No Direito Romano a figura do Capitis Diminutio era a condição dos que não tinham a plenitude de seus direitos civis. Hje, é a perda de autoridade, em geral em condições de humilhação pública, de alguém que tem – ou deveria ter – terminada capacidade.
Pois é a figura que ocorre a qualquer um ao ver a que está sendo submetido o sr. Queiroga, atualmente ocupando o cargo de “disseram que será ministro”, como se estivesse ou funcionando como “ajudante-de-ordens” do general Eduardo Pazuello ou, quem sabe, sendo testado para que se veja se vai dar declarações inconvenientes e se, assim, será mais um dos que ‘quase foram” ministros no governo Bolsonaro.
Ou, ainda, que está esperando o que se fará para acomodar o volumoso e inconveniente quase ex-ministro da saúde, que os militares não querem ver de volta aos quartéis, no serviço ativo.
Enquanto isso, dita o que deve dizer/fazer o seu (um dia) substituto: “O doutor Marcelo Queiroga reza pela mesma cartilha [que eu]“. T’esconjuro!
De toda forma, é um papel incompatível com a necessidade que temos, neste momento, de ter um Ministério da Saúde forte, afirmativo, pronto a tomar decisões em meio à mais grave crise sanitária de nossa história.
Além do mais – e também por isso – o sr. Queiroga tem se limitado a falar platitudes – “use máscara, não aglomere” – e a fazer apelos por uma “união de todos” que não serve para absolutamente nada quando o país precisa de medidas enérgicas que, embora possam desagradar aos mais mesquinhos, protejam a coletividade e freiem o trem descarrilhado do vírus.
Pelos números de São Paulo (617 mortes), Paraná (263), Minas Gerais (314), iremos para outro dia perto de 3 mil mortes.
O senhor Queiroga está falando como um sacerdote e o nosso problema é fugir do inferno, não irmos para o céu.