A Folha revela o teor do depoimento do motorista que dirigia a Kombi onde foi baleada para morrer a menina Ágatha Félix.
A versão de que foi a “guerra do tráfico” apontada pelo general Hamílton Mourão, presidente da República em exercício, é completamente desmontada. Ou seja, é totalmente falsa.
(…)a rua estava movimentada, mas não havia sinais de confronto ou violência. Caso contrário, ele não teria estacionado ali.
O casal e duas crianças desceram, deram a volta e abriram o porta-malas para tirar suas bolsas e mochilas. Só restaram Ágatha e a mãe no banco traseiro. O motorista também desembarcou e, no mesmo momento, viu uma moto com dois homens sem camiseta passando em alta velocidade.
Foi quando ele avistou um dos quatro policiais militares que estavam no local — dois de cada lado da rua — disparando dois tiros seguidos: pá, pá. Pensou que o agente havia atirado para cima, para intimidar, mas percebeu que esse não era o caso quando olhou para dentro da kombi e a mãe de Ágatha começou a gritar.
As declarações foram dadas pelo motorista nos momentos seguintes ao assassinato, ao depor na Delegacia de Homicídios. Ontem, no enterro de Ágatha, revoltado, José Carlos Soares, de 48 anos, gritou, diante de todos, que era mentira a versão que apontava um tiroteio com bandidos que havia provocado a morte da menina.
“Mataram inocente. Não teve tiroteio nenhum, foi dois disparos que ele deu. Falou que foi tiroteio de todos os lados, é mentira! Mentira!”, ele gritou emocionado diante das câmeras no último domingo (22), durante o enterro de Ágatha, segundo a Folha.
A perícia feita hoje cedo em seu carro é consistente com o relato: o banco onde a menina e sua mãe estavam sentadas tem um perfuração a bala, mas não a lataria do veículo, indicando que a mala do veículo estava aberta, como ele descreveu.
Por mais que intimidem as pessoas e desejem dar “sumiço” a declarações e declarantes, já não há como evitar a conclusão de que a polícia atirou – pelo que querem chamar agora de “medo, surpresa ou violenta emoção” -, seguiu os conselhos do governador de “mirar na cabecinha” e, afinal, acertou a garotinha.
27 respostas
O Brasil é a expressão repetida de algo que acontece sempre.
O Brasil oficial, caricato, burlesco, arrogante que destrói o Brasil real da sua gente simples, esperançosa, generosa etc etc… (Ariano Suassuna)
Mourão , Mourão triste manifestação . É tal víl como o titular , farinhas do mesmo saco .
Bostas da mesma latrina
Malditos covardes, não são homens nem para admitir que erraram. Malditos fascistas.
Tem medo da guerra
Vontade de crescer pro Maduro e Trump deixar Bozo sozinho nessa e a Venezuela anexar Roraima
a eles o destino de Mussolini
COVARDES DESGRAÇADOS. FILHOS DA PUTA !
O general Mourão falou que a morte de Ágatha foi um acontecimento normal dentro da guerra ao tráfico. Não existe esta coisa de guerra ao narcotráfico. Existe uma guerra do estado oligárquico contra as diversas formas de explosões sociais que advém da gigantesca desigualdade social. No máximo, o Estado poderia dizer que existe uma guerra contra o crime em geral, o crime de ordem social, que é a respiração ofegante da sociedade marginalizada, excluída e desassistida, mas não contra o tráfico de entorpecentes em particular. Desta vez o Mourão pisou feio na bola.
Ele erra pouco porque fala pouco. So isso.
E concordo c q vc diz
E não esqueça que esses Milicos Escrotos foram a 4º do Bolsonaro, a quarta opção, antes teve a Janaína Descabela, o Príncipe, o Magno Malta e daí a Milicada.
São uns escrotos!!
O generaleco “Morrão” é um MONTE DE ESTRUME.
FDP IRRESPONSÁVEL !
Seria o caso de se questionar a militarização da polícia? Qual a necessidade de termos uma polícia militar?
Nenhuma.
É o presidente que disse que a tortura cometida por agentes do exército era “igual” a dos subversivos, que seu filho não foi privilegiado como altíssimo funcionário do Banco do Brasil, que seu filho tinha sido prejudicado como funcionário pela Dilma, etc,etc: mentiroso e falso.
E amigo é fã do bozo, a quem avalizou e defende.
Outro bozó, embora mais velho e experiente, o que é lamentável.
Que desgraça!
A ordem é “sentar o dedo”. Se matar uma criança, FUTURE-SE!
Alguém pode me explicar por quê a Assembléia Legislativa do RJ ainda não entrou com pedido de impedimento do psicopata genocida?
O Brazil não merece o Brasil.
Isso faz pensar que policiais atirando por ai, a torto e a direita, é coisa comum.
Deve ser alguma espécie de brincadeira de roleta russa, para os policiais se divertirem enquanto trabalham.
Se alguém der azar é estiver no caminho da bala, o azar o dele. A justificativa dos policiais é sempre a mesma: tiroteio iniciado por bandidos na guerra do narcotráfico. Uns e outros vão falar, vão criticar, vão se indignar, mas em três tempos o assunto é esquecido e o inquérito é arquivado. Assassinatos por medo, surpresa, violenta emoção ou apenas para descontrair faz parte do pacote.
O que estamos a tratar está dentro da entrevista, meio escondido. As pessoas da favela não são confiáveis pq vivem no meio dos traficantes. Na vdd é assim: infelizmente uns 20% do Brasil está altamente contaminado pelo vírus originário da elite econômica que sempre mandou. Pobre para eles é tudo de ruim! Favela é onde mora bandido! Negro é bandido! Nordestino é atrasado! Mulher é pra servir de adorno! Público LGBT é gente promíscua! Índio e indolente, preguiçoso, vagabundo! O pior é que agora o presidente pensa assim. Governadores do Sudeste tb e uma boa parte do Congresso, do MP , do judiciário e claro da imprensa
O que se pode esperar de militares que apoiam tortura e cultuam um torturador covarde da sangrenta ditadura de 64. Na verdade, esses boçais psicopatas estão sendo coerentes nas suas declarações de apoio a barbárie institucionalizada pelo governador sociopata Witzel. A matança de inocentes, negros e pobres vai continuar a todo vapor se a justiça não der um paradeiro nisso.
Fernando:
Mais uma vez uma participacao minha foi considerada com SPAM.
Desta vez foi um artigo sobre as ONGs que atuam na Amazonia.
Tudo bem. Fique a’ vontade para excluir minhas opinioe.
Obrigado.
“Pelo que foi apurado (noticiado) até o momento, não existe incompatibilidade entre o fato e a lei anti crime”.
Palavras do Moro quando obrigado pela imprensa a se pronunciar sobre o caso.
Então o fato é compatível?
Aplica-se o excludente de ilicitude?
Então se se exclui o ato como um ilícito para o caso, o ato foi lícito?
Ou seja, segundo Moro, o PM fuzilou uma criança de forma lícita.
Esse é o Moro.
Sempre foi.
Vão “passar” esse motorista. Sabe demais.
Uma dor sem tamanho, pelo assassinato de uma criança inocente. E um desespero sem tamanho, pelas reações dos que ainda ficaram vivos.
Malditos eleitores do estado do Rio.
Além de general, é mentiroso. E o PM que atirou? Estava com “medo”, estava “surpreso” ou sob “violenta emoção”?
‘se um dia o Morro descer e não for Carnaval”, o governador Witzel será pendurado, e executado de cabeça para baixo, num posto de gasolina como aconteceu com IL Duce Mussolini no fim da II Guerra Mundial.