O jornal inglês The Guardian publica hoje o resultado de um levantamento feito pelo Centro de Religião e Geopolítica da Fundação Tony Blair, dirigida pelo ex-primeiro ministro britânico .
Mais da metade dos combatentes rebeldes na Síria que estão se opondo o presidente Bashar al-Assad são simpáticos às posições do Estado Islâmico , e poderiam ocupar seu espaço político caso o Isis seja derrotado militarmente.
Paradoxalmente, é a estes grupos que o Ocidente fornece armamentos e quer entregar o país, com a derrubada de Assad sendo colocada como ponto de honra para o futuro da Síria.
Hoje, a guerra ganhou um imenso complicador, com ataques aéreos de Israel às vizinhanças da capital síria, Damasco, matando um líder libanês do Hezzbolah, Samir Kuntar, que atuava contra o Isis, em apoio a Assad. Libaneses e sírios são quase um só povo – aliás, aqui no Brasil, os tratamos assim, como sírio-libaneses – e os sírios combateram no Líbano contra a ocupação israelense daquele país, há 20 anos.
Já há notícias de que, em retaliação, foguetes foram lançados do Sul do Líbano sobre território israelense e que a aviação israelense atacou território libanês.
Novas incursões aéreas de Israel sobre a Síria podem esbarrar nos mísseis S-400 que estão sendo instalados pela Rússia para proteger seus aviões de ataques, como o feito pela Turquia contra um jato russo, há um mês.
Um avião israelense abatido por um foguete russo por invadir a Síria pode trazer um desastre ainda maior do que a região já vive.
É tudo o que o Isis quer: imobilizar tropas sírias e seu apoio aéreo no Oeste e Sul do país, para não perderem suas posições, agora muito ameaçadas pelos avanços do exército sírio, para não perderem as áreas que controlam no Norte e Leste do país, por onde se comunicam com o Iraque, ainda mais que parecem ter perdido a oportunidade de escoar pela Turquia o petróleo clandestino com o qual se financiam.
11 respostas
Depois que Donald Trump declarou que Israel apóia financeiramente e militarmente o Isis, os judeu perderam a vergonha e começaram a sair do armário mostrando de qual lado sempre estiveram.
Douglas, bom dia,
Entrei em responder pela tua mensagem, mas o assunto e outro.
Gostaria que Brito se fepirtasse sobre a chamada de capa da Folha, hoje, 21/12.
Pela chamada, Ricardo Mendonça, se nao estou errado, engana o leitor e tenta induzi-lo a acreditar que a derrubada Dilma ocorrera, quando na verdade ela estaria praticamente livre do golpe com os votos mostrados e os que estariam indecisos.
Se Fernando Brito pudesse analizar melhor, seria uma otima materia.
Grato
Douglas, bom dia,
Entrei em responder pela tua mensagem, mas o assunto e outro.
Gostaria que Brito se dedicasse sobre a chamada de capa da Folha, hoje, 21/12.
Pela chamada, Ricardo Mendonça, se nao estou errado, engana o leitor e tenta induzi-lo a acreditar que a derrubada Dilma ocorrera, quando na verdade ela estaria praticamente livre do golpe com os votos mostrados e os que estariam indecisos.
Se Fernando Brito pudesse analisar melhor, seria uma otima materia.
Grato
Brito a cada vez mais me surpreende com a sua lucidez.
Israel é infelizmente para muitos judeus progresistas e lúcidos o pitbull da América que soltam a corda quando o capital que preservar o seus interesses
Onde se lê ISIS, Leia-se Império AngloSionista.
Marcos, infelizmente, a América (USA) é o pitbull de Israel.
Bom voce falar nisso, Fernando.O site veteranstoday explica bem essas histórias que voce esclareceu . Após entender melhor QUEM são os verdadeiros bandidos comecei até a admirar os verdadeiros americanos que igual a nós aqui, cortam um dobrado por ver sua pátria dominada por víboras com dupla cidadania ( sem querer ofender as cobras). O 11 de setembro ainda é o X desta questão. Até que se esclareça aquilo tudo os Eua terão dificuldade pra sair do buraco.
Custo a crer que agora eu posso admirar os americanos. Dá até pena deles…Lá não tem nenhum partido melhorzinho, é tudo igual. Começou com a criação do FED em 1913 e não parou mais.
É uma beleza de democracia, a dos EUA, meu caro Carvalho.
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O cidadão estadunidense resolve votar nos democratas para ver se ocorre alguma mudança efetiva.
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Normalmente, passados quatro anos, ele já está de saco cheio e vai procurar outra opção, em busca das mudanças, nos republicanos.
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Passam-se outros quatro anos e, de saco cheio também dos republicanos, ele tentará a mudança votando em, adivinhe… nos democratas.
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Uma belo exemplo de democracia, sem dúvida. São tantas opções…
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É a democracia em que “você vota mas não elege”, como dizia o grande Eduardo Galeano.
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O pior é saber que tem muito brasileiro que se diz esperto acreditando que o regime dos EUA, de dois partidos que se revezam no poder para mudar coisa nenhuma, é o ideal para o nosso Brasil.
Digo, analisar.
Digo, tambem, dedicasse e nao fepirtasse. Erros cometidos.
A diplomacia russa é seu mais forte trunfo no conflito todo na região. E o kremlin a utiliza o tempo todo, com amigos e inimigos em calculado paralelo a seu ataque aos inimigos de Assad.
Nenhuma surpresa. O Ocidente quer mesmo que terroristas assumam o poder na Síria para destruí-la, como já fizeram com o Iraque, o Afeganistão e a Líbia. Há pelo menos 63 anos os EUA financiam terroristas para atacar a Rússia:
https://dinamicaglobal.wordpress.com/2015/12/19/a-alianca-da-cia-com-jihadistas-islamicos-contra-a-russia-ja-existe-ha-63-anos/
“As duas maiores organizações terroristas do planeta são o governo dos Estados Unidos e o governo de Israel.”
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Quem faz esta afirmação é o linguista e filósofo Noam Chomsky. Detalhe: Chomsky é nascido nos EUA e descendente de judeus.