Janio de Freitas, em sua coluna na Folha, faz a pergunta que escapou ao “jornalismo investigativo” que se debruça em vazamentos e suposições sobre a festejada delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci: o que fez o Ministério Público rejeitá-la e, meses depois, a Polícia Federal aceitá-la?
Não é uma questão menor e ninguém achará que é desinteresse dos promotores em obter qualquer coisa que atinja o ex-presidente Lula. E, como – ao contrário do MP – a PF não tem poder legal para, em acordos, definir limites de penas, sejam as de prisão ou as de indenização, o que faria Palocci “entregar” mais por menos?
Acordos e desacordos
Janio de Freitas, na Folha
O acordo de delação muito premiada acertado entre Antonio Palocci e a Polícia Federal é um caso especial, mas não pelo que contenha contra Lula e diretores de bancos, tema de excitada especulação e presumidos temores.
Tanto a PF como a Lava Jato, que recusou o acordo com Palocci, põem-se sob indagações e suspeitas por suas atitudes ante Palocci e entre si. Essa história, em que também o Supremo toma parte —o que já insinua complicação—, não tem chance de escapar a mais um entrevero degradante.
Como preliminar, o Supremo parou a meio caminho e deixou em suspenso seu iniciado reconhecimento a direito da PF de negociar acordos de delação, rompendo a exclusividade que os procuradores exercem e exigem.
Assim como há anos se vê nas delações à Lava Jato, o vende-e-compra de acordo policial precisa passar pela concordância ou recusa do Supremo. A indefinição das condições em que a PF fará acordos e premiações, porém, deixa o seu entendimento com Palocci pendurado em futuro impreciso.
O motivo de serem as “revelações” de Palocci rejeitadas pela Lava Jato e validadas pela PF é obscuro. A defesa e mais de um procurador repetiram, várias vezes, que Palocci não disse o que os procuradores dele exigiam.
Neste caso, ou eram exigências que a PF considerou descabidas, ou tinham cabimento e a PF, por motivos descabidos, curvou-se à concessão de dispensá-las. Inúmeros precedentes autorizam suspeitas sobre um lado e sobre o outro. Situações assim tiram a legitimidade do inquérito e do processo. A da delação, tratando-se de Palocci, nem se cogite.
Por bastante tempo, insisti em referências à casa alugada pela turma de Palocci em Brasília, durante sua permanência como ministro da Fazenda. Tanto quanto a dinheirama por ele acumulada em pouco tempo, ou a função dessa casa é contada pelo delator, ou já a priori sua delação de nada vale.
A casa não foi alugada só para receber moças bem remuneradas. Foi, como uma fortaleza de bicheiros, lugar em que se arquitetaram negócios sigilosos. Inclusive com a presença de figurões do empresariado.
Ao assumir o ministério, Palocci fez se mudarem para Brasília, mas não para integrar o governo, ao menos cinco da sua turma quando prefeito de Ribeirão Preto.
Na Justiça de São Paulo, o acusado ex-prefeito conseguiu contornar os processos sobre suas atividades paulistas com a turma. O possível acordo premiado é a oportunidade de que não se passe o mesmo com as atividades originadas da ligação entre o Ministério da Fazenda e a casa dos encontros.
Da delação de Palocci pode-se esperar qualquer coisa. Mas se espera também, e mesmo antes, a explicação da Lava Jato e da PF sobre os motivos das respectivas aceitação e rejeição das mesmas e alegadas confissões.
Afinal, esse Antonio Palocci lembra uma expressão que não merecia o esquecimento: “Fulano não presta”.
21 respostas
Com o crescente do #LulaLIvre, requenta-se a “mão de seta” de Antonio “Fulano Não Presta” Palocci, num fogareiro lucrativo e ilegal, que beira à negociata, como assim o são os porões da Lava jato. Se o Supremo deixa-se por instantes a sua covardia adormecida, daria prioridade à oitiva de um certo advogado/doleiro, o espanhol Tacla Duran, esta sim, uma delação padrão mina de diamantes. Entenda-se: se o rito da extorsão via balcão da venda de redução de penas condenatórias e multas abarrotou os cofres de um seleto grupo de promotore$ e advogado$ da Republica de Curitiba, o tal “por fora” do Dr. Zucolotto, padrinho de Sérgio Moro e sócio de Rosângela Moro, o que dirá a extensão da alforria aos delegados e investigadores da PF de Curitiba. Acorda, Tia Cármem Lúcia, definitivamente a turma que apequena o STF tem perfil “chapa branca”.
Devemos nos lembrar também da advogada Beatriz Catta Preta, responsável por nove das dezoito delações da Operação Lava-Jato em 2015 que repentinamente abandonou tudo e se escafedeu…….
Bem lembrado…..Tudo leva a crer que as tais “delações premiadas” viraram uma feira de negócios: “voce fala isso e aquilo, paga o “nosso por fora” e a gente dá um jeito de aliviar a sua encrenca….”. ” E olha, voce tem que dizer exatamente o que a gente te mandar, viu?” Resumindo: um acordo comercial entre bandidos e chantagistas, simples assim.
A questão da delação do sr. Palocci é irrelevante, melhor, tem pouco valor enquanto esse personagem continue preso preventivamente há anos, sem condenação. Sem corrigir essa farsa, nada pode ser honesto.
Concordo… o Palocci, como o LULA , o João Vaccari deveriam estar livres aguardando o transito julgado imposto pela Constituição.
O que fez, meses depois, a Polícia Federal aceitá-la?
O criminoso ‘timing’ ‘Polícia Aecista Lava-jateira Federal’-Globo Organizações MafioCriminosas!
O resto e o luar de Paquetá!
Senador Paulo Paim esculacha fascista Ana Amélia de forma inteligente.
https://www.youtube.com/watch?v=1gga_iItp2Y
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“(…) Moro, você é um criminoso, um bandido, um mentiroso, um canalha!… Moro, você é um criminoso que prendeu um homem inocente. Moro, você está tentando enganar o povo brasileiro. (…) Moro, você e os desembargadores do TRF-4 são bandidos, criminosos, mentirosos, canalhas.”
Por egrégio e impávido médico e deputado federal Jorge Solla (PT/BA)
https://www.youtube.com/watch?v=aBisevizVBA
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Nossas justiça avança! O delegado de Itaitubaiúna de Baixo entende o que se passa no país do jeito que seu cérebro de homem simples permite. Ele está certo de que pode fazer delação premiada como e com quem bem entender. Inventou a tornozeleira-tijolo, que pelo peso não permite que a vítima corra, e mandou para casa o contraventor Saturnino Tanajura, que em troca lhe dedurou todos os batedores de carteira da cidade.
Ficando apenas em Palocci e Temer, poderíamos concluir que foram somente dois dos muitos indicados pelos governos petistas a se locupletarem do poder e, ao final mostrarem suas caras. Vai na mesma linha Henrique Alves, Moreira Franco, e outros.
De Dilma ter se deixado enganar por esses coisos, tudo bem, se ela, como muitos revelam sobre sua passagem pelo Governo, nunca foi política, mas técnica em suas ações, com mão de ferro, e pitadas de antipatia.
O que não enta na minha cabeça é como pode Lula ter sido tão ingênuo em relação a essa gente, mesmo depois do que fizera aquele Bob Jefferson, um mal-caráter conhecido no RJ.
O ser humano não sofre tanto se seu algoz é um estranho, que nunca privou de sua amizade. Em compensação, é impensável o desgosto sentido por Lula em saber que até Palocci não mereceu a sua consideração e respeito. Traição é coisa difícil de se perdoar.
Ao Vivo
Senador Lindbergh Farias indo dar ‘Bom dia’ ao presidente Lula
https://www.youtube.com/watch?v=x7yUyGnZW58
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Palocci quer sair da cadeia como um rato. Seria melhor q ele ficasse na cadeia, ratos sao combatidos e mortos por serem nocivos. Palocci solto é um homem, ou um rato, se preferirem, morto.
Eu não quero saber mais disso! não tem prova contra Lula tem que soltar, a constituição diz que prisão só em segunda instância se está preso alguém está cometendo crime. A partir de hoje não leio mais estas matérias enquanto não apontar os criminosos. Pôrra se não cumprem o que está ná lei , são fora dela.
A matéria têm que ter nome dos criminoso, todos eles, donos de TVs , Juízes , delegados e procuradores a ponta todos os como criminosos partir para cima deles.
Que o Palocci não é flor que se cheire, já se sabe desde o caso Francenildo mas o mais importante neste epísódio me parece ser o de que a PF não pode propor um acordo penal. À PF cabe investigar e propor. Ao MPF cabe fazer a denúncia na justiça, podendo negociar um acordo de delação (o que já vai sendo muito discutido em face da parcialidade da turma da LJ). PF negociar um acordo…só nestes tempos bicudos de lavajatismo explícito mesmo!
Tudo mostra que a frase final da reportagem está absolutamente correta: ” Fulano não presta”
Mas vamos incluir aí que, a PF não presta assim como os micos do MPF e o juizeco que os comanda.
A única delação que realmente vale é a do Tacla Duran feita em Espanha, e não CUritiba.
Depois de 4 anos assistimos ao mais novo capítulo da novela “O fundo é o teu lugar”. Um “vale tudo” contra o país.
Na trama, muito bem criada pela produtora e bem patrocinada por bilionários desinteressados, o herói caça o vilão. Porém, com passar dos capítulos, o público vai percebendo que o herói é na verdade, o vilão.
Parece que novela caminho pro fim… Acabada o público fica proibido que falar sobre ela, e em verdade sobre qualquer outro assunto…
Na Ditadura de 64 (a Redentora) era proibido no atual Cefet-Celso Suckow da Fonseca mais de 2 alunos conversarem…
Soube pelo diário do centro do mundo que Palocci terá 30 milhões desbloqueados caso sua delação seja homologada por moro. Ou seja, além da liberdade, ainda poderá viver com muito dinheiro. Esse é o preço da sua delação contra lula. Espero que os ministros do STF estejam sendo informados desse absurdo. A esperança é a última que morre. Eu espero que a corte tenha força e vontade para impedir essa armação.
E os demais 30 milhões, ficam com quem?
Está aí:
“Não é uma questão menor e ninguém achará que é desinteresse dos promotores em obter qualquer coisa que atinja o ex-presidente Lula. E, … – ao contrário do MP – a PF não tem poder legal para, em acordos, , definir limites de penas, sejam as de prisão ou as de indenização.”