O dólar chegou, no momento em que escrevo, a R$ 5,74 e a caminho dos R$ 5,75.
Cresce a pressão para que o aumento da taxa de juros, na próxima terça feira seja de 1,5%, em lugar do 1% planejado pelo Conselho de Política Monetária (Copom).
O mercado financeiro não dá um tostão – que dirá seus milhões – pela permanência de Paulo Guedes no Ministério da Economia e o capital de investimento produtivo travou completamente.
A política passou a depender, neste momento, de entrarmos ou não num quadro de convulsão do mundo do dinheiro.
A “turma da bufunfa” vai pressionar por uma “Terceira Via Já“, julgando que Bolsonaro se dissolverá e deixará espaço para que outro seja o adversário de Lula num segundo turno e este será escolhido com o compromisso de colocar na Economia alguém confiável e conservador.
Com o imediatismo que a caracteriza, não quer entender que, em 2018, Paulo Guedes fazia exatamente o mesmo papel em relação a Jair Bolsonaro.
Não alcança que é o governante – e não o executivo – aquele quem dá o tom dos executivos na economia e que estes, simplesmente, conduzem a orquestra com esta sintonia.
Sua limitação é a de não compreender que um país não é uma empresa, que se entrega a executivos iluminados que controlam seu caixa e operam o lucro mais rápido e fácil, não importa a sua sustentabilidade e seu conteúdo de progresso social.
O dinheiro, hoje mais que nunca, não tem pátria nem povo mas, paradoxalmente, não pode mais imperar sobre uma sociedade faminta e miserável.
Com todos os seus MBA e diretores de relacionamento, ficam sem ter o que dizer diante do aparente conflito entre programas de transferência de renda – que não podem deixar de ser implantados e ampliados – e austeridade fiscal.
Nem mesmo com o “curso” que fizeram no governo Lula, no qual jamais deixaram de ganhar muito dinheiro mesmo com gasto público em inclusão e investimento estatal em desenvolvimento econômico do país.