Alguém precisa avisar a Jair Bolsonaro que quem fez uma proposta e US$ 42 bilhões pata comprar o Twitter foi o norte-americano Elon Musk, não ele.
Esta bravata de que “não vai ser cumprido” o acordo feito entre a plataforma de microblogs e o Tribunal Superior Eleitoral para que não se criem ferramentas para disparos em massa de mensagens via comunidades do Twitter depende isso, e não há o que fazer, uma vez que se trata de um serviço privado e não de uma concessão estatal.
É só mais um ensaio do discurso mimizento de que ele e seus seguidores estão sendo perseguidos e impedidos de manifestarem-se.
Logo ele, que tem liberdade, até, para produzir um engarrafamento de 53 quilômetros na Bandeirantes, transformando em via crucis a viagem do feriado da Semana Santa, com mais cinco ou seis mil motoqueiros, para uma exibição decrépita de força.
O que Bolsonaro quer é a liberação dos robôs, a disseminação de fake news e a anulação da capacidade da Justiça Eleitoral de reprimir, ainda que só em parte, a manipulação da informação em seu sua turma se especializou.
Onde pode transmutar 6 mil em 2 milhões, onde pode fazer-se de Deus, onde pode dizer que armas são amor e apresentar maníacos como santos.
E onde, claro, ele pode dizer que é em nome da liberdade de expressão que faz das redes sociais o manancial de ódio que o alimenta.