Os riscos de um “efeito Orloff” reverso e atrasado na Argentina

Têm sido frequentes as comparações da eleição de Javier Milei à presidência da Argentina com a de Jair Bolsonaro no Brasil, em fins de 2018.

É claro que semelhanças as há, até por serem dois teatralmente inconvencionais e desequilibrados, mas existem diferenças essenciais.

Sempre houve entre nossas políticas econômicas diante de crises, tanto se gerou a piada do “efeito Orloff”, brincadeira com uma propaganda de vodka sobre a ressaca de uma bebedeira, quando um personagem dizia que “eu sou você amanhã”. Referência aos fracassados plano de choques econômicos que se repetiam aqui depois de fracassados naquele país.

A piada (e a comparação) são velhas, tanto que só foram vividas entre quem está acima dos 45 anos. Mas creio que o paralelo se dá muito mais com Fernando Collor do que com Bolsonaro.

É que Milei tem diante de si não apenas promessas retumbantes que fez, como um cenário de devastação inflacionária que não fez, mas que o beneficiou e o elegeu.

Bolsonaro teve tempo para “aclimatar-se”; Milei tem de agir na esteira das águas agitadas por sua ascensão do poder.

É disto que trato em mais um pequeno passo desta volta às redes, que comecei ontem e que tentarei seguir. É a partir das 15 horas, no programa Bom para Todos, apresentado pela jornalista Talita Galli.

 

 

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