ONU aprova proposta do Brasil e Alemanha contra a espionagem digitall

Embora a imprensa miudinha do Brasil tenha feito pouco caso da reação brasileira à espionagem cibernética dos Estados Unidos e zombado do discurso da Presidenta Dilma Rousseff na ONU, condenando-a, os fatos mostram a importância da atitude firme do nosso país.

Na noite passada, por unanimidade – inclusive com o constrangido voto dos EUA – a Assembléia da ONU aprovou a resolução apresentada pelo Itamaraty e e pela chancelaria alemã.

Suavizada na condenação aos Estados Unidos – que não são citados diretamente -, ao exigir que sejam “revisadas” as práticas de invasão das comunicações estrangeiras, a proposta patrocinada por Dilma Rousseff e Ângela Merkel tem o mérito de, a partir de agora, envolverem diretamente a ONU na apuração e denúncia destas atividades.

A resolução determina que o Conselho dos Direitos Humanos da ONU apresente  à Assembleia-Geral um relatório sobre a proteção e a promoção do direito à privacidade na vigilância interna e extraterritorial.

Ou seja, abre-se uma investigação internacional sobre os abusos cometidos pelos americanos.

Como em tudo na diplomacia, os passos serão lentos mas, a partir de agora, sustentados pelo apoio de todas as nações do mundo.

Nosso país, pela atitude de Dilma, tem o protagonismo nesta questão.

Impressionou e recebeu a confiança da comunidade internacional para este enfrentamento.

Embora o Lorde Merval Pereira tenha dito que aquilo não teria consequências e seria, antes de tudo, um aproveitamento eleitoreiro da situação. E o seu sucedâneo, o supercoxinha Rodrigo Constantino, herói da Veja, tenha dito coisas como: “A cada vez que a presidente Dilma falava “senhor presidente”, eu entendia “eleitores brasileiros”; “um discurso totalmente desprovido de pragmatismo e foco nos interesses nacionais”; “puro marketing eleitoral”; “é a presidente pegando carona na espionagem que vazou, para posar de vítima de um império poderoso”.

A elite brasileira e os seus porta-vozes acham que o Brasil é apenas um rato no mundo, atrás de algumas migalhas a mais.

Uma republiqueta de bananas,  que não deve sair da senzala diplomática.