O deputado Jovair Arantes, escolhido a dedo por Eduardo Cunha para relatar a comissão do impeachment, leu um relatório pífio.
Errôneo flagrantemente nas questões processuais, foi além disso.
Diz que não é preciso indício algum para concluir-se sobre crime de responsabilidade.
Diz que a abertura de processo é “a chance de defender-se e provar a sua inocência”.
Afastada do cargo que o povo lhe deu pelo voto?
Com um confesso interessado em sua deposição controlando o governo?
O cinismo é patente.
Tanto, que encerra a sua peroração dizendo que o impeachment é para “salvar o país”.
A resposta de José Eduardo Cardozo deixa claro que haverá recurso ao STF contra o relatório e, por consequência, à própria aprovação do relatório.
Tudo é tão faccioso que, enquanto o relator foi ouvido em silêncio, a tropa cunhista interrompe a defesa, vaia e tumultua.
Aqulio é qualquer coisa, menos um processo de julgamento, mas de linchamento.
