Bernardo Mello Franco, em O Globo, dá o melhor retrato do que estamos vivendo.
“O olavismo [de Olavo de Carvalho] passou de piada a doutrina oficial de governo”.
De fato, ao emplacar o segundo em 10 ministros do novo governo – antes, já tinha patrocinado o trumpófilo Ernesto Araújo nas Relações Exteriores – o astrólogo ratifica sua ascendência sobre o inferno astral que nosso país passa a viver.
Não estamos, absolutamente, de volta a uma prevalência do neoliberalismo dos anos 90.
O que temos é a montagem de uma máquina de perseguição e aniquilamento muito mais parecida com o período inicial da ditadura militar de 1964.
A diferença, ao menos até agora, é que não são os militares os mais radicais neste processo.
Até o General Hamílton Mourão, o vice de Bolsonaro, mostra que os mais furiosos não são, por enquanto, os de ombros estrelados.
Os tais Conselhos de Ética que este Ricardo Vélez Rodríguez, colombiano escolhido por Bolsonaro para comandar o Ministário da Educação, propõe para assegurar “a reta educação moral dos alunos” são o espaço para que as universidades e até escolas de segundo grau ganhem “comissariados” da direita para controlar o espaço acadêmico.
A montagem do governo é inequívoca: liberdade para o dinheiro, repressão para as ideias, perseguição aos que queira ser ativistas destas ideias.
Os “remédios” para o Brasil, na visão tosca desta gente, são lucro, burrice e cadeia.
Os patetas do Supremo acham que com tapinhas, concessões e hipocrisia vão manter esta turma num elástico conceito de respeito à Constituição.
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Será pior do que imaginávamos, o Ministério da Educação passa ao status de Campo de Concentração e Reeducação Mental, ao velho estilo nazista dos anos 30.
Ou os campos de concentração do "Angkar" no interior do Camboja de Pol Pot, só que com o sinal ideológico trocado.
Mais uma vez, uma demonstração de que esses olavistas usam a tática de acusarem os outros (os tais "comunistas" do PT) de fazerem aquilo que no fundo da alma esses mesmos olavistas sempre desejaram.
Pois então Fernando!
Nem falo pra fazer uma oração pelo Brasil, porque no momento estou de saco cheio do que a religião esta fazendo com o futuro do país.
O negócio agora é: a SEITA que dói menos.
Ótimo trocadilho !!
Supremo ? Só se for Supremo descalabro. Suprema farsa. Suprema vergonha. Inferno astral é apenas, para os astrólogos, um período desfavorável. O inferno brasileiro é muito mais do que isso, é o caminho para a guerra civil.
Não sei do que tenho mais medo, se de uma guerra civil ou de ver o povo aceiitando passivamente a destruição do Brasil. Em ambos os casos nosso futuro estará comprometido.
Não há nenhuma condição de guerra civil no Brasil. Somos mais de 200 milhões de habitantes preocupados com futebol e com nosso próprio umbigo, ninguém pensa na situação de seu semelhante, se tem emprego, se está comendo. Isto é inerente ao ser humano.
Respondendo à provocação do articulista:
_ Não, não é fascismo. É muito pior do que isso. Fascismo foi o que ocorreu no período entre-guerras, na Itália; esse regime era marcado pelo nacionalismo xenófobo e na defesa dos interesses da burguesia nacional italiana. Não há nada disso no regime de ocupação já vigente e no que está sendo organizado pelo Bozo.
Mais uma jabuticaba: extrema-direita entreguista!!!
Que bom que voltou Brito,ótimo texto e que deus nos ajude.
Infelizmente, ainda não. Não recuperei ainda a capacidade de trabalho e aproveito os períodos em que me sinto um pouco melhor para comentar, com tristeza, o que tenho conseguido ler, com mais tristeza ainda.
Então...passado da hora de delegar funções. Kd, pelo menos, estagiários sendo treinados p vc? Além d perpetuar seu legado intelectual e jornalístico, suaviza sua carga. Se cuida, moço.. Não podemos te perder VC. Please!
Eu também, com 68 anos de idade, vivo triste e em "depressão com esta situação" Se eu pudesse dar um tempo em minha mente e religar daqui a 4 anos, seria maravilhoso. Hoje estive ao lado do Palácio Piratini, aqui em Porto Alegre, onde há uma estátua do Brizola e me coloquei a pensar se ele fosse vivo como estaria reagindo sobre esta situação, homens públicos como ele não mais existem, até seu conterrâneo, que nem vou citar o nome se mostrou realmente quem é. Vergonha.
Fernando Brito de volta. Que bom.
Bem vindo de volta, mas se cuida. Estamos no caminho das trevas totais
Acho que já podemos renomear nosso país para República Bananeira Subalterna da Oceania, em homenagem à 1984
Patetas,sr.Fernando?São todos ,cúmplices.Castas nunca gostaram de MISTURA COM COM A PLEBE.
O brasileiro paga impostos altos em troca de serviços horríveis.