O PT foi ao limite com o PSB

Ninguém duvida que a disputa presidencial, ainda que com variações dentro da margem de erro, segue polarizada entre Lula e Jair Bolsonaro, muito embora o percentual dos que optam por uma enorme variedade de outros candidatos ainda oscile na casa dos 20%.

Em votos válidos – excluídos brancos nulos, nenhum e indecisos – os dois somam isso, 80 %.

Portanto, ao que tudo está indicando, é esta a disputa que, em princípio, definirá votos para os governos estaduais e para o Congresso.

Aos partidos do Centrão, há boa certeza que não escreverão os nome de seu candidato oficial a presidente, porque sabem que, neste campom a hegemonia será dos “bolsonaristas-raiz”, impulsionados pelas falanges armamentistas, religiosas e belicosas.

No campo da direita não haverá outros espaços, exceto o enclave mo “morismo”, que já demarcou claramente seu pequeno alcance.

E no campo popular?

Ao que parece, não há como o “cirismo” possa crescer e que o PSB, apresentando-se afastado de Lula, possa vicejar.

Lula já deixou evidente a sua intenção de agregar e fez o PT aceitar ceder acima e além do necessário para viabilizar alianças.

Até o posto de vice em sua chapa entregou a Geraldo Alckmin ofereceu, sem condições, que o exime de qualquer acusação de que vá procurar uma radicalização.

Mas tem todo o direito de reagir a uma postura de “reciprocidade zero” com que é correspondido. E de procurar uma aliança com Guilherme Boulos em São Paulo, já no primeiro turno.

O PSB tem de se cuidar, porque depende muito mais de Lula do que o ex-presidente depende dele.

Ambições fazem parte do jogo político, mas têm limites.

Lula e o PT cederam várias “janelinhas”, mas parece que se está fazendo opção pelo fim da fila.

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