A ociosidade do domingo faz “bombar” no Twitter a história, revelada por Lauro Jardim, em O Globo, que a ex-mulher de Eduardo Pazuello, Andréa Barbosa, pediu para depor na CPI, apresentando pontos que teriam o general da Saúde “como protagonista”.
Melhor não avançar em suposições, porque, como disse aqui ontem, não se tem de descer até a caixa de gordura para matar baratas e esperar para saber o que e vai ser dito, se é que vai ser dito, pois o presidente da CPI, Omar Aziz, tomou a prudente atitude de ouvir Andréa em particular, na presença de outros senadores, para saber se o depoimento que ela pretende dar tem informações de interesse público.
O fato, porém, é que mesmo não tendo tomado só uma atitude sensacionalista, a CPI iluminou um verdadeiro esgoto – que certamente e não será o único – dentro do governo Bolsonaro.
Agora é preciso calçar com dados e documentos – e estes são muito claros, como fica exposto na reportagem de Lúcio de Castro, da Agência Sportlight hoje, na qual todas as manobras de Jair Bolsonaro e de Ricardo Barros ficam evidentes e há a comprovação dos voos em jatinhos da FAB nos quais o deputado Luís Miranda disse ter se queixado a Eduardo Pazuello das irregularidades da compra da Covaxin.
Escândalos paralelos são, é claro, fatores de mais desgaste para o governo, mas só serão importantes se revelarem fatos concretos.
Estes são o antídoto de quem quer criar armadilhas e, sem eles, as baratas sobem por nossas pernas.
