O “pró-Lazaro” e o ‘método Pilatos’ de Bolsonaro

O Brasil virou uma piada trágica.

Em pouco mais de uma hora, 857 pessoas ressuscitaram, segundo o Ministério da Saúde.

Como o presidente diz que é Messias mas não faz milagres, não dá para acreditar que se tenha iniciado o programa “Pro-Lázaro”.

Mas o “método Pilatos acima de tudo” está em pleno vigor, porque ele foi, mais ou menos ao mesmo tempo, ao Facebook para lembrar “à Nação que, por decisão do STF, as ações de combate à pandemia (fechamento do comércio e quarentena, p.ex.) ficaram sob total responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos.”

A fraude (este é o nome) escancarada na contagem de doentes e mortos não é só um atentado à verdade e aos deveres constitucionais do poder público.

É um crime que impede que se saiba a real situação da pandemia e tomar medidas que reduzam a perda de vidas.

É um crime contra as pessoas que, por isso, perderão suas vidas.

É um crime contra a imagem do país no exterior e contra nossa capacidade de inspirar confiança, inclusive econômica.

Tudo isso para, de novo, o governo Bolsonaro ser obrigado a fazer, pela Justiça, o que se recusa a fazer espontaneamente.

 

 

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