Janio: ainda que todos os saibam, Jardim não pode acusar e calar

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Janio de Freitas, hoje, na Folha, evidencia como é absurda (e absolutamente politica) a atitude do ainda Ministro da Justiça Torquato Jardim, que falou o que todos sabem mas não fez o que tinha o dever de fazer sobre a corrupção na Polícia Militar do Rio de Janeiro.:

A cidade do Rio, como se diria há algum tempo, está jogada às feras. É ataque de todos os lados. Justificados, em imensidão deles, oportunistas como política e como negócio, sensacionalistas como apelação de má imprensa/TV/rádio. Entregue às feras, sim, mas não, em expressão menos distante, entregue às baratas. Este é o caso do governo nacional.

Só de um governo assim viriam, desacompanhadas de qualquer sustentação, denúncias escandalosas e inquietantes que apenas deveriam tornar-se públicas com a apresentação das conclusões investigatórias e, sendo o caso, dos culpados. Assim é a ação policial responsável e é o dever do seu superior, como o ministro Torquato Jardim é da Polícia Federal.

“Fiz uma crítica pessoal, mas, se estou errado, que me provem”, pensou Torquato Jardim estar abrandando sua atitude. O princípio essencial de que a prova cabe ao acusador, não ao acusado, decai no Brasil com velocidade a jato. Mas o ministro da Justiça ainda tem, entre seus deveres, o de protegê-lo. Além disso, não fez “crítica pessoal”, falou como ministro, de assunto afeto à sua pasta. Não lhe cabe senão assumir o que disse e dar-lhe consequência, com as medidas e comprovações que a denúncia necessita e todos esperamos, no Rio e fora.

É óbvio que a consequência que virá é uma mal-ajambrada demissão a pedido do Ministro. Um governo parido do crime não tem como acabar com o crime na máquina estatal.

contrib1

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7 respostas

  1. A última frase resume todo o contexto, “um governo parido do crime não tem como acabar com o crime na máquina estatal.”. Mas mesmo um governo democrático eleito e legítimo, acabar com a corrupção policial, que envolve, tráfico, armas, financiamento políticos, justiça, é extremamente complicado. A simples colocação de um Secretário de Segurança íntegro e não associado aos elos da corrupção, é considerado uma declaração de guerra.

      1. Jurista e deputado federal Wadih Damous quer convocar procuradores de Curitiba para CPI

        01/11/2017

        Jornal GGN – O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) convidará, na próxima semana, os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando, coordenadores da Lava Jato em Curitiba, à CPMI da JBS. A informação é do Painel da Folha desta quarta (1º).
        Na semana passada, Damous esteve na Espanha com o deputado Paulo Pimenta (PT) para entrevistar o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran. Segundo publicação do Viomundo, Duran confirmou a história de que Carlos Zucolotto, amigo pessoal de Sergio Moro, cobrou propina para intermediar um acordo de cooperação com os procuradores da Lava Jato.
        (…)
        Além dos procuradores de Curitiba, CPMI da JBS já convocou o procurador regional da República Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete de Rodrigo Janot. Ele estaria envolvido no escândalo que virou a delação da JBS após a suspeita de que os procuradores orientaram os empresários a agir sem autorização judicial.
        (….)
        Ontem, durante sessão da comissão parlamentar, o empresário Ricardo Saud foi questionado sobre a relação da JBS com Fachin, mas preferiu ficar em silêncio por causa do imbróglio envolvendo seu acordo de delação.

        FONTE [LÍMPIDA!]: https://jornalggn.com.br/noticia/wadih-damous-quer-convocar-procuradores-de-curitiba-para-cpi

  2. Bom dia,

    ” Jardim, ao assumir e agora: com as barbas de molho” kkkkk muito boa a frase!

  3. PITACO DO BORÔ: DEPOIS DESSAS DECLARAÇÕES O MINISTRO GOLPISTA JÁ TEM 98, 77% DE INTENÇÃO DE VOTOS PARA GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

  4. o ainda ministro-GOLPISTA-do-ladrão quer ser candidato a deputado no ano que vem, daí o discurso-de-merda pra todo lado.

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