Após uma longa conversa telefônica, o presidente da França, anunciou que ele e Vladimir Putin querem um um cessar-fogo no Donbass, no leste da Ucrânia, entre o exército daquele país e os grupos separatistas de origem russa e que pedem uma reunião de cúpula urgente, “no mais alto nível sobre o futuro da Ucrânia”.
Macron anunciou se reunirá “nas próximas horas” com o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente dos EUA, Joe Biden, num sinal claro que, ao contrário da escalada verbal que vem sendo utilizada pelos norte-americanos, a Europa – ou parte dele, ao menos – segue apostando numa solução diplomática, repetidamente recusada por Washington, com suas previsões de que a “invasão da Ucrânia é iminente”.
Putin teria dito a Macron que pretende “retirar suas tropas” de áreas próximas à frionteira ucraniana, segundo o governo francês.
A crise é permanentemente escalada por Washington, porque à Europa é que não serve. As sanções econômicas aos russos são péssimas para eles, em razão da dependência do gás importado e do seu nenhum interesse em mover mísseis e tropas para território ucraniano, via Otan, para espremer a capital russa, Moscou, em uma imensa vulnerabilidade.
Se a iniciativa de Macron corresponder à realidade e avançar, é uma derrota política imensa para Joe Binden, o presidente dos EUA que ainda esta madrugada dizia que a invasão da Ucrânia estava próximo de acontecer.
Este é justamente o problema, agora: Putin tem apenas de recuar tanques, Biden, de recuar os punhos.