O petróleo era de navio grego, não era “ataque de Maduro”

Ao que parece, caminha para o final o mistério do petróleo que se espalha nas costas nordestinas.

Um navio de bandeira grega, operado por uma empresa também grega, navegando sem “apagar” o sinal do transponder de localização, ainda não se sabe por qual razão, despejou petróleo a 733 km do litoral da Paraíba, em águas internacionais.

Exatamente no ponto onde os cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro – aquele pessoal da “balbúrdia” – determinaram, pelo movimento das correntes marítimas, deveria ter saído o óleo para chegar, na forma e nas datas que chegou, ao litoral brasileiro, como se registrou aqui no post Óleo e ideologia não se misturam.

“O modelo computacional feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, reproduzido aí em cima detalha o obvio, mostrando que a origem do óleo é o alto-mar, justo na região onde se concentram (pontos escuros) as rotas de navegação da região atlântica, à altura do Saliente Nordestino.o óleo veio de um navio e, por isso, importa pouco para enfrentar o vazamento de onde tenha sido extraído, mas sim quem o transportava.”

O navio que procedeu criminosamente ao não comunicar um acidente ou uma emergência – a tal “ejeção de porão (bilge)” a que se referiu anteontem o general Hamilton Mourão – é o responsável por isto, fosse o seu óleo extraído nos EUA, no México ou na Venezuela. Basta imaginar que, se fosse um petroleiro levando óleo de nosso pré-sal e deixasse vazar na África do Sul, a responsabilidade seria do nosso país ou do transportador relapso?

O que nos competia era investigar – como afinal se fez – o quanto antes, mas perdemos tempo acusando um país vizinho de ter mandado despejar óleo, depois o barquinho do Greenpeace e pouco faltou para dizer que os pedalinhos do Sítio de Atibaia tivessem sido usados para causar o desastre.

Nem mesmo a história do transporte clandestino de petróleo venezuelano “cola”, porque além de não desligar seu identificador automático, o navio tinha passagem recente pelos Estados Unidos onde foi, aliás, detido para verificação de seus sistemas de separação de água e óleo, cujas capacidades e funcionamento são reguladas por um tratado antipoluição marinha, o Marpol.

Ainda há poucas informações e é precipitação afirmar que foi este navio, mas tudo indica que sim.

 

 

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17 respostas

  1. Na “lixeira” da América do Sul eles despejam o que querem. Não existe marinha, defesa, monitoramento, medidas de emergência, contenção, agilidade, interesse, nem vergonha na cara.

    1. Resta saber a serviço de que governo bolsonaro esse navio estava. Interessante a informação de que ele passou pelos estados unidos antes de rumar para a Venezuela e foi vistoriado, NOTEM!, para verificar se o sistema de separação Óleo/Água do casco estava em perfeito funcionamento, de acordo com a legislação vigente. Aí, ele passa pela Venezuela e derrama o óleo justamente naquele ponto onde os pesquisadores que andam nus pelo campus, fumando maconha e fazendo orgias, haviam apontado como o local do derrame, em razão das correntes. Aos ingênuos parecerá que o tal navio grego teve uma caganeira, justo naquele local, tendo passado, dias antes, pelos estados unidos e verificado se não poderia ter uma caganeira, que, por puro azar, se confirmou. Vai ver o óleo venezuelano estava com salmonela.

    2. E eu aqui a imaginar a colocaçâo de ductos clandestinos pelo governo da Venezuela em razão da terra ser plana. Santa ingenuidade!!!

  2. 100 dias depois, é mais barato que pesquisar!
    Cabe um prêmio de US $ 10 mil para quem denunciar quem foi o porcalhão?
    Nesse mundo de meu deos alguém sabe.

  3. O País não conta com defesa sequer para sua integridade ambiental, imaginem para o resto.
    São 500 anos de exploração e descalabro.

  4. Quer dizer então que o Maduro foi inocentado. Nossa!! E os bostonaristas dizem u q mesmo????

  5. E se for realmente este navio…. os bolsoasnos pedirão desculpas por terem mesmo que somente citado a Venezuela como responsável???

  6. O ministro irresponsável devia ser preso por sua omissão criminosa que causou danos irreparáveis a todo o país.
    Não é possível que as autoridades do nosso país deixem esse crime impune. Cabe à imprensa acompanhar e dar publicidade às ações do Ministério Público neste caso.

  7. Isso desmente nosso Presidente (sic) que disse ser impossível descobrir qual navio seria responsável…

    Acho que os gregos estão mentindo…
    Todos eles falam espanhol com sotaque venezuelano, talkei?

  8. Botar culpa nos outros sem ter qualquer indício de certeza de sua culpabilidade, tem um nome: irresponsabilidade. Só a crianças sem juízo se pode perdoar tal procedimento. Agora, há mais uma coisa: Os navios gregos geralmente de gregos só têm o nome. São como os carros com placas destes lugares onde é mais fácil emplacar um carro. Eles quase nunca estão operando a serviço da Grécia. Operam a serviço de inúmeros negócios dos mais diferentes matizes, nos mais diferentes lugares. No caso, estavam operando para quem?

  9. Brito: sugiro que você e nossos companheiros visitem a site da empresa
    Witt O´Brien´s.

  10. Brito, como eu havia dito faz um mês. Nada de Shell, nada de vazamento da Venezuela mas apenas o que era óbvio.

  11. abaixo a ditadura!!!!!!!!
    essas histórias sem responsabilidades explícitas(apesar das consequências serem monstruosas),dificeis de serem montadas ,só aconteciam quando governavam os militares “impolutos”

  12. O motorista atropela um pedestre e o juiz condena a Ford pelo ato. Bozo é shou! Nunca fomos tão lixo.

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