O ‘machão’ do jet ski

Depois de trazer seu médico das Bahamas por conta, segundo o próprio Dr. Antonio Macedo, de um “camarão mal-mastigado”, Jair Bolsonaro, usou sua live de ontem para dizer que não vai seguir as recomendações médicas e continuará a andar de jet ski, montar a cavalo e a comer pastel com caldo de cana.

Bem, a vida é dele, faça o que quiser, desde que arque com as consequências e não envolva nisso seus deveres no comando do país. Ah, sim, e que não fique gemendo e dizendo que é vítima.

Mas o desprezo pela vida alheia é diferente do que ele pode ter pela sua própria.

Outra coisa, bem diferente, é submeter os brasileiros à sessão de terrorismo vacinal que fez ontem, combatendo a vacinação infantil ( a adulta, também), num momento em que os casos de Covid no país disparam e, apesar da falta de dados oficiais, alcançam níveis semelhantes – senão, piores – que os atingidos nos piores momentos da pandemia.

A apresentação presidencial é inacreditavelmente tosca para um tema tão sério. Seus estudos “científicos” sobre a vacina são, por exemplo, mandar seus acompanhantes levantarem o braço e dizerem se foram vacinados e se tomaram a dose de reforço. É óbvio o resultado, não poderia deixar de ser. A eficácia da vacina dispensa milhares e milhares de testes e acompanhamentos: “o Agnaldo Timóteo tomou vacina e morreu”, basta isso.

Somos governados por uma caricatura, um moleque irresponsável – muito embora indo para os 67 anos – que não é capaz de digerir qualquer ideia, embora produza, pela boca, uma torrente de estupidez.

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