Moro veste a carapuça

Sergio Moro foi ao Twitter “responder” à decisão do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, de acatar o pedido do Ministério Público e revelar seus ganhos como “sócio-diretor” da consultoria Álvarez e Marsal e também para que seja fornecido ao Tribunal quais foram os contratos que a empresa obteve como decorrência das dificuldades de empreiteiras decorrentes da Operação Lava Jato.

O “responder” foi entre aspas porque, como você lê, é tudo genérico e impreciso, na base do “la garantía soy yo”, não revelando valores nem no que atuou, alegando apenas que “não havia conflito de interesses”.

Apenas, portanto, a palavra do ex-juiz contra o fato de que ele foi ser diretor de uma empresa que cuidava da recuperação judicial de, pelo menos, duas gigantes abatidas pela Lava Jato: a Odebrecht e OAS.

Quer dizer que, quando ele era juiz, o Ministério Público podia levantar o que quisesse contra qualquer um, mas quando é canddato ninguém pode duvidar de que ele é um cidadão acima de qualquer suspeita?

Está send tratado melhor do que tratou seus jurisdicionados e nem mesmo lhe ordenaram uma quebra de sigilo bancário, menos ainda as buscas, apreensões e conduções coercitivas que ordenava.

O que Moro vai fazer? Mostrar o que ganhou e no que trabalhou? Vai pedir que a Justiça proteja o segredo de seus rendimentos?

As cenas dos próximos capítulos são terríveis para o ex-juiz, que está apanhando feito boi ladrão nas redes sociais.

 

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