Você leu o chororô sobre a crise da indústria automobilística no Brasil, nos últimos dois ou três dias?
Esqueça.
O pessoal da indústria automobilística, aqui e lá fora, pensa exatamente o inverso.
A empresa de consultoria KPMG, presente no mundo inteiro, fez uma pesquisa com 200 dirigentes de fábricas de automóveis. (Aqui, na íntegra).
Dela, saiu aqui, discretamente que o setor terá seu maior desenvolvimento nos Brics.
Mas não que se prevê o Brasil como o terceiro maior favorito em crescimento de produção e de vendas no mundo.
E que os países da Europa são vistos como declinantes em ambos.
E sabem, dos Brics, em qual país são vistas as menores dificuldades por conta das regras governamentais?
Exato, aqui mesmo.
Idem com barreiras alfandegárias e exigência de conteúdo nacional, contra a qual gritam como cara e absurda.
Só o Brasil e a China, entre os Brics, têm uma expectativa de exportação crescente no curto prazo.
Ou seja, enquanto os nossos “especialistas” preveem o caos, os executivos das montadoras lá fora botam o Brasil lá em cima de suas expectativas.
Os daqui, claro, aproveitam a “onda” para “chorar miséria” e tentar obter mais concessões.
8 respostas
Excelente. Fernando Brito seus textos estão cada vez mais interessantes e reveladores e o blog está agilíssimo desmascarando com rapidez o oportunismo do sórdido empresariado brasileiro que se apóia no pessimismo militante do PiG.
O azar deles é que não convencem mais ninguém com sua crônica e ridícula urubulice.
….detalhe dentro do BRICS o Brasil é o único que não tem montadora própria e 100% nacional….ou seja tudo o que vendem aqui É 100% LUCRO REVERTIDO PARA OS PAÍSES DE SUAS MATRIZES….
Infelizmente é verdade, pior essas multinacionais são que financiam as forças armadas dos EUA, ou seja, estamos fortificando nossos inimigos.
Existem muitas opiniões de “especialistas” nos blogs progressistas dizendo que o Brasil deve repensar o seu modelo de desenvolvimento. Dizem que o país não deve seguir a corrente desenvolvimentista padrão, especialmente no pico da crise de 2008, quando toda a grande mídia dizia que a crise pegaria o Brasil. E o Lula foi à TV e fez aquele pronunciamento histórico.
Eles não querem que os brasileiros mais pobres tenham condições de comprar o seu primeiro carro. Eles são contra a construções de viadutos, estradas, que o pobre não compre tvs, eletrodomésticos em geral.
A ascensão social dos mais pobres fazem mal a eles.
Aqui faturam um lucro absurdo que não se atrevem a faturar no país de origem, porque acima de tudo respeitam o consumidor estadunidense e europeu, ao contrario do consumidor brasileiro que é tratado como otário. Tão otário que chegam a tratam melhor os outros consumidores latinos americanos que sabem exigir respeito.
O lucro é de tal monta que a GM brasileira cobriu o monumental prejuízo da matriz estadunidense ocorrido na maior crise vivida pós 1930. Os consumidores brasileiros salvaram a gigante GM estadunidense. Entretanto continuam reclamando e retaliando o governo e o país com a demissão dos trabalhadores brasileiros.
É bom o povo brasileiro lembrar que ninguém respeita a quem não se dá o respeito.
Caro Fernando Brito, parabéns pelo blog de ontem e, melhor ainda, o de hoje.
Sobre esse assunto gostaria que fosse feita uma análise sobre as demissões da GM. Aparentemente, ela contradita as opiniões favoráveis e bem fazejas ao nosso país.
Grande abraço.
O BRASIL É UMA ” MERCEDES BENS “.
Como se não bastasse, nós brasileiros pagarmos o carro mais caro do mundo! E não me venham com a conversinha fiada dizendo que é tudo culpa do imposto porque não é. Sem impostos pagamos o dobro de outros países. Porque cobrar o dobro de outros países se nossa mão de obra é tão mal paga em relação a outros lugares do mundo? Por que aumentar o preço dos automóveis por colocar coisas nos carros que já existem em qualquer país do mundo, e mesmo assim, mesmo tendo os carros mais completos que nós, ainda pagam mais barato? Está na hora de ter um intervenção séria do Estado destas montadoras que nada mais fazem do que reclamar de barriga muito cheia no Brasil. Maior lucro do mundo, querem mais o quê?