A questão para Maia: quem é você e para quem trabalha?

passanodp

Há pouco o que disfarçar sob declarações hipócritas.

Há dois governos no Brasil.

Um, cadente, onde um presidente da República ilegítimo luta desesperadamente para manter consigo o baixo clero parlamentar.

Outro, que nem disfarça mais seus preparativos, vai se formando com os chefes partidários, com o Império Globo no controle de seus cordéis, como revela hoje a Folha:

Maia também se queixou de ministros e aliados do presidente, que vêm questionando sua lealdade diante de relatos de que tem se reunido com políticos que articulam um cenário pós-Temer.
Afirmou ainda que, antes do jantar em sua casa, havia participado de um almoço com “gente importante” que fazia a mesma avaliação sobre o futuro do governo.
O relato dava conta de um encontro que Maia havia protagonizado horas antes, logo após se reunir com o presidente no Jaburu.
Depois da conversa com Temer, de pouco menos de uma hora, o presidente da Câmara, em carro descaracterizado, foi a uma casa no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, para um almoço.
Era o convidado principal de um encontro promovido pelo vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet.
A reportagem da Folha chegou ao local por volta das 14h45. Menos de uma hora depois foi abordada, pela primeira vez, por um dos seguranças da casa, que questionou o motivo da campana.
Passados 15 minutos, um segundo funcionário da residência interpelou a reportagem. Ele disse: “o vice-presidente da Globo quer saber quem você é e para quem você trabalha”.

A frase poderia ser reproduzida, adaptada, para o rechonchudo visitante: “o que você vai ser depende de para quem você quer trabalhar”.

A conspiração já se dá assim, à luz do dia, inclusive com ministros do Governo, e ministros palacianos, como o “não-sogro” de Maia, Moreira Franco.

Muito provavelmente, na noite de ontem, Michel Temer propôs um parceria de Governo a Rodrigo Maia e, este, muito gentilmente, disse que sua fidelidade não depende disso.

A sua fidelidade, simplesmente, não existe mais.

Maia tem nas mãos o bilhete premiado, de ser o Temer do Temer, no golpe do golpe.

Mas é, também, a sua maldição: a de ser o Temer, amanhã.

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9 respostas

  1. Vejam a encruzilhada em que chegamos:
    Sai Temer, entra Rodrigo Maia
    Sai Rodrigo Maia, entra Eunício de Oliveira
    Sai Eunício de Oliveira, entra Carmen Lúcia.

    Torço para que Maia e Eunício sejam como Plínio, O Breve. Só assim a presidente do “Çupremo” será obrigada a marcar eleições diretas. Adivinhem quem será eleito pelo povo?

    1. Em dezembro do ano passado o salário do juiz Sérgio Moro foi equivalente a 120 vezes o salário mínimo ( holerite de dezembro de 2016, R$ 117,5 mil )!!!!!!!!! E o teto constitucional???????????

    1. O maior escândalo de corrupção do Brasil – o Nº 1, Banestado, com 142 Bilhões, PSDB – é o que é porque teve o dedo do moro fura teto, O GRANDE CARRASCO CONTEMPORÂNEO DO BRASIL!!!!!!

  2. Moro fura teto protegeu os criminosos confessos Temer e Aécio. Não adiantou! O destino está mandando seus recados: PAREM COM O GOLPE!

  3. E o Meirelles da J&F também estava lá na casa do Maia… tudo participando da mesma sopa e rodada de pizza…afinal, pra ele não importa o presidente da República, ele tem que atender ao “Walter” mercado!!

    Pra evitar essas substituições e jogatinas só DIRETAS JA!! mas o povo nao faz boicote…( Os bancos itau, que teve dívida perdoada de R$25 bilhões no Carf) e o bradesco ( Que deve a previdência social) financiaram o golpe, por que alguns de seus clientes não encerram as contas e as transferem pros bancos públicos ou cancelam as previdências privadas, seguros, etc?!! “Fica a dica”: Capitalista se combate no lucro…

    E o povo não esta nas ruas…por enquanto!!

    1. Gilbert, também acho que só com boicotes conseguiríamos vitórias sobre as mazelas e safadezas do empresariado sujo e ganancioso.

  4. Interessante notar que Dilma não fez um único almoço/jantar escondidinha com políticos enquanto corria aquela farsa que chamaram de impeachment legítimo. Nem Lula, durante o mensalão.

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