“Não tem congelamento. Esquece esse troço”, disse hoje a jornalistas agora à noite, o ministro da Economia, Paulo Guedes.
De fato, não há condições de congelar o preço dos combustíveis, porque é impossível segurar, via subsídios, um elevação de 65% do petróleo.
Mas terá de haver um “meio-troço”, porque repassar integralmente a variação abrupta do mercado vai tornar a inflação um processo alucinado.
Há dois meses a oferta de combustíveis ao mercado consumidor brasileiro está sendo suprido exclusivamente pela Petrobras, sem os aportes de importações de derivados, que representam 20% do fornecimento.
Portanto, os estoques, que já não eram plenos, por conta da elevação dos preços globais, caíram fortemente.
E os preços mundiais, nos mercados futuros agora à noite, seguiam acima de 130 dólares.
Haverá aumento, e forte, do preço do combustível e haverá, ao mesmo tempo, subsídio dos combustíveis.
Troço e “não-troço” vão conviver e isso não é um pecado, exceto para o fundamentalismo econômico,
O pecado é que isso seja feito com um vácuo absurdo em projetos de desenvolvimento econômico e com objetivos essencialmente eleitorais.