Moro, o fraudador, morreu de megalomania

A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de não reconhecer o domicílio eleitoral de Sergio Moro naquele estado deveria ser o capítulo final da sequência de humilhações pelas quais o ex-juiz (suspeito) vem se submetendo.

É muito longa e cansativa a sucessão de revezes que a sua megalomania o fez passar, desde que, ainda um juiz de primeira instância no interior, começou a maquinar uma escada para subir até a condição de “herói nacional” que acabaria conseguindo quando se prestou a ser o instrumento judicial de um golpe de estado no Brasil.

Era pouco: seu desejo de ser ministro do Supremo – mesmo com sua indigência cultural e jurídica – o fez agarrar-se a barra do paletó de Jair Bolsonaro, que dele se desvencilhou como quem arranca um carrapato.

Ainda assim, Moro tão convencido de sua grandeza que achou que bastaria voltar dos Estados Unidos para ser aclamado como o salvador da Pátria. Nem é preciso descrever o que foram estes poucos meses, desde novembro, em que vaiu da ribalta até a condição de “aspone” de Luciano Bivar.

Agora, de novo, foi pego em um fraude: a de que era eleitor de São Paulo, ele e e a “conja”, quando todos sabiam-no paranaense. O TRE paulista deu-lhe o merecido fora, porque Moro, agora, já não mete medo a ninguém como no tempo em que, como Simão Bacamarte, mandava trancar qualquer um que o enfrentasse.

Tudo na carreira de Moro é fraude, desde que começou a “cevar” o doleiro Alberto Youssef, no caso Banestado, na certeza de que dali lhe viria a oportunidade de alcançar uma mina de outro para a carreira. E, de fraude em fraude, acabou na simulação de uma “moradia” em São Paulo que nunca existiu, senão no dia em que trocou o Podemos pelo União Brasil, por acordos ainda secretos com Luciano Bivar.

Moro não quer disputas, quer consagração. Acha-se um rei, ao qual só lhe falta a coroa.

Acha-se um gigante mas, sem a lente da mídia, mostra que é moralmente um anão.

Vai recorrer, provavelmente, mas até isso será para colher mais uma derrota, a eleitoral.

O marreco de Maringá é nada.

Não é das coisas mais gentis tripudiar do fracasso alheio mas, no caso de Moro, é quase que pedagógico sobre o quanto a soberba e a ambição são armadilhas mortais. Ainda mais porque se desmancha enquanto vê o homem a quem trancafiou por 580 dias na cadeira caminhar para o lugar que sempre achou que seria seu: a presidência da República.

 

 

 

 

 

 

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