Para o juiz Sérgio Moro e sua corte lavajatista, o processo judicial e o julgamento são formalidades enfadonhas, apenas ritos necessários a revestir a consumação daquilo que têm como convicção pré-formulada.
Assim, não há razão para que Moro atenda ao que, corretamente, diz-lhe hoje Bernardo de Mello Franco, em sua coluna em O Globo: “Deixe as testemunhas falarem, doutor Moro“, que reproduzo ao final do post, reclamando do sistemático cerceamento da expressão de todos os que são chamados a depor em defesa do ex-presidente Lula.
Faz tempo que o juiz de Curitiba, como os promotores da tal da Força Tarefa deixaram de lado qualquer dever de uma ponderação ampla dos casos entregues à sua função profissional, se é que algum dia a tiveram.
Agora, menos ainda. O que os move é a pressa em terminar logo o julgamento do caso do sítio em Atibaia e produzir uma segunda condenação de Lula, que reforce (ao menos politicamente) sua exclusão do processo político, dada a fragilidade do caso Guarujá, que os leva a temer que, apesar de toda a blindagem que lhes dá a mídia, seja insustentável a execução da sentença que o mantém preso e distante das urnas de 2018.
Pressa de um lado, lentidão de outro, pois o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, pela mesma razão, desliga o modo “rapidinho” com que julgou o caso e se arrasta no exame – este sim, uma mera formalidade, da admissibilidade dos recursos ao STJ e ao STF. Estes, por ainda não estarem em tramitação – a admissibilidade é que inicia seu processamento nas cortes superiores -, diminuem as chances de que aqueles tribunais concedam qualquer efeito suspensivo, sob o argumento de que não cabe julgar recursos que ainda não tramitam ali.
Tudo é viciado nestes processos porque, tanto num quanto noutro, não é possível identificar o pedido ou o recebimento de vantagem indevida ou o ato de ofício que tenha gerado tal benemerência. Mas, neste caso, o que poderia defini-los é que um virou lebre e o outro, tartaruga.
Deixe as testemunhas falarem, doutor Moro
Bernardo Mello Franco, em O Globo
Uma testemunha de defesa existe para defender o réu. É direito do acusado indicá-la para reforçar sua versão dos fatos. A testemunha tem o dever de dizer a verdade. Se mentir, pode virar alvo de outro processo. Dentro dessas regras, quem é convocado deve ter liberdade para falar. Se vai convencer o juiz, são outros quinhentos.
Ontem Sergio Moro voltou a interromper um depoimento a favor de Lula no processo sobre o sítio de Atibaia. O juiz cassou a palavra de Rui Falcão, ex-presidente do PT. Ele sustentava a tese de que o aliado seria perseguido pela Lava-Jato.
Falcão respondia a uma pergunta do advogado Cristiano Zanin. “O senhor conhece o ex-presidente Lula, tem relação pessoal e política com ele?”, perguntou o defensor. “Principalmente relação política. E estou muito preocupado com o processo de perseguição que vem sendo movido contra ele”, disse o petista.
Neste momento, o procurador interrompeu o depoimento. Falcão tentou prosseguir: “Cujo único objetivo é impedir que ele seja candidato a presidente da República”… Foi a senha para Moro cassar sua palavra: “Não é propaganda política aqui, viu, ô senhor Rui?”.
Na semana passada, o juiz já havia se irritado com Fernando Morais. Ele repreendeu o escritor por descrever um encontro de Lula com o cantor Bono. A defesa queria provar que o ex-presidente fez as palestras pelas quais recebeu. Para Moro, a pergunta não teria “nenhuma relevância”. “O processo não deve ser usado para esse tipo de propaganda”, disse.
O autor de “Chatô” se incomodou com o cala-boca. “Posso fazer uso da palavra, excelência?”, perguntou. “Não. O senhor responde às perguntas que forem feitas”, cortou Moro, recusando-se a ouvi-lo.
O processo do sítio tem provas mais fortes que o do tríplex, que rendeu a primeira condenação de Lula. É difícil que a defesa explique por que duas empreiteiras fizeram obras de graça na propriedade frequentada pelo ex-presidente.
Mesmo assim, Moro deveria ouvir o que as testemunhas têm a dizer. Ontem ele voltou a demonstrar pouco interesse pelo contraditório. Cruzou os braços, deu sinais de impaciência e não quis fazer perguntas. O procurador imitou o juiz, e o depoimento terminou em apenas sete minutos.
28 respostas
Esse savaranola tupiniquim terá o seu dia de “descarte de lixo”, e não está longe. Logo logo………terá que pedir asilo na sua pátria mãe e que não é o Brasil
Em Maçachutses.
Dr. Moro , o caipira de Maringá,não sabe pronunciar Massachussets!
Massa. Chute-se o Moro!
As testemunhas estão lá apenas para corroborar o que o juizeco quer…
Se for contrário, não vem ao caso, cala a boca …
Caso contrário, tá certo, nem precisa provar, acreditamos no que os senhores delatores disseram, combinado com os procuradores para salvar suas peles e enriquecer o zuco e sua turma…
Ou ainda, pode falar, que o juizeco puxa o saco do véio fhc…
Depois vem falar que tá faltando juizes pra julgar… por isso a demora nos demais processos (contra lula atropelaram qq normalidade formal, tanto o juizeco qto os cúmplices da quadrilha togada)
Enquanto isso, silêncio obsequioso no STF e na grande mídia, sobre os mimos da casta judiciária
Servidores Membros do Judiciário, do Ministério Público e do Legislativo, principalmente, têm as maiores remunerações, com vários penduricalhos extras, como o auxílio-moradia inconstitucional, muitos acima do teto. No executivo, um ou outro está acima do teto. Ao falar sobre o tema, não podemos generalizar, para não atingir servidores de áreas sociais e finalísticas, como agentes de saúde e professores, pois já recebem pouco e, geralmente, nessas campanhas contra o déficit público (demonização do servidor), são quem paga a conta junto com a população. Já a casta do judiciário continua numa boa…
SILÊNCIO CONIVENTE, NO STF, SOBRE O AUXÍLIO-MORADIA
https://www.huffpostbrasil.com/2018/04/16/crise-no-stf-barra-projeto-que-restringe-o-auxilio-moradia_a_23410915/
Um juiz com dupla personalidade: Moro & Mazaropi.
A “kriptonita” que transforma Moro em Mazaropi é uma câmera da Rede Globo, um político do PSDB ou algum penduricalho no salário… aí o justiceiro destemido Moro se transforma em MAZAROPI!!!
Para Moro, a testemunha de defesa responder perguntas é “fazer propaganda” ou “fazer política”… porém, para Mazaropi sair nas capas de jornais confraternizando com Aécio, Alckmin e Temer, todos envolvidos na Lava-Jato, é bobagem… Mazaropi participar de evento do Lide com Dória, candidato do PSDB, é uma bobagem… irrelevante.
Moro criminalizou uma reforma no triplex que nem pertencia ao réu… porém Mazaropi acha seu “auxílio-moradias” é irrelevante… uma bobagem…
Moro criminalizou palestras 100% comprovadas, gravadas e justificadas… enquanto Mazaropi e sua turma faturam milhões com palestras e eventos de empresas muitas vezes envolvidas na Lava-Jato ou com patrocínio da própria Petrobrás… além do esquema de advogados envolvidos com os procuradores…
É simplesmente revoltante.
Estava pensando outro dia: se um outro juiz federal, do mesmo nível hierárquico do juizeco de maringá, agisse parcialmente como ele age, porém com viés totalmente de esquerda (ou seja, o caso diametralmente oposto), perseguindo tucanos e livrando petistas, o que ocorreria com esse hipotético juiz federal? O exercício da empatia, às vezes, é o melhor remédio a quem acha que você está exagerando.
Convido os juízes com pensamento progressista, de esquerda, se é que eles existem, a começarem a dar decisões unilaterais e agirem como déspotas partidários, Brasil a fora. Quem sabe assim, alguém pensa em melhor equilibrar as ações dessa casta que pensa poder fazer tudo à revelia da Lei?!
Basta ver o caso do Protógenes Queiroz, que teve de se exilar na Suiça… perdeu o cargo e foi perseguido de todas as formas possíveis tanto pela justiça brasileira quanto pelos meios de comunicação, especialmente a Veja e Diogo Mainardi que era considerado “lobbysta” do Dantas.
E Protógenes nunca foi “esquerdista” ou “petista”… simplesmente aplicou a lei em Daniel Dantas e teve coragem de peitar Gilmar Mendes e seus HC´s. No fim a Operação Satagraha foi toda anulada e as provas queimadas.
Se algum juiz fizesse com José Serra, Alckmin, os donos do Itaú, o dono da Ambev… o mesmo que Moro fez com Lula… eu acho que o juiz seria assassinado e jogariam sal em sua casa.
O esquema é tão bem armado que não existem vozes dissidentes dentro do judiciário, da imprensa ou da PF.
O Brasil é medieval.
Meu Rei,
“A “kriptonita” que transforma Moro” atende pelo nome de Tacla Duran!
Um juiz com dupla personalidade: Moro & Mazaropi.
A “kriptonita” que transforma Moro em Mazaropi é uma câmera da Rede Globo, um político do PSDB ou algum penduricalho no salário… aí o justiceiro destemido Moro se transforma em MAZAROPI!!!
Para Moro, a testemunha de defesa responder perguntas é “fazer propaganda” ou “fazer política”… porém, para Mazaropi sair nas capas de jornais confraternizando com Aécio, Alckmin e Temer, todos envolvidos na Lava-Jato, é bobagem… Mazaropi participar de evento do Lide com Dória, candidato do PSDB, é uma bobagem… irrelevante.
Moro criminalizou uma reforma no triplex que nem pertencia ao réu… porém Mazaropi acha seu “auxílio-moradias” é irrelevante… uma bobagem…
Moro criminalizou palestras 100% comprovadas, gravadas e justificadas… enquanto Mazaropi e sua turma faturam milhões com palestras e eventos de empresas muitas vezes envolvidas na Lava-Jato ou com patrocínio da própria Petrobrás… além do esquema de advogados envolvidos com os procuradores…
Se nesse País houvesse instâncias superiores sérias, esses processos todos seriam anulados por vício de diferentes naturezas. Mas hoje em dia, segundo os tribunais da melancia (aqueles que preferem aparecer), os fins justificam os meios. Então, foda-se o devido processo legal e foda-se a Constituição Federal também. É a mensagem que eles estão passando. Ademais, seus fins são questionáveis, pois querem fazer uma “justiça” de um lado só, nem um pouco cega. Simplesmente HIPÓCRITAS!
E tem gente se iludindo com eleições… O judiciário está totalmente aparelhado pela casa grande submissa às ordens dos EUA e da banca e hoje faz o papel que os militares fizeram a partir de 1964. “Olha, mãe, sem os militares” dizem os ditadores do século 21.
EU TENHO MUITA RAIVA, MUITO NOJO DESSE INSANO E BOÇAL JUIZ, NÃO SUPORTO MAIS NEM OUVIR FALAR O NOME DESSA PRAGA.O FACHIN É UM BUNDÃO OU TEM O RABO PRESO COM ESSE CANALHA, PORQUE ATÉ AGORA NÃO TIROU OS PROCESSOS DO LULA DA MÃO DESSE CRETINO SE TEORI TIVESSE VIVO GARANTO QUE JÁ TINHA TIRADO.
theori era outro da quadrilha. esperou cunha iniciar o impichgolpe para só depois afastá-lo.
EXATAMENTE UM GRANDE FILHO DA PUTA! ACREDITO MUITO QUE MORO SERÁ DE ALGUMA FORMA PUNIDO, POIS AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA.
Teori foi traidor da Dilma. Deixou o Cunha solto até consumar o golpe de estado.
Esse juizeco malandro, criminoso fabricante de provas para incriminar seus antagonistas, pois age muito mais como policial do que como juiz, é um corrupto funcionário público que comete seus crimes a soldo de nosso próprio erário e, inexplicavelmente, continua solto!
Será que este nosso país tão grande e amado não vai nunca tomar jeito?
É sempre bom lembrarmos os depoimentos do Nestor Cerveró e do Eike Batista, o primeiro tentou falar da suposta corrupção na Braskem no governo FHC e segundo tentou entregar uma lista das “contribuições” dadas pelo grupo, ambos foram totalmente ignorados, não vinham ao caso pois não eram supostamente crimes que não interessavam ao “juiz”.
Ser excomungado pelo Papa, ainda mais por um papa dos mais virtuosos que já pisaram no Vaticano, deve ser o maior castigo tanto deste como do outro mundo. Não existe nada mais poderoso na face da terra – nem prece, nem praga, nem sortilégio, nem maldição, nem execração – do que o anátema papal. E a Globo está quase, quase, conseguindo essa proeza de ser anatemizada pelo representante máximo de Deus na Terra. Ontem não faltou nada para que o Papa a chamasse pelo nome. No seu sermão da Santa Missa, ele disse literalmente: “Se concede todo o aparato da comunicação a uma empresa, a uma sociedade que faz calúnias, diz falsidades, enfraquece a vida democrática, depois vêm os juízes para julgar essas instituições enfraquecidas, essas pessoas destruídas, as condenam, e assim tocam para a frente uma ditadura. Assim começaram todas as ditaduras, adulterando a comunicação, para colocar a comunicação nas mãos de uma pessoa sem escrúpulo, de um governo sem escrúpulo.”. Acho que depois dessa, só resta convocarmos algum bamba da literatura de cordel lá do Nordeste para descrever “A chegada dos Merivais no Inferno”. Será sucesso absoluto em todas as feiras e mercados (mercados de verdade, não o mercado fajuto do Meirelles) do país.
O que este juizeco de merda está fazendo não é política? Quando este sujeito usa o cargo para excluir um potencial candidato vencedor na eleição que se avizinha não é política?
“É difícil que a defesa explique por que duas empreiteiras fizeram obras de graça na propriedade frequentada pelo ex-presidente.”
No Brasil de vestais de hoje, pode até ser. No mundo real, presenteia-se como agradecimento ou como investimento futuro ou simplesmente para agradar, o que necessariamente não implica em ilegalidades. Fui Gerente de um banco europeu e, como todo gerente, recebia muitos presentes, alguns de valor razoável. Nunca me foi pedido nada irregular. Duas empresas aéreas, em ocasiões distintas, convidaram-me para voos inaugurais para a Europa, com estada paga de uma semana, guia turístico, etc. A única coisa que fazíamos para essas empresas era prestar serviços de cobrança. Um gerente do BB no Rio, numa certa ocasião, recebeu 42 geladeiras no natal. Sem falar dos outros brindes. Um presidente do Banco Central recebeu um número muito grande de caixas de whisky que ele vendeu a um supermercado. É preciso provar que, em troca do presente, houve de fato algo ilegal. Isto seria o crime. Mas claro, presentes só são crimes se o beneficiário é do PT.
“O processo do sítio tem provas mais fortes que o do tríplex, que rendeu a primeira condenação de Lula. É difícil que a defesa explique por que duas empreiteiras fizeram obras de graça na propriedade frequentada pelo ex-presidente.”
Pera aí, muitos juristas, inclusive o Ciro, dizem que o processo do sítio é mais frágil que o do triplex. Bernardo Melo diz o contrário. Quem está dizendo a verdade?
Eu acredito nos juristas e no Ciro.
Lobby da indústria do refrigerante envolveu Eunício e Maia
“Até as últimas eleições, as maiores empresas do Brasil tinham permissão para fazer doações a candidatos que disputavam os votos dos eleitores brasileiros. Em 2014, além de construtoras e frigoríficos, grandes fábricas de refrigerantes apareceram entre as principais financiadoras das campanhas de senadores e deputados federais.
A Coca-Cola, por exemplo, doou quase R$ 14 milhões aos políticos, enquanto a Ambev (dona das marcas Brahma e Antarctica) repassou cerca de R$ 11,7 milhões a candidatos. Entre os beneficiários das empresas, aparecem os atuais presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além do deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), que apresentou projeto para restabelecer isenção tributária para a indústria do setor.
Sofrendo com a redução do desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – que antes era de 20% e passou para 4%, após um decreto do presidente Michel Temer (MDB) assinado em maio –, as companhias representadas pela Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), instaladas na Zona Franca de Manaus, buscam o apoio desses políticos para derrubar essa norma do Planalto. Pelo menos três projetos de decreto legislativo (PDCs) de senadores e do deputado Avelino podem ser votados em plenário a partir desta semana. O mais adiantado deles é de autoria do parlamentar amazonense. A matéria já foi distribuída à Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O parlamentar garante que, com o texto, está defendendo o estado do Amazonas e a Zona Franca de Manaus, ou seja, “o motor da economia amazonense e de seus empregos”. Segundo ele, se a redução fiscal diminuir, essas empresas de concentrados de refrigerantes poderão deixar a região e, assim, gerar um aumento no número de desempregados.
Ainda de acordo com o deputado, a iniciativa do PDC não tem nenhuma relação com os R$ 60 mil que recebeu da Recofarma – pertencente ao grupo Coca-Cola – e com os mais R$ 360 mil doados pela Companhia Paraense de Refrigerantes (Compar), fabricante da bebida na Região Norte do país, à sua candidatura nas últimas eleições…”
https://www.metropoles.com/brasil/politica-br/industria-do-refrigerante-beneficiou-eunicio-e-maia
Inversão total! Segundo o colonista “É difícil que a defesa explique por que duas empreiteiras fizeram obras de graça na propriedade frequentada pelo ex-presidente.” Ora, a defesa não precisa explicar! Cabe aos acusadores explicarem e provarem sua versão! Caso não consigam, prevalece a presunção de inocência! Em tempos normais seria assim.
Mesma tática LIXO: Atribuir a “propriedade” pelo ouvi dizer.
e agora resolveu não aceitar o depoimento de Jacó Bittar
https://jornalggn.com.br/noticia/moro-admite-que-expoe-testemunha-a-risco-ou-constrangimento
O moro não precisa ouvir testemunha que só está gastando o tempo dele. A sentença estava decidida antes do processo começar. O resto, não vem ao caso.