévia da inflação”, o IPCA-15, com alta de 0,95%.
Mas isso é só parte do que registrará a inflação de março, porque a coleta de preços foi encerrada dia 16 de março e, portanto, só consideraram uma pequena parcela do reajuste dos combustíveis, em vigor apenas 5 dias (três deles úteis) depois deste aumento cavalar. Tanto é assim que o grupo “transportes” do levantamento registrou alta de apenas 0,68%, o que vai pelo menos dobrar até o final de março.
Além do registro apenas parcial do aumento, há um outro dado que se inverterá, o das passagens aéreas, que não apontadas como em queda forte (-7,55%), tendência que os jornais já registram de sido revertida, e forte, com a alta dos bilhetes em todo o país, após a elevação do preço do querosene de aviação.
Os dados mais graves vieram do grupo de preços que mais afeta a população de baixa e média renda, o da alimentação. Aí, os preços subiram 1,95%, o dobro da taxa geral, algo parecido com o que ocorreu no ano passado, quando a inflação dos alimentos superou folgadamente os índices em geral.
A tendência está em linha para o apurado na semana que se encerra, para a qual a Fundação Getúlio Vargas mediu um aumento de 1,82%.
Não haverá “refresco” na inflação até, pelo menos, maio ou junho, porque as taxas finais de março e abril, certamente, farão o acumulado ir para acima de 11%.