Pandemia e baixarias: viramos a jabuticaba amarga do mundo

Parece incrível, mas o Brasil tornou-se mesmo uma comédia trágica.

Estamos diante de um desastre de amplitude universal, que completou hoje 200 mil mortes no mundo e um recorde de casos novos diários (105 mil, em 24 horas) de contaminação e, há dois dias, as atenções do país se voltam para a lavagem de roupa suja entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro.

Como dizia o velho Leonel Brizola é a briga entre o Demônio e o Coisa-Ruim, onde o inferno sempre vence. Afinal, Moro deu o tom e o ritmo de um processo que destruiu a razão e o convívio social, criando uma multidão de fanáticos para projetar-se e legitimar suas decisões e que, numa estrada pavimentada pela estupidez, pavimentou a ascensão de um psicopata ao poder.

Então, no mesmo dia em que morrem 400 brasileiros e outros milhares se infectam com um vírus altamente letal, todas as autoridades do país, toda a imprensa do país, toda a internet do país se devora com esta vergonha de acusarem-se em público por conversas privadas, que usam para provar que o outro mente, embora seja certo que ambos estão falando a verdade, porque o toma lá – dá cá é o nível de suas preocupações megalômanas.

É uma cena incrível, como a de um duelo no cemitério imaginado num antigo western de Sérgio Leone.

Não, isso não é normal.

Leia a imprensa mundial e você verá que mundo afora, a temperatura da política baixou, com o foco no combate às consequências da pandemia. Até a guerra terrível na Síria entrou em banho-maria. Mas aqui, Bolsonaro e Moro resolveram tirar a limpo – ou a sujo, melhor dizendo – as suas diferenças de meses.

Não se engane, caro leitor e estimada leitora: quem não tem respeito à vida humana não tem, é claro, respeito à honradez no serviço público, às liberdades e aos direitos das pessoas.

Não são moralistas, são imorais.

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15 respostas

      1. Desesperada com a possibilidade de Moro sair do governo, Zambelli lhe oferece a possibilidade de uma conversa com Bolsonaro para que ele aceitasse ainda neste ano ano dar-lhe uma vaga no Supremo. Moro aproveitou a deixa para dizer “Não estou à venda, minha cara!”, e depois jogar essa conversa no Jornal Nacional, para sair como um herói que não se dobrou a uma troca suspeita. Zambelllii, assim, toma conhecimento da forma mais dura do lado obscuro do caráter de seu ex-ídolo.

        1. Será que a prostituta estava preparando uma armadilha para judge murrow?
          Dessa turma de vagabundos pode-se esperar qualquer coisa.

  1. Boeing x Embraer: sabem o que o governo do sabujo nojento vai fazer a respeito: N A D A ! Este monte de merda que ocupa a presidência não é brasileiro e não tem qualquer amor ou respeito pelo país e pelo seu povo.

  2. Esses de agora definitivamente não gostam de gente, sequer conseguem olhar para os compatriotas. Fico lembrando dos encontros do Lula com as pessoas pelo Brasil afora, abraços verdadeiros, interesse real. Tristes tempos atuais.

  3. Diria mais, s?o amorais. Um gambá cheira o outro. Esta evidenciado que ambos cometeram crime e precisam ser processados e punidos. Essa a chance de redenç?o do Judiciário.

  4. Os corporativistas da Polícia Federal querem aproveitar o momento para pedir ao Congresso a autonomia de sua corporação. Poderia ser a criação de um outro monstro, como se não bastasse o monstro do Ministério Público que o Sepúlveda Pertence disse que criou.

    1. Pois é, e por que não dão autônomia a polícia civil dos Estados também, ou a polícia militar, ou ao corpo de bombeiros??? Virou zona….até querem doar o vc dia banqueiros com sua suposta autonomia, piada não? Duvido que algum governo vá aparelhar a PF como os governos petistas o fizeram…mais fácil cuidarem da guarda nacional que é de repressão…..

  5. No ponto Fernando. Enquanto todos a minha volta só comentavam sobre esses dois seres desprezíveis, a única intervenção que fiz foi: Tem recordes de mortes no Brasil e no mundo, o vírus se alastrando e o Brasil se preocupando com lavagem de roupas sujas de dois energúmenos. Brincadeira!….

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