O mundo faminto. Ou não

O casal californiano Peter Menzel e Faith D´Aluisio – ele, fotógrafo; ela, produtora – produziu um livro que merece ser visto, pelos contrastes que expõe com crueza.

É o “Hungry World – What the World Eats (Mundo Faminto – O que o Mundo Come), sobre o qual vi uma citação da revista Samuel, que revela de maneira simples e irrespondível, com fotografias, as disparidades do planeta pela atividade mais essencial à vida humana.

abou
Alimentar-se.

Numa sequência de fotos selecionadas do livro pela revista Time (aqui e aqui, em duas partes), selecionei os dois extremos para ilustrar este post.

A família Aboukabar, africana, no campo de refugiados Breidjing, mantido pela ONU, no Chade, para abrigar sudaneses refugiados da guerra civil na região de Darfur.

Os Aboukabar comem o equivalente a US$ 1,23 (R$ 2,60) por semana.

Já os Melander, uma família alemã de Bargteheid, no Norte do país , gastam, nos mesmos sete dias, US$ 500 (R$ 1.200) em alimentos.

Os  Melander comem o que alimentaria  406  famílias Aboukabar.

melan

Que sonham com seu prato favorito -e ausente – de sopa de carne de ovelha.

Mas um dia teremos o direito de dizer que a humanidade é uma só.

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5 respostas

  1. 30% da produção de alimentos é desperdiçada…30% da população do mundo passa fome todo SANTO dia.

  2. Estou terminando de ler Destruição em Massa: geopolítica da fome, de Jean Ziegler; simplesmente estarrecedor como tem gente especulando com alimentos mundo afora, ou expulsando agricultores para produção dos chamados agrocarburantes.

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