Jardim: Fabrício contrata contador. Melhor que seja de ‘histórias plausíveis’

O colunista Lauro Jardim, de O Globo, diz que o ex-assessor dos Bolsonaro, Fabrício Queiroz, pediu a um contador que “escrutinasse” o relatório do Coaf ( Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e, só depois disso, está disposto a contar aquela história que o senador eleito Flávio disse ser “plausível”.

Há algo de errado na história.

Primeiro, seria muito mais simples pegar no banco o extrato detalhado de suas movimentações financeiras, o que não levaria mais que alguns minutos ou, no caso de alguns bancos, seria instantâneo, até pela internet. No Banco do Brasil, por exemplo, a página do correntista tem os dados detalhados, dia a dia, desde 2013.

Segundo, o relatório do Coaf, embora tenha vazado para a mídia, é um documento reservado, exatamente por envolver sigilo bancário e só pode ser fornecido ao Ministério Público. Para ter acesso a ele, Fabrício precisaria estar sendo investigado em algum procedimento oficial  não sigiloso. Se sigiloso, por óbvio, não seria parte legítima para requerer “por suposição”.

Mas, como se trata de movimentação de uma conta de sua titularidade, nada haverá no relatório que não esteja em seu extrato.

Inclusive os famosos “dez cheques de R$ 4 mil” com que teria pago o empréstimo feito por Jair Bolsonaro.

De resto, não há contador no mundo capaz de explicar centenas de entradas em saídas em dinheiro vivo. As retiradas, não deixam rastros. A entradas, se feitas por envelope, embora tenham um limite de valor por operação (em geral R$ 3 mil), podem ser preenchidas com qualquer nome.

Francamente, não é possível que uma pessoa não lembre o que fez com R$ 47.500 retirados em dinheiro vivo do banco em apenas quatro dias (19 a 22 de dezembro de 2016, segunda a quinta-feira). Muito pmenos para que estas retiradas fossem “picadas” em saques de R$ 5 mil (e até 15 mil diários) porque banco nenhum permite este valor por dia em seus caixas eletrônicos.

Fabrício não precisa de um contador financeiro, precisa é de um contador de histórias.

 

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13 respostas

  1. Ou de um bom advogado…

    E de uma segurança forte. Para não “sumir”. Esse pessoal é perigoso.

  2. O que poderia fazer um mero contador? Certos tipos, como alguns prefeitos dos cafundós, pensam que os contadores dão um jeito em tudo. A estas alturas, dois ou três dos melhores escritórios de think-tank (usinas de ideias) dos States podem muito bem estar debruçados sobre este assunto procurando engendrar alguma saída, ainda que meia-boca, para os Bolsonaro. Há muita coisa em jogo, muita grana foi investida para esta farsa eleitoral, e talvez valha a pena (para eles) tentar convencer meio mundo de que Jesus é Genésio. Ou calar completamente a mídia. Tentar manter a fachada de honestidade vai terminar custando os olhos da cara para os patrocinadores do Golpe.

    1. O asno caiu de paraquedas no GOLPE ,nunca foi a cartada principal,portanto ele precisa ser afastado/enquadrado pelos DONOS DO GOLPE.
      Entre eles ,óbvio, está o Tio Sam

  3. ENQUANTO ISSO ,O 5° COLUNA MIGUEL DO ROSÁRIO,AFIRMA NÃO HAVER NENHUM ILÍCITO NO CASO E QUE NÃO DEVEMOS CAIR NO ERRO DE CONDENAR SEM COMPROVAÇÃO.
    VIVENDO E APRENDENDO,ESTES CARAS DIZIAM ESTAR DO NOSSO LADO.

  4. Estão contratando um roteirista do CSI para fazer uma história ao contrário. Ainda irão falar que o dinheiro foi uma manipulação mórbida executada por petistas comunistas visando caluniar os corrupmitos.

  5. O melhor contador de histórias do Brasil é o Pedro Malazartes. Sugiro que os Bozo contratem ele para explicar a extorsão feita aos funcionários CC da “famíglia”. Não adianta, até os Bolsominions já sabem que entraram numa furada. Kkkkkkk. Nós já sabíamos! Uma pergunta boba: os Bolsonaro eram apoiadores ou oposição aos governos do Pezão e do Cabral? Isso pode esclarecer muita coisa.

  6. E ele morando numa casa simples. Poderia ter aproveitado o patrão mago dos imóveis para melhorar a casinha.

  7. Ora, ora, ora… o Messias detonou o Mais Médicos alegando que o governo cubano ficava com parte dos salários dos funcionários. Mas estamos descobrindo que os Bolsonaros também faziam isso. Que pilantras, heim? Família de vagabundos. Aos seguidores do “mito”: é melhor JÁ IR se arrependendo.

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