Internet na Amazônia e independência em comunicação militar não é notícia

satelitebras

Para ser justo, O Globo publicou uma pequena nota. No resto da grande imprensa, silêncio sobre a conclusão  da primeira das duas torres de controle do Satélite de de Comunicações e Defesa (SGCD), primeiro equipamento do  controlado pelo governo brasileiro, desde que Fernando Henrique Cardoso vendeu a Embratel e seus satélites, hoje sob o controle do estranhíssimo Carlos Slim, o bilionário mexicano.

O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa (MD) e das Comunicações (MC) e envolve investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão, com previsão de lançamento em órbita em 2017. Um quarto de sua capacidade será exclusivo das comunicações militares e três  quartos vão servir para levar internet á Amazônia, onde o cabeamento físico para alta velocidade  seria economicamente inviável.

Associa-se, assim, o essencial investimento em defesa com o uso civil e comercial.

O satélite é do tipo geoestacionário, isto é, vai orbitar a Terra na mesma velocidade de rotação do planeta, permanecendo “fixo” em relação ao território brasileiro. Apesar de estar sendo construído na França, nas oficinas da empresa franco-italiana Thales Alenia Space, sua construção é gerida pela Visiona, uma joint-venture entre a Embraer e a Telebras.

A torre, instalada no Comando da Aeronáutica em Brasília, é a primeira das duas unidades de controle do satélite: a segunda será erguida no Rio de Janeiro. Hoje, o Ministério da Defesa paga R$ 13 milhões para usar dois satélites privados – estrangeiros – para suas comunicações sensíveis.

Não estão incluídos no contrato mas, com certeza, estão no “pacote” a escuta de tudo o que se transmite nas comunicacões militares. Que, se quiserem, “apagam” com um clique no computador.

Esencial para a nossa estratégia de Defesa nacional, embora haja um pequeno – e minguante – grupo de militares do tipo Jair Bolsonaro, que não comemora conquistas de governos nacionalistas, nem mesmo estas. Talvez achem que comunicações militares se façam ainda com telefones de campanha – aquele de manivela, da 2a. Guerra Mundial, ou com reflexos de espelhinho ou ainda, quem sabe, sinais de fumaça.

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10 respostas

  1. Espera-se que o projeto nao tenha o mesmo destino que o fiasco da “cooperaçao” entre Brasil e Ucrania, que custou aos cofres publicos quase 1 bilhao de reais numa aventura que deixou apenas sucata enferrujada e envolveu a Odebrecht e Camargo Correa, nao por acaso envolvidas na ladroagem da Petrobras.

    O ” brog” poderia aproveitar todo esse ufanismo patriotico e jogar alguma luz neste assunto …

    Mas eh claro isto nao vem ao caso!

    1. Palhaço foram como sempre os incompetentes paulistas do INPE que se entregaram de corpo e alma a esse tipo de aventura. Eles adoram passear pelo mundo. Tudo pra eles se resolve fora do Brasil. O que o governo fez foi bancar a recomendação dos picaretas. Afinal quem são os técnicos? Agora a culpa é do governo? Imbecil. São Paulo é um sorvedouro de dinheiro e 90% das vezes não sai nada de lá. Além disso estafermo Ucrania é um paraiso nazifascista bem ao gosto da sua laia. Porque tá chorando ?

    2. “(…) jogar alguma luz (…)”. Luz?? Você esqueceu que o THC fez a PRIVATARIA da energia elétrica? Então você já está atrasado, meu caro. A luz já foi “jogada” fora pelo THC e seus amiguinhos, há muito tempo atrás. rsrs

  2. O Goveverno da pouca enfase nessas conquistas. Nem a presidente se manifesta, pouco usa a TV publica…..Triste. São conquistas sem carimbo

  3. “Apesar de …….. sua construção é gerida pela Visiona”
    Imagina a seguinte notícia:
    “Construção de navios sonda na coreia é “gerida” pela Petrobrás”…

    Dá na mesma.
    A “gestão” da Visiona é pagar e,. no máximo, observar se as planilhas de excel avançam na mesma velocidade que o satélite….

    1. Sim, amigo troll. Nós acreditamos que a Embraer e a Telebrás são especializadas em planilhas excel.
      O que nos espanta é o ínfimo tamanho desses cérebros antinacionais. É de dar pena.

  4. Realmente, é notícia muito relevante. Fico muito satisfeito com o aspecto de levar a Internet à Amazônia. Já quanto ao uso militar, fico receoso, afinal de contas, o satélite não está sendo construído no Brasil. Será que não dispomos de conhecimento científico e condições materiais suficientes, para desenvolvermos esse tipo de equipamento aqui mesmo? Uma coisa que me incomodou no governo Lula foi ter encomendado o avião presidencial no exterior (Airbus), em vez de comprar da Embraer. Mais ou menso à mesma época, a China descobriu cerca de 30 dispositiviso de escuta escondidos no Boeing presidencial chinês. Foi um escândalo. Não afirmo que não seria possível fazer escutas clandestinas num avião da Embraer, mas para quê facilitar? Qualquer equipamento sensível cuja construção não seja feita e controlada tanto quanto possível pelo próprio país está sujeito a sabotagem. Quanto menor o controle, mais fácil sabotar. Em se tratando de um satélite militar, pior ainda.

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