Lava Jato: ilegal desde a origem. A matéria devastadora do UOL, para usar após o golpe

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Coube aos repórteres Pedro Lopes e Vinícius Segalla, do UOL, produzirem a mais explosiva reportagem – destas com R maiúsculo. pelo cuidado e apuração criteriosa – deste domingo.

Com riqueza de detalhes e documentos, mostram que Sérgio Moro manipula, transgride e viola as normas processuais e as leis para construir e manter consigo a Operação Lava Jato.

Há quase uma década, a operação nasceu de um grampo ilegal, feito sobre um advogado e seu cliente e em investigações que envolviam o falecido deputado José Janene, do PP, pelo qual se chegou a Paulo Roberto Costa. Janene, na ocasião, tinha privilégio de foro no STF e só por este poderia ser investigado.

A matéria é explosiva e não tenho esperanças de que vá parar em grande parte dos jornais, comprometidos até a medula com a articulação golpista.

Mas, cumprida a etapa de derrubada de Dilma, os elementos que contém podem servir para anular boa parte dos inquéritos da Lava Jato e distribuir impunidade no pós-golpe.

Leiam. É estarrecedor e mostra que desenvolveu-se um cogumelo ambiente escuro de uma vara federal. Um veneno que, quandofoi conveniente, foi servido ao país.

Documentos indicam grampo ilegal
e abusos de Moro na origem da Lava Jato

Pedro Lopes e Vinícius Segalla, do UOL

Nas últimas semanas, a operação Lava Jato levantou polêmica ao divulgar conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a atual presidente Dilma Rousseff (PT). Os questionamentos sobre a legalidade da investigação, entretanto, surgem desde sua origem, há quase dez anos. Documentos obtidos pelo UOL apontam indícios da existência de uma prova ilegal no embrião da operação, manobras para manter a competência na 13ª Vara Federal de Curitiba, do juiz Sergio Moro, e até pressão sobre prisioneiros.

Esses fatos são alvo de uma reclamação constitucional, movida pela defesa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, no STF (Supremo Tribunal Federal). A ação pede que as investigações da Lava Jato que ainda não resultaram em denúncias sejam retiradas de Moro e encaminhadas aos juízos competentes, em São Paulo e no próprio STF. Para ler a íntegra do documento, clique aqui.

A reportagem ouviu nove profissionais do Direito, dentre advogados sem relação com o caso e especialistas de renome em processo penal, e a eles submeteu a reclamação constitucional e os documentos obtidos. Os juristas afirmam que a Operação Lava Jato, já há algum tempo, deveria ter sido retirada da 13ª Vara Federal de Curitiba, além de ter sido palco de abusos de legalidade.

O portal também questionou o juiz Sergio Moro sobre o assunto, mas o magistrado preferiu não se pronunciar (leia mais ao final desta reportagem).

Veja os principais pontos questionados: 
Origem em grampo ilegal  

A Lava Jato foi deflagrada em 2014, mas as investigações já aconteciam desde 2006, quando foi instaurado um procedimento criminal para investigar relações entre o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e o doleiro Alberto Youssef, peça central no escândalo da Petrobras. Entretanto, um documento de 2009 da própria PF (Polícia Federal), obtido pelo UOL, afirma que o elo entre Youssef e Janene e a investigação surgiram de um grampo aparentemente ilegal.

Reprodução/UOL

Representação da Polícia Federal admite que investigação começou a partir de grampo entre advogado e cliente

A conversa grampeada em 2006, à qual a reportagem também teve acesso, é entre o advogado Adolfo Góis e Roberto Brasilano, então assessor de Janene. Seu conteúdo envolve instruções sobre um depoimento, exercício típico e legal da advocacia. Os desdobramentos dessa ligação chegaram, anos depois, a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e o primeiro delator da Lava Jato. 

Reprodução/UOL

Conversa entre Adolfo Góis e Roberto Brasiliano deu origem a investigação que desaguaria na Lava Jato

“Se as premissas estiverem corretas, realmente parece que se tratava de conversa protegida pelo sigilo advogado-cliente. Nesse caso, a interceptação telefônica constitui prova ilícita”, explica Gustavo Badaró, advogado e professor de Processo Penal na graduação e pós-graduação da Universidade de São Paulo. “Essa prova contaminará todas as provas subsequentes. É a chamada “teoria dos frutos da árvore envenenada”. Todavia, a prova posterior poderá ser mantida como válida, desde que haja uma fonte independente”, conclui o professor.
Lava Jato já deveria ter saído do Paraná

Os supostos delitos e criminosos que estão sendo investigados na Operação Lava Jato não deveriam estar sendo julgados por Moro, segundo a tese da defesa de Paulo Okamoto, corroborada por juristas ouvidos pela reportagem. O principal ponto é que Moro não é o “juiz natural”, princípio previsto na Constituição, para julgar os crimes em questão. 

De acordo com Geraldo Prado, professor de processo penal da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Universidade de Lisboa, “na Lava-Jato, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba [onde atua Moro] há muito tempo não é mais competente para julgar casos que remotamente surgiram de investigação no âmbito do chamado caso Banestado. Pelas regras em vigor, praticamente todos os procedimentos seriam ou de competência de Justiças Estaduais ou da Seção Judiciária Federal de São Paulo, porque nestes lugares, em tese, foram praticadas as mais graves e a maior parte das infrações. Há, portanto, violação ao princípio constitucional do juiz natural. Exame minucioso da causa pelo STF não pode levar a outra conclusão.”

A legislação brasileira estabelece critérios objetivos para determinar quem julga determinado crime. O ponto principal é que um crime, via de regra, será julgado no local onde ele foi cometido. Já quando existem crimes conexos, ou seja, que têm relação com delitos previamente cometidos pelos mesmos autores, eles podem vir a ser julgados pelo mesmo juízo responsável pela apreciação dos crimes iniciais.  

Em casos de conexão, a lei prevê que o que determina quem será o juiz natural para o julgamento são os seguintes critérios, nessa ordem: o lugar onde ocorreu o delito que tem a pena mais grave, o lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade, e a competência pela prevenção, que se dá quando um juiz já julgou crimes relacionados ao mesmo esquema ilegal. Segundo Moro, é esse último critério que faria dele o juiz natural de todos os delitos: os crimes seriam conexos a outro que ele já vinha julgando.

Tanto é assim que, em todas as decisões relacionadas aos crimes investigados na operação, o magistrado inicia seu texto com o seguinte cabeçalho:

“Tramitam por este Juízo diversos inquéritos, ações penais e processos incidentes relacionados à assim denominada Operação Lava Jato. A investigação, com origem nos inquéritos 2009.70000032500 e 2006.70000186628, iniciou-se com a apuração de crime de lavagem consumado em Londrina/PR, sujeito, portanto, à jurisdição desta Vara, tendo o fato originado a ação penal 504722977.2014.404.7000”.

Os inquéritos a que Moro se refere, de lavagem de dinheiro, foram cometidos no Banestado, e nada têm a ver com as fraudes e desvios de dinheiro público que ocorreram na Petrobras, que são o principal foco da Lava Jato. A ligação, alegada por Moro, é que que alguns dos investigados no Banestado, como Janene e Yousseff, foram flagrados em escutas telefônicas falando sobre outros supostos crimes, estes sim relacionados à Petrobras.

O STF, no entanto, já proferiu decisão afirmando que escutas telefônicas que revelem crimes diferentes dos que estão sendo investigados devem ser consideradas provas fortuitas, não tendo a capacidade de gerar a chamada conexão por prevenção. É o que afirma o advogado Fernando Fernandes, que defende Paulo Okamotto, na ação que move no STF, classificando a prática de “jurisprudência totalitarista”.

O professor  Badaró concorda. “Houve um abuso das regras de conexão na Lava Jato. Além disso, a conexão tem efeito de determinar a reunião de mais de um crime em um único processo. Isso não foi feito na Lava Jato. Ao contrário, os processos tramitam separados”. O advogado André Lozano Andrade, especialista em direito processual penal do escritório RLMC Advogados, lembra ainda que um dos investigados, José Janene, tinha foro privilegiado por ser deputado federal, na época. “Assim, os autos deveriam ter sido remetidos para o STF. Além disso, deveriam os autos no que se refere a outros crimes ter sido remetidos para São Paulo, tendo em vista que o centro de operação dos ´criminosos´ era na Capital Paulista. A competência por prevenção só se dá quando ausentes outras formas de determinação de competência.” 
Longa investigação sem denúncia 

A investigação que culminou na deflagração da Operação Lava Jato, a respeito de crimes de lavagem de dinheiro ocorridos no âmbito do Banestado, no Paraná, tiveram início em 2006. Daquele ano até 2014, se passaram oito anos sem que a Polícia Federal, que comandava a operação, oferecesse uma só denúncia contra os investigados, o que, na definição da defesa de Paulo Okamoto, seria “investigação eterna”. 

Em 2013, após sete anos de investigações sobre o Banestado, Moro reconheceu as dificuldades para apontar os crimes, mas concedeu um prazo adicional de quatro meses para alguma conclusão. Esse prazo ainda foi renovado por mais três meses após o final. O inquérito foi arquivado, mas serviu como referência para a abertura de outro, que terminou na Lava Jato.

Reprodução/UOL

Após sete anos de investigações, depois de prolongar por 120 dias, Moro concede mais 90 dias

Reprodução/UOL

Ao longo de oito anos, de 2006 a 2014, Moro quebrou inúmeros sigilos

“A questão torna-se mais delicada se a investigação dura meses ou anos e em seu curso são adotadas medidas cautelares que invadem a privacidade alheia [afastamento de sigilos, interceptações etc.], sem que a investigação seja concluída. A última hipótese é típica de estados policiais e não de estados de direito”, alerta o professor Geraldo Prado.

“Embora não haja na legislação brasileira um prazo máximo para a conclusão de investigações criminais, se os investigados estiverem soltos, não é possível admitir que a investigação possa se desenvolver sem um limite temporal”, diz Gustavo Badaró.

Decisões tomadas sem consulta ao MPF

Durante os oito anos de investigações, o juiz Sérgio Moro autorizou sucessivas quebras de sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático e decretou prisões cautelares, sem consultar previamente o MPF (Ministério Público Federal) ou até contrariando recomendação deste órgão, que, por lei, é o titular da ação penal pública. 

A história começou em 14 de julho de 2006, quando a PF fez uma representação para Moro, com o objetivo de investigar a relação de Youssef e Janene, solicitando a interceptação telefônica do primeiro. Quando isso ocorre, o procedimento normal é remeter o pedido ao MPF, para que se manifeste. Apesar disso, em 19 de julho de 2006, Moro deferiu todos os pedidos da PF sem prévia manifestação do MPF. Em seguida, não houve abertura de vista ao MPF, e a próxima manifestação da PF nos autos só ocorreria quase um ano mais tarde, em 3 de maio de 2007. Durante todo esse tempo, os policiais mantiveram uma investigação que incluía quebras de sigilo.

O primeiro despacho abrindo vista para o MPF só ocorreu em 9 de setembro de 2008, mais de dois anos após a abertura da investigação. Os procuradores, então, consideraram que já havia passado muito tempo de investigação sem qualquer resultado frutífero, e recomendaram que Moro extinguisse ali mesmo a investigação, a não ser que a PF se manifestasse dando provas de que estariam para surgir fatos novos que justificassem a continuidade das investigações.

Reprodução/UOL

Em 2008, MPF avisou que investigações eram infrutíferas e não pediu mais diligências

Moro, no entanto, resolveu ir contra a recomendação do MPF, e permitiu que a PF continuasse investigando.

Em 06 de janeiro de 2009, quase 120 dias depois, surgia uma mensagem anônima com informações novas que levavam a crer que Yousseff e Janene mantinham um esquema de lavagem de dinheiro. A PF, então, pediu novas interceptações e quebras de sigilo bancário e fiscal de dezenas de pessoas e empresas. O MPF recomendou que delimitasse o pedido, indicando o período e os documentos a serem obtidos. Mais uma vez, Moro descumpriu a recomendação dos procuradores, e autorizou todos os pedidos da polícia. “Há motivos suficientes para deferir a quebra de sigilo fiscal e bancário relativamente a todas essas pessoas, considerando as suspeitas fundadas da prática de crimes expostas nas decisões anteriores e nesta, bem como por se inserirem no rastreamento bancário em andamento”, disse o juiz, em despacho.

Outras nove vezes Moro deferiu quebras de sigilo, sem ouvir o MPF, justificando sempre da mesma forma.  “Não o ouvi (MPF) previamente em virtude da necessidade de não haver solução de continuidade da diligência e por se tratar de prorrogação de medidas investigatórias sobre as quais o MPF já se manifestou favoravelmente anteriormente.”

O professor Badaró explica as consequências desta prática. “O deferimento em si de um pedido sem oitiva prévia do MP não é ilegal, mas a sistemática utilização de tal expediente, por mais de um ano, permite que se coloque em dúvida a imparcialidade do julgador”.

Presos sem acesso a advogados e banho de sol

A fase mais recente da Lava Jato trouxe denúncias de violações de direitos humanos — prisões temporárias prolongadas com o objetivo de obter delações premiadas. Durante este processo, presos teriam sido isolados, privados de encontros com seus advogados e até de banho de sol. Um parecer do Ministério Público Federal de junho de 2014 aponta a ilegalidade dessas práticas e pedem que sejam interrompidas — o preso em questão é Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.

Reprodução/UOL

Ministério Público Federal emitiu parecer pedindo fim de restrições a direitos em prisão preventiva de Paulo Roberto Costa

Outro Lado

No dia 29 de março, a reportagem do UOL informou à assessoria do juiz Sergio Moro que estava preparando uma reportagem sobre as supostas irregularidades constantes na origem da Lava Jato. O portal enviou ao magistrado a íntegra da reclamação constitucional interposta no STF pela defesa de Paulo Okamoto. A reportagem destacou, ainda, que chamavam a atenção “uma prova aparentemente ilícita (um grampo ilegal) que pode estar na origem de tudo, e uma série de manobras que teriam sido feitas pelo magistrado para manter a competência em Curitiba, contrariando o princípio do juiz natural e as regras de processo penal aplicáveis.” Diante disso, solicitou, por fim, que Sergio Moro se manifestasse a respeito do assunto.

Menos de uma hora após o envio da mensagem, a assessoria de Moro respondeu ao UOL, afirmando que “o magistrado não se manifesta a não ser nos autos”. 

Apesar do atual silêncio do juiz paranaense, Moro já proferiu opiniões sobre alguns pontos ora em debate, seja em palestras, decisões judiciais ou textos acadêmicos. Em um artigo que escreveu em 2004, por exemplo, Moro defendeu o uso da prisão preventiva como forma de forçar um investigado a assinar um termo de delação premiada”. O juiz considera válido “submeter os suspeitos à pressão de tomar decisão quanto a confessar, espalhando a suspeita de que outros já teriam confessado e levantando a suspeita de permanência na prisão pelo menos pelo período da custódia preventiva no caso de manutenção do silêncio ou, vice-versa, de soltura imediata no caso de confissão”.

Sobre o grampo de conversas entre advogado e cliente, em manifestação enviada ao STF no último dia 29, a respeito do grampo dos advogados que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Moro afirmou que o fez por considerar que um dos advogados seria parte do suposto grupo criminoso que estaria sendo investigado, o que tornaria legal a interceptação. Esta poderia ser uma explicação para o grampo supostamente ilegal que deu início à Lava Jato. 

 

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44 respostas

  1. Este trecho do título é o mais devastador: (…) para usar após o golpe.
    Logicamente que os malandros vão deixar ser presos e humilhados todos aqueles que não fazem parte de seu conluio, para depois os golpistas, ao melhor estilo Pedro Carmona, mamarem tudo o que puderem do nosso Brasil.
    Não vai ter golpe. Vai ter luta!!!

    1. Não vai ter GOLPE, Brito. No mais esta correto em sua analise, a operação alva jato vai ser ANULADA e foi feita para isso mesmo para ser anulada.

    2. Hehehe! Agora se entende porque a Força-Tarefa da Lava-Jato, Dellagnol a frente, e o Moro por detrás, vinha falando, e propondo legislações, que dessem ares de legalidade, a provas colhidas ilegalmente. Algo, francamente, rechaçado pela jurisprudência de nossos tribunais, e pela Constituição Federal, enquanto direito fundamental. Será que esse pessoal realmente acredita que os “fins justificam os meios”? Essa Lava-Jato é um verdadeiro “queijo suíço”, e da pior espécie…

  2. A extrema direita reclama, mas eu estou contente com o PT em algumas cousas, e nem sou PT. E vejo os verdadeiros democratas analisando melhor o jogo sujo da perversa extrema direita. E partindo para o ataque.

    1. A presidenta e o PT saíram da moita e começam a se defender.

    2. Advogados e o PT começam a cutucar os golpistas em todas as frentes.

    3. Jornalistas cutucam FHC nos pontos fracos. Lavagem. Cutucam o PSDB em todas as frentes.

    4. Pessoas comuns voluntariamente se encorajam a desvendar ocultações dos governos anteriores ao PT.

  3. Estão preparando para salvar o pescoço do cúnha, servidor do GOLPE jurídico-midiático. Salvaram a corja no rastro da salvação do achacador.

  4. Está jogando a toalha, Seu Fernando Brito? Que papo é esse de usar “após o golpe”? “Cumprida a etapa da derrubada de Dilma”? O golpe, maquiado de legalidade, não passará. Se os golpistas avançarem, vamos parar esse país com a maior onda de greves, passeatas, protestos e desobediência civil da sua história. Se o tijolaço mudou de ideia e está capitulando, então nos avisa, que é pra gente não passar mais por aqui.

    1. Alex, tem muita gente fazendo tudo o que pode para que este golpe não se consume. Eu sou uma delas. Mas pensar não pode ser interditado, até porque o cenário de um eventual pós-golpe é maior razão para lutarmos contra ele.

  5. Qual o motivo da UOL (Grupo Folha) publicar esta reportagem? O que pretende? Será que acham que a Lava Jato já fez o seu estrago e está na hora de acabar com a operação para proteger os golpistas citados?

    1. Paulo, a pergunta é outra. Por que somente há um mês que aparece todo esta ilegalidade básica na origem da Lava Jato?
      Por que será que o passarinho que contou ao advogado do Paulo Okamoto a ilegalidade inicial da Lava Jato, por que não piou antes quando poderia barrar o processo no início?

      1. Porque, nos oito anos que se seguiram ao primeiro grampo ilegal (contra um notório defunto, inclusive), não foi feita sequer UMA acusação. É a escarafunchação de oito anos de documentos, naquela linguagem extra-terrestre favorecida pelos operadores do direito, para poder configurar os crimes iniciais que deram início à operação mata-PT. Os crimes do judiciário, diga-se. Os crimes avalizados pelo Dr Moro.

        E há que se perguntar: todos aqueles advogados de todos aqueles clientes encarcerados nas masmorras do referido Dr Moro, qual o método favorecido por eles na maioria dos casos, para a defesa dos seus clientes? Delação premiada. Ao invés de questionar a metodologia draconiana do juiz, eles preferem caguetar o PT (requisito básico para a alforria das masmorras do Moro). Brigar com o Moro, disse a associação de juízes federais, é dizer que o judiciário não presta. Ao invés disso, os advogados dos delatores preferem assinar os acordos enquanto a mídia faz parecer que todas as prisões preventivas tinham sim que ser decretadas, porque todos os presos afinal são culpados.

        Então, respondendo à sua pergunta: essas sujeirinhas não apareceram porque ninguém se deu ao trabalho de procurar, e tampouco tinha interesse nisso. Porque o Moro é uma das caras da santíssima trindade do golpe de estado.

  6. Para quem tinha dúvidas que a lava jato era direcionada, janio de Freitas dá um testemunho muito esclarecedor
    Ato falho, ou não, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos responsáveis pela Operação Lava Jato, afirmou durante palestra na Câmara Americana de Comércio que os governos que estão sendo investigados sobre esquemas de corrupção são “os governos do PT”. Seria essa mais uma pista de que os procedimentos da Lava Jato são direcionados e seletivos?
    Hoje sabemos que a maioria dos movimentos de direita na Internet estão sendo financiadas com dinheiro oculto ( conforme a Folha), em relação a Lava Jato tenho as mesmas suspeitas, muitos documentos direcionados estão sendo enviados dos USA. _Blog do Nassif

  7. Aonde andava o boneco de marionete, da OAB, que nunca foi capaz de acompanhar as ilegalidades e abusos do sr. Moro que nunca com sua TRUP, como não tiveram no caso BANESTADO, como não tiveram no caso VASP, como não no caso da castelo de areia no caso do TREMSALÃO.

    1. A OAB é uma piada de mau gosto no que toca a defesa de direitos do cidadão brasileiro, só defende quando tocam nos seus privilégios, como, por exemplo, sonegação de imposto de renda da maioria absoluta de seus membros. Mas são todos contra a corrupção…

  8. Hoje, 03/04/16, a folha traz editorial de primeira página, com cinismo imensurável, ao dizer que Dilma dever renunciar, pois o jornal. “com pesar”, conclui que ela não tem mais condições políticas de administrar o país. Engraçado um jornal, enterrado até o pescoço no golpe, dizer que pede a renúncia co pesar. É muita cara de pau. Engraçado também é o jornal não pede a renúncia de Eduardo Cunha. Vai ver que ele acha que Eduardo Cunha tem todas as condições políticas e morais para continuar com o golpe.

  9. Hoje, 03/04/16, a folha traz editorial de primeira página, com cinismo imensurável, ao dizer que Dilma dever renunciar, pois o jornal. “com pesar”, conclui que ela não tem mais condições políticas de administrar o país. Engraçado um jornal, enterrado até o pescoço no golpe, dizer que pede a renúncia co pesar. É muita cara de pau.

  10. Parece evidente as pretensões políticas do Moro Imoral de 77 mil mensal! Após seu sucesso mediático, alavancado pelas seus vazamentos à globo e asseclas, ele -o herói anti-corrupção- lança-se ao Senado e já eleito, entra de vez no jogo político que quer perpetrar -financiamentos privados e caixa 2- e como ficam anulados vários procedimentos da Vaza a Jato…vai tudo de novo pra baixo do tapete…só os Petistas se ferram e segue o baile com os bailarinos do judi$iário, da mídia e da politicagem!

  11. “o magistrado não se manifesta a não ser nos autos”.
    Depois dessa não dá para aguentar, espero que seja reapresentado no STF novamente e no CNJ

  12. A mulher do Moro criou uma página cibernética de apoio e defesa do marido, deu o nome de Eu MORO com ele” (poderia acrescentar que também dar para ele), até que ela está certa. Mas, a população brasileira não mora, não dar e não tem nada a ver (até tem) com os desmandos jurídicos do “bicho lá”. Ninguém está acima da Lei, inclusive o “moro”. Juiz precisa e tem que ser justo!

    1. José Lucena vi essa manifestação da esposa do Moro como uma demonstração de fragilidade, e uma tentativa de estancar a perda de popularidade do “Juiz Celebridade”. Afinal, até a ilegal “condução coercitiva” do Lula a Lava-jato era pouquíssimo questionada na mídia, mesmo com a manifestação de vários dos advogados dos investigados apontando diversas outras ilegalidades. Ora, por que agora surge a ideia de criar uma página de apoio ao Moro? Porque é, justamente, do apoio de uma parcela da mídia hegemônica e da opinião pública “sedenta por sangue” e querendo ver “corruptos presos”, que ele busca extrair argumentos e legitimidade para se manter a frente da Lava-jato cometendo ilegalidades em série, sem ser adequadamente questionado pelos tribunais superiores (TRF, STJ, STF). Daí a dificuldade que os advogados vinham encontrando na medida em que várias das decisões do Moro vinham sendo “confirmadas” por essas instâncias. Tudo indica que a “blindagem” está se rompendo, e a decisão do STF que manteve as investigações sobre o Lula no Suprema essa semana, pode ser o primeiro e efetivo sinal disso.

  13. Estarrecido. É romântico ver nos filmes os juízes, promotores e policiais (os mocinhos) ultrapassarem o limiar da lei para prender o bandido, mas, na vida real, o umbral da lei não pode ser rompido sob qualquer pretexto.

  14. Parece que alguém poderoso cansou do Moro…… Uol publicar isso, fala sério, não estou dizendo que é mentira mas todo mundo já fala isso a muito tempo até o Gilmar Dantas já falou das ilegalidades do Moro

    1. Não. É só a hipótese dos sonhos dos coxinhas e também da “coalizão de ladrões” (como disse o Ciro), mas não vai ocorrer.

  15. A conspiração do golpe tem como uma das cabeças o juiz incendiário que esse tempo todo praticou ilegalidades e promoveu espetáculos circenses midiáticos para alimentar a mídia fascista e os políticos corruptos ladrões. A pegunta que sempre é feita: qual a razão de tanto ódio dessa direta reacionária a ponto de querer derrubar o governo eleito com 54 milhões de votos? Será porque os nordestinos deixaram de descer em caminhões pau de arrara para morar debaixo de viaduto em São Paulo? Será porque a transposição do Rio São Francisco, um sonho acalentado desde a época de D.Pedro II, vai melhorara a vida de 12 milhões de pessoas?Será porque as empregadas domésticas passaram a ter carteira assinada, INSS, férias e 13º salario? Será porque o Brasil não terá mais racionamento de energia? Será porque o luz para todos trouxe conforto a milhões brasileiros no meio rural? Será porque o numero de estudantes universitários triplicou? Será porque o Brasil saiu do Mapa da fome da ONU? Abaixo a mídia fascista.Que ninguém compre produtos anunciados pela Globo. Não vai ter golpe!

  16. Há uma boa chance de que a matéria tenha sido feito para ser usada contra a Lava Jato após o golpe, obedecendo a roteiro traçado por José Serra, que pretende acabar com as investigações policiais depois que a oposição houver usurpado o poder. O UOL é a própria Folha, e a Folha sempre foi serrista, desde os idos de 1998. A Folha fala com a boca do Serra e vice-versa. E esta gente é tão louca e alienada, que para ela a vitória golpista talvez já sejam favas contadas. Podem, na cabeça deles, começar desde já o desmonte da Lava Jato, para que não haja nenhuma marola judicial no futuro governo intervencionista da direita. Por outro lado, a mera existência desta matéria jornalística fortalece e muito aquelas almas perdidas que pretendem votar a favor do golpe para se safar da prisão e perda do mandato. A matéria pode ser oferecida a eles como garantia de que depois do golpe estarão livres, pelo menos da Lava Jato. O que devemos fazer é alardear ao máximo esta matéria agora mesmo. Sua ampla repercussão internáutica viria a falsear as próprias fundações golpistas e fazer o golpe cambalear, em vez de fortalecê-las a posteriori do acontecido, como é desejo de seus criadores, que talvez pretendam usá-la numa blitz fulminante contra as investigações de políticos. Vamos fazê-la conhecida agora, o quanto antes.

    1. E mais: O fato e ter sido publicada no OUL e não na Folha, é prova de que queriam fazer uma publicação que fosse oficialmente do PIG, mas que tivesse uma divulgação restrita e de alcance reservado, por enquanto. Uma divulgação quente, mas de baixa intensidade, que entretanto possa ser requentada a todo fogo logo que necessário. Para que isto? Provavelmente para que possa ser usada para convencer parlamentares implicados que sejam votantes no processo golpista de que eles têm como se livrar da Lava Jato, tão logo o golpe seja dado. Seria moeda de troca.

  17. É possível o deputado do PSDB e ex-delegado da PF Fernando Francischini, de Londrina terra de Sergio Moro, Alberto Youssef e Alvaro Dias, tenha envolvimento nessas operações. Esse deputado possui muita influência sobre a PF do Paraná até hoje.

    1. Você disse tudo. Eu sempre pensei nisso, e não é só o Franceschini, tem o Itagiba e muitos outros deputados delegados da PF do PSDB e oposição que tem influência sobre a PF de lá do PR.

      1. Tem outra eu queria que metessem um grampo nesses delegados e procuradores e no juiz Moro pra ver o que falam e tramam nas sombras.
        Um grampo pela soberania nacional nesses canalhas.

  18. Depois que a Lavajato descobriu o triplex de Paraty e seus proprietários e criminosos, perdeu a utilidade.
    Como a oposição descobriu na quinta feira passada que se houvesse o golpe, muito sangue iria correr, hoje começa o desmonte da Lava jato.
    Como previu o PHA, o juizinho vai virar tuiteiro.

  19. Depois das imensas “contribuições” da PF e JF do Paraná, desmoralizá-los não é o bastante, talvez devessem sem suspensos ad eternum do exercício de suas funções.
    moro é venal, cínico, dissimulado e como atua além das bordas da lei , não passa de um criminoso útil ao desmonte da Nação.
    Os porcosradores da vaza jato deveriam ser afastados de suas funções por política partidária no exercício ( ilegal ) de suas funções .
    Quanto aos babacas dos delegados da PF , Aragão no lombo deles ( ressalve-se que excluem-se aqueles que exercem sua espinhosa função com a decência que esta exige e no estrito cumprimento do dever legal ).
    O Paraná , por fim, poderia pedir um afastamento temporário da Nação, talvez por 100 anos ou até que livres estivessem da forma obtusa como enxergam o mundo, o Brasil e a si próprio. Sendo mais claro, perderem a síndrome de Arizona.

  20. Achei interessante o finalzinho: na ausência de um posicionalmente do próprio Moro, o jornalista elabora com suas próprias mãos os argumentos em defesa do mesmo. Bonito isto. Escavou declarações anteriores e colou no texto como se fossem respostas às questões levantadas. O Moro não quis se defender. Mas, quem precisa, tendo a imprensa como sua leal advogada?

  21. E mais: O fato e ter sido publicada no OUL e não na Folha, é prova de que queriam fazer uma publicação que fosse oficialmente do PIG, mas que tivesse uma divulgação restrita e de alcance reservado, por enquanto. Uma divulgação quente, mas de baixa intensidade, que entretanto possa ser requentada a todo fogo logo que necessário. Para que isto? Provavelmente para que possa ser usada para convencer parlamentares implicados que sejam votantes no processo golpista de que eles têm como se livrar da Lava Jato, tão logo o golpe seja dado. Seria moeda de troca.

    1. Assim como no vazamento da lista da Odebrecht. Cara, acho que vamos todos sair meio que doutorados em técnicas de manipulação da notícia. A Lava-Jato é um intensivão pra quem quiser aprender. Depois desta, se a sociedade continuar sendo tão acrítica e a esquerda tão estreita e acreditando em discursos conciliatórios e sublimação do óbvio, vai ficar claro que a base do jogo político é e sempre será neste país a tabelinha entre cinismo e covardia. O famoso me engana que eu gosto, um fetiche freudiano qualquer. Vou ficar convencido que é coisa pra gente pervertida, mesmo. Podem comprar a roupa de couro e o chicotinho e decidir quem apanha e quem bate de comum acordo.

  22. Agora a mídia golpista do Uol fala o que todos os blogs já sabiam e denunciavam, são uns canalhas mesmo. Fazem isso para dar força ao Golpe na Câmara, dando o seguinte recado, nos aliviamos vocês deputados se derem o golpe, temos tudo em mãos para acabarmos com a Lava Jato.
    A Farsa a Jato já teria que ter sido anulada faz tempo, ou no mínimo tirada das mãos desses corruptos golpista do MPF do PR da PF do PR e do Juiz Moro.

  23. Agora é tarde….Cancelamento da Assinatura do UOL…. E sugiro seguirem aquela campanha do Boicote às empresas que anunciam naqueles esgotos…..

  24. Imaginem o juiz corrupto sendo conduzido preso pelo…melhor presidente que este país já teve: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. Aqueles mequetrefes três patetas de SP não pediram para serem eles os condutores do Lula preso? As coisas se inverteram seus crápulas! Tomem cuidado, que pode ser vocês a serem enjaulados.

  25. Não houve surpresa de minha parte e mais, acho que o que contém nesta reportagem é apenas a ponta do iceberg de ilegalidades da lava jato.

  26. Moro e Cunha: os reis da manobra. São as duas faces da mesma moeda. Em situações diferentes, são dois delinquentes.

  27. Mouro é um juíz que trabalha só na lavajato, é investigador na mesma, tem uma equipe de promotores e investigadores que são exclusivos da lava jato. Tem algo de errado nessa história!

  28. Sr,Fernando.Lá eu ,de novo,com meus compridos comentários,que talvez ninguém os leia,e se os lerem,não concorde,o que é um direito,pois eu acato quem de mim diverge,nunca respeito divergências às minhas opiniões, pois se o fizesse,seria cinismo com os outros,e pusilânime com minhas opiniões.Contudo,acato DIREITOS ALHEIOS,por dever cidadão.Mas o foco desse meu comentário PITACO,já que a matéria aborda aspectos do JUDICIÁRIO,é a minha total incompreensão,em relação ao DIREITO.Ora,o Direito entre nós,baseou-se quase todo,em DIREITO ROMANO.Ora,o DIREITO ROMANO é reduzido meramente,ao PATRIMONIALISMO, e se assim é,que diabos se pensa ser algo acima das leis de CONVIVÊNCIA SOCIAL? Ora,se a maioria das sociedades,é constituída pelas classes mais abaixo da pirâmide social,o porque o DIREITO,é exercido pelos representantes das elites?Atribui-se aos JUDICIÁRIOS,o papel de guardiões das leis,mas nenhum JUDICIÁRIO,que se constitui PODER,nunca tiveram OUTORGA,para ser PODER.E porque,a maioria não discute nada ao respeito? Penso que a PEDRA DE TOQUE dessa indiferença,prende-se À PROPRIEDADE PRIVADA,coisa que o JUDICIÁRIO E O DIREITO,mais atuam.Em suma,OS JUDICIÁRIOS E O SEU DIREITO, reduz-se ao PATRIMONIALISMO,que tem na sua base a PROPRIEDADE PRIVADA.E ninguém ousa tocar nesse tema.Ninguém…

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