O desafio da esquerda nas eleições no Rio

A pesquisa Datafolha, hoje, sobre as eleições para prefeito do Rio de Janeiro mostra que é pouco provável que a disputa de segundo turno não será, desde o início, a bússola da primeira votação.

É claro que as candidaturas de direita ainda vão crescer, à medida em que Jair Bolsonaro e Wilson Witzel apontem candidatos, mas é pouco provável que com viabilidade. Para Bolsonaro, talvez o menos ruim seja apoiar Crivella, porque não personalizaria em si uma provável derrota, que além do mais não seria por números humilhantes.

Eduardo Paes terá certa dificuldade em capturar o voto de direita, assim como é notória a dificuldade de Marcelo Freixo em expandir seu eleitorado na populosa Zona Oeste do Rio e nos subúrbios da Zona da Leopoldina.

Ouso dizer que o candidato do PSOL terá de agregar algo além a sua postura combativa, precisa deixar de lado a carranca habitual, porque a “carioquice”, ainda que muito simulada, de Eduardo Paes é sua melhor arma, assim como o fantasma de Sérgio Cabral é seu pior pesadelo eleitoral.

Claro que os problemas do município importarão e, mostra a pesquisa, a saúde esteja, disparado, no centro das atenções e vá ser o foco das propostas dos líderes, mas a posição ante o governo Bolsonaro terá um peso imenso e representa um dilema para Eduardo Paes.

A esquerda, no Rio de Janeiro, desde que Garotinho cuidou de destruir a inserção popular do brizolismo, há 20 anos, perdeu muito em meio ao povão e caberá a freixo o desafio de sair de sua bolha de classe média.

Este desafio, penso eu, deve ser também o da eleição paulistana, o que ajuda a entender a razão do aceno de Lula a Marta Suplicy.

Com a aventura de criação de uma falange sem status partidário e fora, diretamente, da disputa, Jair Bolsonaro tem um imenso flanco exposto do processo eleitoral de 2020, por mais que tente se afastar pessoalmente dele.

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5 respostas

  1. Sr.Fernando.Qualquer opinião que se expresse,ao respeito das candidaturas e suas propostas,esbarra na IMBECILIDADE DO ELEITOR,que durante toda a historia eleitoral,no país,usa o voto,para DEMONSTRAR QUE EM POLÍTICA PARTIDARIA,é o mesmo que TORCER PARA UM TIME DE FUTEBOL.Alguém sabe me dizer,o PORQUE QUE O CIDADÃO OU CIDADÃ,e VASCAÍNO,FLAMENGUISTA ,etc,etc,etc? São tão imbecís,os eleitores, eleitoras que nem sabem por que e por quem votam.

  2. A mesma pesquisa aponta q os candidatos indicados por Lula e Bolsonaro são REJEITADOS por mais de 60% dos cariocas. Essa é mais uma evidência de que é uma FARSA política a polarização Lula-Bolsonaro. Nós queremos outra coisa.

  3. QUEM LULA APOIAR IRA VENCER NO RIO E EM SAO PAULO BOLSONARO CORRUPTO LADRAO VAI PARA A PAPUDA OU BANGU.

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