Moro, o afilhado e a apologia do motim

Sérgio Moro sai às redes sociais para capitalizar o fim do motim policial no Ceará.

Seu afilhado de casamento e diretor da Força Nacional de Segurança , Aginaldo de Oliveira, subiu ontem ao palanque, fardado, numa assembleia de amotinados para pedir calma, porque eles seriam protegidos.

“Acreditem: vocês são gigantes, vocês são monstros, vocês são corajosos; demonstraram isso ao longo desses dez, onze, doze dias que estão aqui dentro desse quartel, em busca de melhoria da classe, e vão conseguir. Vão conseguir! Sem palavras para dizer a coragem que vocês estão tendo ao longo desses dias”.

Ao longo destes dias, desfilaram armados e encapuzados fechando o comércio, furaram pneus de viaturas oliciais, ocuparam batalhões e descumpriram o dever de patrulhar as cidades cearenses e permitiram que a taxa de assassinatos se multiplicasse por três ou quatro.

Entre gigantes e monstros, para ficar com as palavras do afilhado de Moro, monstros parece a mais adequada.

Pergunta-se à miriade de generais que estão no Planalto se os praças de algum regimento fizerem um levante assim – e ganham menos que os PMs – eles também irão ao palanque, elogiar a coragem dos amotinados.

Talvez sim.

Afinal, ajudaram a levar ao posto de comandante em chefe das Forças Armadas um sujeito que queria colocar bombas em quartéis.

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