Bruno Villas Bôas, na edição de hoje do Valor, usa números da consultoria Tendências para dar visibilidade ao desastre que representa a adoção, desde Joaquim Levy, do receituário neoliberal para o Brasil.
O quadro acima tem por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e estatísticas da Receita Federal, para considerar dados dos ganhos do trabalho e os financeiros. Mostra, claro, que no período desenvolvimentista dos Governos Lula e Dilma, quase 13 milhões de famílias brasileiras subiram de classificação em “classes sociais”, mesmo usando renda como o único critério para esta classificação.
Mesmo com o ingresso de um milhão de novas famílias ao ano, estimado nos cálculos, o número de famílias pobres (classes D/E, com renda familiar inferior a R$ 2.300 mensais) diminuiu em 3,28 milhões naquele período. Em dois anos de políticas recessivas e de arrocho, aumentou muito mais (4,1 milhões) do que havia diminuído em seis.
É claro que os “analistas” acham que a crise passou, com base nos dados de redução de desemprego e de queda da inflação. Claro, também, que não levam em conta que isso se dá, essencialmente, com o crescimento do trabalho informal que, mesmo mal remunerado, faz crescer a massa de rendimentos totais.
Mesmo assim ( e espertamente deixando de fora 2017 e 2018) prevêem que será necessário esperar até 2026 para retomar-se o patamar de 2012.
14 anos, portanto.
Mais ou menos o tempo de uma sentença do Dr. Sérgio Moro.
6 respostas
As bestas fascistas que habitam os blogs de esquerda já têm na ponta da língua a resposta a esse descalabro. É tudo culpa do Lula, do Maduro, da Coréia do Norte, do Foro de São Paulo, do Lenin, do Marx, do Paulo Freire, da ideologia de gênero e dos direitos humanos. Para essas pobres criaturas, com déficit cognitivo irreversível, quem nos salvará será o BolsoASNO e o grafeno. Seria patético se não fosse trágico….
Isso tem alguns nomes e os que melhor descreve a situação é: devastação, terrorismo, política de terra arrasada.
E o pior de tudo é que foi totalmente gratuito e desnecessário. Essa foi a maior irresponsabilidade jamais antes vista.
O alvo hoje parece claro: suspender a democracia, mesmo essa nossa tão franzina e severina.
Os responsáveis formam uma espécie de conexão ou confluência golpistas formada por quatro grandes Máfias: as máfias do mercado financeiro, as famiglias da grande imprensa, as diversas máfias políticas e uma máfia legal-corporativa formada a pressa, e atras dessas máfias um exército de desinformados, envenenados, cegos e inocentes úteis.
Desde Joaquim Levy – Leia-se …desde Dilma Rousseff !!!
Não adianta ser capitalista e manter Estado máximo. O capitalismo funciona com políticos e juízes sem regalias e com o estado mínimo. Vejam o exemplo de Suécia, Alemanha, Finlândia.
Você deve ter fumado bosta seca pensando que era maconha…..salários de magistrados na Alemanha, Suécia e Finlândia estão entre os maiores da UE.
i – A regulamentação estatal da economia é forte, concentrada e reguladora, não há estado mínimo na Suécia que garante educação e saúde gratuíta a sua população, desde a creche até a universidade, idem Finland e Alemanha.
ii – A proteção social é algo real, abrangente, expansiva e segura.
Concordo , entretanto, quando refere-se a regalias para determinados agentes, isso não é capitalismo e nem socialismo, isso é picaretagem.
Eu estou cagando para a classe média brasileira!!!!!!!!!! que se foda!!!! o cachorro do Temer já me ferrou.