Jabuti não sobe em árvore, diz o velho ditado da política.
Será que alguém acha que, na última hora, já durante a convenção do Podemos, surgiu a ideia de lançar Álvaro Dias candidato a presidente pelo partido?
“Estou perplexo”, diz o senador, mas alguém acredita que foi lançado presidente “à revelia”?
É claro que tem mão de gato nesta história, pois ele divide o favoritismo na corrida ao Senado pelo Paraná com Sérgio Moro e, portanto, este seria o grande beneficiário do “enterro de luxo” do Senador, que teve 0,8% dos votos válidos nas eleições presidenciais de 2018.
Ali, porém, tinha mais quatro anos de mandato como senador e, portanto, nada perdia.
Agora, aos 77 anos, candidatura a Presidente é apenas uma aposentadoria.
Mas não se descarte que, no viveiro de serpentes do Podemos, onde há os restos de pele que a víbora Sergio Moro deixou, possa progredir sua improvável candidatura, para deixar Moro “coberto” por um apoio de traidor a Dias, sem o desconforto de carregar a humilhação de pedir votos para Jair Bolsonaro e como o que espera seja uma eleição mais tranquila para o Senado.
Judas Iscariotes, no Paraná, não arrumaria nem vaga de estagiário.