No ‘finzinho’ da pandemia, cidades começam a fechar

Os fatos, estes teimosos, começam a se impor, com o crescimento dos contágios e das mortes pelo novo coronavírus, nisto que Jair Bolsonaro chama de o ‘finzinho’ da epidemia.

O médico José Medina, coordenador do coordenador do centro de contingência da Covid-19 do Governo de São Paulo recomendou trocar o “Boas Festas” natalino por um “Fique em Casa” e disse que a dobra do número de casos novos diários ocorrida entre novembro e dezembro ocorreu duas vezes mais rápido do que no início da pandemia. De fato, a média móvel de casos diários, que era de 21.579 em 1° de novembro, passou hoje a uma média de mais de 42 mil casos.

No Rio, sem coragem de decretar o bloqueio das áreas de aglomeração popular na cidade, o prefeito moribundo Marcello Crivella e o ignoto governador (?) Cláudio Castro, decidiram fechar as áreas de estacionamento na orla e suspender o fechamento das pistas das praias e do Aterro do Flamengo nos finais de semana, mas não proibir a frequência às praias. Sem uma sinalização clara de que acabou a tolerância, o que vai acontecer e a superlotação das praias, do calçadão e do próprio Aterro – quase uma heresia um carioca torcer por isto – amenos que chova no final de semana.

No Sul do país, fortemente atingido por esta onda da pandemia, também aumentam as restrições de circulação de pessoas.

O mundo da fantasia de Jair Bolsonaro (e do mercado financeiro) está ruindo e, hoje, um símbolo do mundo do dinheiro, o Banco Itaú, admitiu que, em lugar de crescer em retomada, o PIB brasileiro tende a cair no início de 2021, caso o número de mortes diárias fique nos patamares atuais durante o mês de janeiro.

O fato é que vamos ter o pior dos mundos nas festas de final de ano: o movimento de comércio, lazer e turismo vai cair, mas vai acontecer, e com isso a aceleração dos contágios vai subir.

Nem lockdown, nem retomada.

Só tragédia.

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